Imagens fortes: moradores de Santa Helena de Minas denunciam extorsão e espancamento de índios Maxakali por falsos comerciantes
SANTA HELENA DE MINAS - Uma denúncia anônima chegou ao jornal Diário na tarde desta quarta-feira (22).
Nas imagens é possível ver um índio da etnia Maxakali com o rosto desfigurado em um banco da praça principal da cidade. Ao seu lado outro indígena que também vem sofrendo o assédio de uma dupla de falsos comerciantes, conforme disse o denunciante.
O Diário apurou que há uma denúncia de agressão registrada hoje na Polícia Militar, mas o caso só pode ser investigado por uma jurisdição federal, visto que crimes envolvendo indígenas é de competência da União. Os nomes dos acusados não podem ser revelados devido a nova lei de abuso de autoridade.
Segundo o denunciante os suspeitos são dois homens que, inclusive, já foram alvo de reportagens no Jornal Nacional e no Fantástico, jornalísticos da Rede Globo de Televisão.
“Ontem a tarde (21/09), dois homens que lesam índios da região tomando os cartões deles dos benefícios sociais, agrediu um índio indefeso no meio da rua. Foram vários murros e chutes chegando ao ponto do índio desmaiar”, relatou revoltado.
A fonte contou ainda que a tomada dos cartões atingem vários indígenas locais em uma suposta mercearia.
“Eles colocam mercadinho de fachada que só abre para tomar os cartões dos índios e deixa-los com fome. Vocês precisam ver a quantidade de índios com os cartões presos na mão deles. Como eles tomam os cartões, os índios só compram lá, que só abre em determinado período do mês, quando os índios vem das tribos ‘receber’ e comprar comida. Não recebem praticamente nada e quando cobram são espancados para servir de exemplo”.
Ainda segundo o denunciante os indígenas ficam receosos de denunciar os agressores por que os mesmos são contumazes nesta prática há anos e nunca ficaram presos, sendo a denúncia via imprensa uma tentativa de sanar o problema. “Isso não pode acontecer. Faz dó o que esses pobres coitados estão passando nas mãos desses vândalos. Alguém precisa tomar uma providência“, finalizou o denunciante.
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