Há 25 minutos
O recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em nota divulgada na quinta-feira (9/9) foi mal recebido por seus apoiadores.
"Game Over", disse o blogueiro Allan Santos no Twitter — o termo em inglês pode ser traduzido como "fim do jogo" ou simplesmente "acabou".
GAME OVER pic.twitter.com/EiEgzB5FPV
— Allan Dos Santos (@allanldsantos) September 9, 2021
Final de Twitter post, 1
Rodrigo Constantino usou a mesma expressão, mas foi mais enfático nas críticas ao presidente. Para ele, Bolsonaro demonstrou "fraqueza" e "levou um xeque-mate".
"Bolsonaro pode ter assinado sua derrota", afirmou no Twitter.
Se era xadrez 4D, parece que Bolsonaro tomou um xeque-mate de uma rainha tridimensional. Depois da demonstração de força do povo, o presidente demonstra fraqueza. Situação bem complicada para os patriotas. Bolsonaro pode ter assinado sua derrota hoje...
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) September 9, 2021
Final de Twitter post, 2
O empresário Leandro Ruschel fez um prognóstico semelhante sobre o futuro político do presidente.
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"Impressão inicial, ainda provisória: com o ato de hoje, Bolsonaro está abrindo mão da candidatura à reeleição. A conferir", disse ele.
Impressão inicial, ainda provisória: com o ato de hoje, Bolsonaro está abrindo mão da candidatura à reeleição.
— Leandro Ruschel 🇧🇷🇺🇸🇮🇹🇩🇪 (@leandroruschel) September 9, 2021
A conferir.
Final de Twitter post, 3
O pastor Silas Malafaia deixou claro que não pretende seguir o presidente em sua recém-adquirida moderação e voltou a atacar Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Continuo aliado, mas não alienado", tuitou. "Minhas convicções são inegociáveis."
CONTINUO ALIADO , MAS NÃO ALIENADO ! Bolsonaro pode colocar a nota que quiser , Alexandre de Moraes continua a ser um ditador da toga que rasgou a constituição e prendeu gente inocente . MINHAS CONVICÇÕES SÃO INEGOCIÁVEIS !
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) September 9, 2021
Final de Twitter post, 4
'No calor do momento'
Bolsonaro divulgou a nota um dia após o presidente do STF, Luiz Fux, afirmar que suas ameaças poderiam culminar em um processo de impeachment.
O presidente participou de atos no 7 de setembro que pediram o fechamento do STF e do Congresso. Em seus discursos, ele atacou a Corte e seus ministros e disse que poderia não cumprir novas decisões de Moraes, a quem chamou de "canalha".
No comunicado divulgado pelo Planalto, Bolsonaro baixou o tom e afirmou que as declarações foram feitas no "calor do momento" e que "nunca teve intenção de agredir quaisquer dos poderes".
O presidente ainda disse que "não tem direito de esticar a corda a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia" e que suas divergências com o ministro Alexandre de Moraes — seu maior desafeto no STF e a quem chamou de "canalha" em sua fala nos protestos — deveriam ser resolvidas por meio da via judicial.
"Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país", afirmou Bolsonaro.
'Traidor'
Em grupos de apoio ao presidente no aplicativo Telegram, os bolsonaristas se dividiram entre a revolta, a incredulidade e a decepção com a reação do presidente.
"Traidor", disse uma integrante de um grupo com mais de 11 mil participantes.
"Eu vim para Brasília apoiar o presidente e ele faz isso", comentou outro membro.
Em outro grupo, com 2 mil pessoas, um apoiador disse: "O presidente se rendeu, se acovardou. Eu esperava muito mais".
"Também não acreditei!!! Será alguma estratégia?!?", respondeu outra participante.
"Será que o presidente vai renunciar à reeleição? Será que o sistema fez com Bolsonaro o mesmo que fez com Trump?", questionou uma terceira.
Em outro grupo, com 36 mil inscritos, um membro interpretou assim o comunicado: "Nosso capitão recuou".
"Infelizmente", respondeu outro.
"Alguém confirma", questionou um integrante, que ouviu em resposta: "Sim, é verdade. O presidente nos abandonou."
"Ele disse que não ia respeitar o STF e agora tá se desculpando por nota", comentou um apoiador.
Outra participantes disse que a atitude de Bolsonaro foi uma "falta de respeito com o povo que ele pediu para ir às ruas".
"Não vivia falando que tá com o povo aonde o povo estiver e agora??? Somos chacota da esquerda."
"Que decepção", escreveu um terceiro, "mas acredito que isso tenha sido só para pacificar as coisas apenas uma estratégia a mando de alguém;"
"Decepção total, o sistema venceu o nosso presidente", afirmou mais um
Mas nem todos perderam a confiança em Bolsonaro.
"Não recuou não, estão malucos? Ele tem razão em fazer, tenham certeza, é uma demonstração de bom senso e autoproteção. Parem para pensar caramba", disse um membro desse mesmo grupo.
Outro afirmou que "recuar não é derrota".
"Temos que ter paciência, galera", pediu um outro apoiador.Final de YouTube post, 3
Após ser atacado por genro, morre pai de grávida assassinada
no RJ
Wellington Braga levou tiros na boca e, após longa
internação em um hospital fluminense, não resistiu aos ferimentos
YI
Yasmin Ibrahim*
postado em 03/09/2021 12:58 / atualizado em 03/09/2021 13:00
(crédito: Reprodução/Redes sociais)
O único sobrevivente dos ataques de Ricardo Pinheiro Jucá
Vasconcelos, 43 anos, Wellington Braga de Mello, 75, não resistiu aos
ferimentos e morreu nessa quinta-feira (2/9), após 19 dias internado. Ele era
sogro do acusado e foi atingido durante o crime, que aconteceu em 13 de agosto,
na casa onde o homem morava com a filha da vítima, em Cônego, Nova Friburgo
(RJ).
No mesmo dia, o empresário Ricardo Pinheiro executou a
mulher, Nahaty Gomes de Mello, 33 anos, filha de Wellington e grávida de 6
meses, e matou a sogra, Rosemary Gomes de Mello, 67.
O suspeito do feminicídio está internado em um hospital
psiquiátrico desde 20 de agosto, após ter alegado instabilidade mental.
Contudo, após a audiência de custódia, foi julgada ausente a presença de
transtornos psíquicos, e ele já teve a ordem de transferência para o presídio
de Bangu autorizada.
Ricardo Pinheiro tem posse de arma e, para adquirir o
armamento no Brasil, é necessário apresentar laudo psicológico que o comprove
apto para praticar tiro, esporte realizado pelo empresário.
Na decisão, o juiz Marcelo Alberto Chaves Villas destaca que
"o acusado praticava tiro desportivo, postava fotografias em rede sociais
com arma de fogo e não se sabe influenciado por discurso de ódio".
"Quiçá fatores possam explicitar crimes tão graves como ora os apurados e
não um suposto surto psicótico. Chama atenção que o surto psicológico, apenas
foi abordado superficialmente nos depoimentos dos agentes da lei em sede
policial que afirmaram que o denunciado disse informalmente que cometeu os
crimes, pois teve um 'surto'", continuou.
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