Parlamentar mineiro diz que está 'ansioso pela próxima ilegalidade' do ministro do STF e garante que, depois dos discursos de Bolsonaro, 'é uma nova história'
07/09/2021 19:21 - atualizado 07/09/2021 19:32
Alinhado às ideias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Junio Amaral (PSL-MG) diz que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, "deve ser preso" na "próxima ilegalidade" que cometer. Nesta terça-feira (7/9), Amaral falou ao Estado de Minas, por telefone, sobre as repercussões dos atos pró-governo. Os ataques ao magistrado foram a tônica dos discursos feitos por Bolsonaro em São Paulo e Brasília.
"Estou ansioso para a próxima ilegalidade de Alexandre de Moraes, porque não será mais da mesma forma. Tenho certeza que não será mais da mesma forma. Ele deve ser preso. É um cara que não só deve ser tirado daquela cadeira pelas vias previstas dentro da Constituição, mas deve ser preso", afirmou Amaral, em contato estabelecido pela reportagem às 18h13 desta terça.
Na capital federal, Bolsonaro não citou Moraes de forma nominal. Na Avenida Paulista, porém, o presidente chegou a "sugerir" a saída do ministro da Suprema Corte, a quem chamou de "canalha". O chefe do Executivo federal garantiu que vai desobedecer ordens legais proferidas pelo magistrado.
O EM questionou Junio Amaral sobre as consequências de uma hipotética detenção de Moraes. O deputado, que participou dos atos na capital paulista, refutou a tese de acirramento do debate público no Brasil.
"É a justiça, propriamente dita, sendo feita. Acredito que ele só vá, agora, dobrar a aposta, se for ignorante. O recado já foi dado".
Após os discursos de Bolsonaro, líderes de legendas como o PSDB, o MDB e o Solidariedade devem consultar parlamentares sobre posição ante eventual pedido de impeachment presidencial.
Os efeitos dos ataques desta terça de Independência, no entanto, não abalam Junio Amaral, cabo reformado da Polícia Militar mineira. "Tem caciques políticos que não representam ninguém, a não ser o interesse da própria família, e estão "cagando" de medo, porque a população foi às ruas e demonstrou de que lado ela está".
O que o senhor achou dos discursos de Bolsonaro em Brasília e SP?
Firme e muito assertivo. Deixando claro que, a partir de agora, é uma nova história. Entendo que ele não vai admitir mais inconstitucionalidades que ocorreram até agora. Após os ataques de Bolsonaro a Moraes, alguns partidos já começam a consultar suas bancadas sobre como devem se posicionar sobre eventual impeachment do presidente. Como será a repercussão das falas desta terça? Todos esses partidos que estão se manifestando agora estão tremendo de medo. Tem caciques políticos que não representam ninguém, a não ser o interesse da própria família, e estão "cagando" de medo, porque a população foi às ruas e demonstrou de que lado ela está e demonstrou a principal figura representativa do país. Esses partidos estão desesperados. Os seus projetos de poder, que já vinham abalados com a chegada do presidente da República, agora ficam ainda mais perdidos diante do que aconteceu nas ruas hoje.
De maneira geral, é positiva a avaliação dos atos em BH, Brasília e São Paulo?
Sim. Muito positiva. Deixa eu falar mais uma coisa, se quiser colocar: estou ansioso para a próxima ilegalidade de Alexandre de Moraes, porque não será mais da mesma forma. Tenho certeza que não será mais da mesma forma. Ele deve ser preso. É um cara que não só deve ser tirado daquela cadeira pelas vias previstas dentro da Constituição, mas deve ser preso. A partir de agora, fico ansioso para ver ele se comportar da mesma maneira esdrúxula que vem se comportando até aqui. A gente está pagando para ver.
A prisão do ministro não provocaria acirramento?
Não. Diante das ilegalidades e crimes que ele cometeu até aqui, usando da sua toga, não tem acirramento nenhum. É a justiça, propriamente dita, sendo feita. Acredito que ele só vá, agora, dobrar a aposta, se ele for ignorante. O recado já foi dado. Está muito bem claro. Se ele dobrar a aposta, as consequências serão muito duras.
Os atos desta terça ficaram aquém ou acima das expectativas traçadas pela base bolsonarista?
