Segundo Polícia Rodoviária Federal, Luciano Hang e empresários bolsonaristas de Santa Catarina cederam caminhões e apoio logístico a manifestantes que paralisaram rodovias por não aceitar o resultado das urnas
Famílias almoçando, muitos vestidos de verde e amarelo, deixaram os talheres na mesa para aplaudir a entrada do bilionário Luciano Hang em um restaurante de Brusque, em Santa Catarina. Palmas e gritos saudaram o empresário, que andando pelo salão proferiu um discurso parabenizando os comensais que participaram de atos pró-golpe no feriado de Finados: “O Brasil precisa de mais gente como todos vocês, que vão para a luta, não aceitam o errado como verdadeiro. Temos ainda alguma chance, não sei mais, se eles tomarem o poder acabou, pessoal”.
Sem o extravagante terno verde e amarelo, usando uma camisa social azul, o dono da rede de lojas Havan concluiu sua fala confiante na mudança do rumo do resultado das eleições: “agora, ainda acho que dá tempo, vamos esperar tá”. Os bloqueios nas estradas contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aconteciam desde domingo, haviam perdido força em grande parte do país naquele dia 2, mas Santa Catarina ainda registrava o maior número de paralisações.
A Agência Pública apurou que Luciano Hang, um dos mais fiéis aliados de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos quatro anos, e outros empresários catarinenses, como Emílio Dalçoquio, que ficou conhecido por incentivar a greve de caminhoneiros em 2018, tiveram ativa participação nas manifestações golpistas que acontecem no estado desde o dia 30 de outubro. Um documento da PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao qual a reportagem teve acesso com exclusividade, aponta que caminhões a serviço da Havan foram enviados para os bloqueios.
Hang e Dalçoquio participavam de um grupo de WhatsApp de empresários bolsonaristas em que foi defendido um golpe de estado caso Lula ganhasse a eleição. O episódio foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, em agosto. Os dois também são aliados do governador eleito com o apoio do presidente, Jorginho Mello (PL-SC), e tiveram papel importante na campanha de Jair Bolsonaro em Santa Catarina – Luciano Hang doou R$ 1,02 milhão a Bolsonaro. O presidente teve 69,27% dos votos no estado.
Também próximo de Dalçoquio e Hang, o dono do grupo Luke – que dentre outras atividades, fornece peças e acessórios para caminhões – Luiz Henrique Crestani, fez questão de publicizar o apoio às manifestações contra a democracia. Ele postou nos stories do Instagram no dia primeiro, que os veículos de sua empresa estavam nos bloqueios: “Nossos caminhões da @lukelogistica estão parados em Palma Sola”, escreveu. Crestani também divulgou fotos suas nos atos. Procurado, ele disse que não tem interesse em se manifestar à Pública.
Os protestos também ganharam a adesão de dezenas de donos de negócios de médio porte e comerciantes que baixaram as portas e coagiram funcionários a participar das paralisações. Para citar um exemplo, a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de Canoinhas publicou uma nota em 3 de novembro conclamando os associados a fecharem seu comércio ou liberarem seus empregados a participarem do “movimento”. O locaute, como é chamada a paralisação dos empresários, é crime no Brasil e o MPT (Ministério Público do Trabalho) de Santa Catarina está investigando o caso.
Procuradores de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo informaram nesta terça-feira (8/11) ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, ter identificado a participação de empresários no financiamento dos atos antidemocráticos. “Há uma grande organização criminosa com funções pré-definidas, financiadores, arrecadadores, como é de conhecimento público, tem vários números de pix”, afirmou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo durante coletiva de imprensa. Segundo ele, há suspeitas de que existe uma organização em nível nacional.
Santa Catarina teve o maior número de registros de bloqueios de rodovias em todo o país, chegando a 41 na segunda-feira (31). O estado de origem do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, também foi onde ocorreram ao menos dois flagrantes de policiais rodoviários apoiando os atos.
Um policial da PRF no estado contou à reportagem sob condição de anonimato, que o setor de inteligência do órgão já havia detectado antes das eleições que ocorreriam os bloqueios, mas nada foi feito. A Pública mostrou que o fechamento das estradas estava sendo articulado nas redes sociais semanas antes da votação e, segundo o policial de Santa Catarina, a PRF estava ciente dessa movimentação. Mesmo assim, de acordo com ele, o comando estadual optou por não convocar um efetivo maior de policiais para o período pós-eleitoral.
