O crime aconteceu em 4 de fevereiro, em Samambaia Norte. Câmeras de segurança da via captaram a violência
O acusado de arrastar uma mulher na rua, durante um roubo, em Samambaia Norte, foi preso nesta terça-feira (22/3). O crime aconteceu em 4 de fevereiro deste ano e câmeras de segurança da via captaram a violência.
Nas imagens, é possível ver o momento em que o homem tenta puxar a bolsa da mulher. A vítima, caída ao chão, resiste para não entregar o objeto e acaba sendo arrastada por um distância de cinco metros pelo agressor. Enquanto isso, o acusado desferiu diversos socos contra a vítima.
Apesar da vítima não ter registrado boletim de ocorrência, policiais civis da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) identificaram a mulher e conseguiram localizar o agressor. Ele foi preso preventivamente, após expedição do mandado de prisão deferido pela 1ª Vara Criminal de Samambaia-DF.
Ministério Público Federal solicita que ambos devolvam aos
cofres públicos os recursos desviados ilicitamente
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, nesta terça-feira
(22), à Justiça Federal em Brasília, uma ação de improbidade contra o
presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua ex-secretária parlamentar na Câmara dos
Deputados Walderice Santos da Conceição, conhecida como “Wal do açaí”.
Na ação distribuída à 6ª Vara Federal do Distrito Federal, o
MPF argumenta que atos de improbidade não se encaixam na imunidade prevista na
Constituição segundo a qual o presidente só pode responder por atos ocorridos
durante o mandato. Segundo o MPF, essa imunidade se restringe à esfera penal.
A ação pede que Bolsonaro e Walderice sejam condenados pela
prática de improbidade administrativa e devolvam aos cofres públicos os
recursos desviados ilicitamente.
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Walderice foi indicada pelo então deputado federal Jair
Bolsonaro em fevereiro de 2003 para ocupar o cargo de secretária parlamentar
junto ao seu gabinete em Brasília. Ela ficou no gabinete até agosto de 2018,
quando foi demitida, após o caso ser divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Segundo a investigação realizada pelo MPF, durante os 15
anos em que esteve vinculada ao gabinete de Bolsonaro, Walderice nunca esteve
em Brasília e não exerceu qualquer função relacionada ao cargo.
Além disso, segundo a ação, Walderice ainda prestava,
juntamente com seu companheiro, Edenilson Nogueira Garcia, serviços de natureza
particular para Bolsonaro, como o cuidado com uma casa na Vila Histórica de
Mambucaba e com os cachorros de Bolsonaro. O MPF ainda cita que Walderice
cuidava de uma loja de açaí na região.
A análise das contas bancárias de Walderice revelou, ainda,
uma movimentação atípica, já que 83,77% da remuneração recebida nesse período
foi sacada em espécie, sendo que, em alguns anos, esses percentuais de saques
superaram 95% dos rendimentos recebidos.
Segundo o MPF, Bolsonaro tinha pleno conhecimento de que
Walderice não prestava os serviços correspondentes ao cargo e, mesmo assim,
atestou falsamente a frequência dela ao trabalho em seu gabinete para comprovar
a jornada laboral exigida pela Câmara dos Deputados, de 40 horas semanais, e,
assim, possibilitar o pagamento dos salários.
De acordo com o Ministério Público, “as condutas dos
requeridos e, em especial, a do ex-deputado federal e atual presidente da
República Jair Bolsonaro, desvirtuaram-se demasiadamente do que se espera de um
agente público. No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança
de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas
destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade
parlamentar”.
Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou
sobre a ação do MPF.
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