Foi acima de nossas expectativas. Nos surpreendeu. Com todos os parlamentares e ativistas que estou conversando aqui, nas horas após (os atos), todos vão no mesmo sentido. Por mais que a gente soubesse que seriam números nunca vistos, superou a nossa previsão.
"Estou ansioso para a próxima ilegalidade de Alexandre de Moraes, porque não será mais da mesma forma. Tenho certeza que não será mais da mesma forma. Ele deve ser preso. É um cara que não só deve ser tirado daquela cadeira pelas vias previstas dentro da Constituição, mas deve ser preso", afirmou Amaral, em contato estabelecido pela reportagem às 18h13 desta terça.
Na capital federal, Bolsonaro não citou Moraes de forma nominal. Na Avenida Paulista, porém, o presidente chegou a "sugerir" a saída do ministro da Suprema Corte, a quem chamou de "canalha". O chefe do Executivo federal garantiu que vai desobedecer ordens legais proferidas pelo magistrado.
O EM questionou Junio Amaral sobre as consequências de uma hipotética detenção de Moraes. O deputado, que participou dos atos na capital paulista, refutou a tese de acirramento do debate público no Brasil.
"É a justiça, propriamente dita, sendo feita. Acredito que ele só vá, agora, dobrar a aposta, se for ignorante. O recado já foi dado".
Após os discursos de Bolsonaro, líderes de legendas como o PSDB, o MDB e o Solidariedade devem consultar parlamentares sobre posição ante eventual pedido de impeachment presidencial.
Os efeitos dos ataques desta terça de Independência, no entanto, não abalam Junio Amaral, cabo reformado da Polícia Militar mineira. "Tem caciques políticos que não representam ninguém, a não ser o interesse da própria família, e estão "cagando" de medo, porque a população foi às ruas e demonstrou de que lado ela está".
O que o senhor achou dos discursos de Bolsonaro em Brasília e SP?
Firme e muito assertivo. Deixando claro que, a partir de agora, é uma nova história. Entendo que ele não vai admitir mais inconstitucionalidades que ocorreram até agora. Após os ataques de Bolsonaro a Moraes, alguns partidos já começam a consultar suas bancadas sobre como devem se posicionar sobre eventual impeachment do presidente. Como será a repercussão das falas desta terça? Todos esses partidos que estão se manifestando agora estão tremendo de medo. Tem caciques políticos que não representam ninguém, a não ser o interesse da própria família, e estão "cagando" de medo, porque a população foi às ruas e demonstrou de que lado ela está e demonstrou a principal figura representativa do país. Esses partidos estão desesperados. Os seus projetos de poder, que já vinham abalados com a chegada do presidente da República, agora ficam ainda mais perdidos diante do que aconteceu nas ruas hoje.
De maneira geral, é positiva a avaliação dos atos em BH, Brasília e São Paulo?
Sim. Muito positiva. Deixa eu falar mais uma coisa, se quiser colocar: estou ansioso para a próxima ilegalidade de Alexandre de Moraes, porque não será mais da mesma forma. Tenho certeza que não será mais da mesma forma. Ele deve ser preso. É um cara que não só deve ser tirado daquela cadeira pelas vias previstas dentro da Constituição, mas deve ser preso. A partir de agora, fico ansioso para ver ele se comportar da mesma maneira esdrúxula que vem se comportando até aqui. A gente está pagando para ver.
A prisão do ministro não provocaria acirramento?
Não. Diante das ilegalidades e crimes que ele cometeu até aqui, usando da sua toga, não tem acirramento nenhum. É a justiça, propriamente dita, sendo feita. Acredito que ele só vá, agora, dobrar a aposta, se ele for ignorante. O recado já foi dado. Está muito bem claro. Se ele dobrar a aposta, as consequências serão muito duras.
Os atos desta terça ficaram aquém ou acima das expectativas traçadas pela base bolsonarista?
Foi acima de nossas expectativas. Nos surpreendeu. Com todos os parlamentares e ativistas que estou conversando aqui, nas horas após (os atos), todos vão no mesmo sentido. Por mais que a gente soubesse que seriam números nunca vistos, superou a nossa previsão.
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