“Eu e mais um colega ficamos responsáveis sozinhos por um trecho de cerca de cem quilômetros que tinha múltiplos bloqueios. Sem estrutura era impossível enfrentar os manifestantes. Em um momento que tentamos negociar eles partiram agressivamente para cima de nós e precisamos correr para não sofrermos agressões”, relatou sobre a segunda-feira, 31 de outubro.
Havan: caminhões e estrutura disponibilizada para os atos
As lojas da Havan foram pontos de concentração dos protestos golpistas em Santa Catarina. Na terça-feira, após as suspeitas de que Luciano Hang estaria apoiando os atos, a empresa emitiu uma nota negando sua participação. No entanto, um documento da PRF ao qual tivemos acesso aponta o contrário.
O relatório da manhã de 31 de outubro registra que a Havan e Transben Transportes – transportadora da esposa, cunhado e sogro de Hang – além da Premix Concreto, “haviam deslocado veículos de carga até a manifestação no KM 83 e estavam presentes de forma organizada” no bloqueio da BR-101, na altura do município de Barra Velha (SC). Ali, o protesto foi em frente ao posto de combustível Maiochi, que fica próximo a uma loja da Havan e a uma das garagens da Transben.
Os funcionários da Transben entrevistados na garagem da empresa pela Pública negaram participação no fechamento das estradas.
A reportagem procurou a Premix e a Transben que não retornaram ao contato. A nota assinada por Hang publicada dia primeiro informa que o empresário não está envolvido, “se manifestando ou patrocinando movimentos de paralisação de estradas ou rodovias”. “Manifestações em frente às megalojas estão sendo organizadas de forma espontânea, sem qualquer vínculo com a Havan, ou com o empresário”, acrescenta.
Após a publicação da reportagem, recebemos via email da assessoria da Havan a resposta oficial da empresa. Segue a nota: “Com relação à matéria divulgada, o empresário Luciano Hang reafirma veementemente, que não tem participação alguma em qualquer ato realizado nos últimos dias. Desde o dia 30 de outubro, Hang dedicasse exclusivamente às suas atividades empresariais. Tanto é mentira a matéria publicada que a própria empresa responsável por todo o transporte de cargas da Havan mantém suas atividades normais tendo, inclusive, documentos para comprovar. Todo transporte da Havan é terceirizado e, todos os dias, saem do Centro de Distribuição Havan, em Barra Velha (SC), centenas de caminhões com produtos para as 174 megalojas espalhadas por todo o país. Reforçamos que não participamos de nenhuma paralisação, como também não fechamos nenhuma loja na segunda-feira, dia 7. O caminhão citado em reportagem havia se envolvido em um acidente indo parar no canteiro lateral da rodovia e ficando atolado, fato também comprovado pelas autoridades competentes. O setor jurídico da Havan já foi acionado e o veículo de comunicação será processado por produzir uma matéria completamente mentirosa“.
Presidente da empresa de transportes ligada à Havan, Adriano Benvenutti, irmão de Andrea Benvenutti Hang, esposa de Luciano Hang, foi denunciado pela Procuradoria Regional do Trabalho de Santa Catarina por coação eleitoral. Antes do pleito, ele gravou um vídeo pedindo para que seus funcionários votassem em Bolsonaro. Na mensagem, ele diz que foi uma ideia sua em conjunto com o cunhado: “Voltando aqui para pedir uma coisa para vocês, em uma decisão que a gente teve. Vocês já devem ter visto o vídeo do Luciano pedindo para todos os motoristas votarem, certo? Isso foi uma ideia que surgiu em conjunto. Eu e ele conversando, estamos estimulando a todos os transportadores a fazerem isso. Vou pedir encarecidamente a todos os motoristas que votem no Bolsonaro para manter as empresas crescendo”, disse.
A Transben tem como principal cliente a rede de lojas Havan. Além do bloqueio onde oficiais da polícia rodoviária registraram a participação organizada de seus caminhões, ao menos outros quatro pontos de obstruções de vias em Santa Catarina foram realizados exatamente na frente das lojas de Luciano Hang – nos municípios de Itapema, Indaial, Palhoça e Rio do Sul.
Em Itapema, os manifestantes usaram o estacionamento e instalações da Havan para se abrigar, relatou uma funcionária à Pública. Em Palhoça, “a Havan deu cadeiras e bancos de plástico para os manifestantes, além de liberar os banheiros, energia elétrica para o som e o espaço do estacionamento”, relatou um funcionário da unidade. Nesta loja Havan, os apoiadores de Jair Bolsonaro começaram a se juntar logo após o resultado eleitoral, ainda na noite de 30 de outubro.
O mesmo aconteceu em Rio do Sul (SC) onde os manifestantes já planejavam desde a tarde de domingo (30) fechar a rodovia em frente à loja caso Bolsonaro perdesse – segundo relato de um morador à Pública. Na pequena cidade catarinense, a aglomeração de pessoas pedindo intervenção militar se estendeu por toda semana, contando com apoio de empresários da região.
De dentro da loja da Havan, empresários convocaram outros empreendedores a “trazerem seu pessoal” para os atos golpistas – segundo vídeos obtidos pela reportagem. “Minha empresa está fechada desde segunda-feira [31] com nossos colaboradores aqui ajudando”, disse, uma empresária do município, no dia 6 de novembro.
Bloqueios foram estruturados com rapidez
Um dos maiores bloqueios de Santa Catarina aconteceu em Itajaí, em frente aos negócios da família Dalçoquio. Além de sócios de uma rede de postos de gasolina e de um hotel, eles são donos de uma grande transportadora, a Transportes Dalçoquio. Segundo agentes da PRF ouvidos pela Pública, é de conhecimento na região que membros da família Dalçoquio apoiam e ajudam a articular bloqueios de rodovias, desde ao menos a greve de caminhoneiros de 2018.
Na semana passada, cerca de apenas uma hora após o resultado das eleições, aproximadamente 50 pessoas se aglomeravam no quilômetro 117 da BR 101, em frente ao posto Santa Rosa, que pertence a eles. Os manifestantes começaram a queimar paus, pneus, e minutos depois caminhões com toras de madeira, pneus e areia chegaram para dar apoio. Uma funcionária do hotel localizado nas proximidades foi agredida com socos e pontapés por ter se posicionado contrária aos protestos e a Jair Bolsonaro.
Bem perto dali, no domingo (30), em frente a outro posto dos Dalçoquio, surgia mais um grupo de pessoas que faziam o mesmo, impedindo os veículos de passarem na estrada que dá acesso à cidade de Itajaí.
Emílio Dalçoquio Neto, um dos herdeiros da empresa, conhece Jair Bolsonaro desde 2015. Em dezembro de 2021, ele acompanhou o presidente, a primeira dama Michelle Bolsonaro e a filha do casal, Laura, no parque de diversões Beto Carreiro. Junto a Luciano Hang, ele foi um dos anfitriões de Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú durante a campanha. Os dois foram fotografados conversando ao pé do ouvido.
Dalçoquio também apoiou a eleição de Jorginho Mello ao governo de Santa Catarina, do ex-ministro da Pesca, Jorge Seif (PL-SC), ao senado e Zé do Trovão (PL-SC) a deputado federal. Eleito, Trovão foi preso em outubro do ano passado suspeito de organizar atos antidemocráticos e atualmente usa tornozeleira por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Mesmo assim, o político esteve nas manifestações golpistas contra o resultado das eleições.
Em um vídeo que passou a circular muito na semana anterior às eleições, Emílio Dalçoquio convoca o setor do agronegócio e os caminhoneiros a participar de protestos. “Agora vai ficar no coração de cada um aceitar o Brasil ser comunista ou não. Eu não aceito”, disse a um grupo de pessoas em um bar localizado em Itajaí. “Saiam daqui e vão defender o Brasil também, é isso que nós esperamos, porra”, acrescentou.
Emílio Dalçoquio e a Dalçoquio Transportes não retornaram aos contatos da reportagem. A empresa emitiu uma nota na terça-feira (1/11) referente ao vídeo, informando que “o que pensa ou não pensa o sr. Emílio Dalçoquio não retrata os pensamentos e interesses da administração da empresa”. “Até porque, o sr. Emílio Dalçoquio não ocupa assento na administração da organização, razão pela qual suas declarações são de cunho único e exclusivamente pessoal, não podendo ser associadas a Transportes Dalçoquio nessas aventuras retóricas”, diz a nota.
Conhecido como Cowboy do Asfalto, Emílio, assim como Hang, é um bolsonarista raiz. Em vídeos publicados no Youtube e em suas redes sociais, é comum ouvi-lo dizer que se o PT voltasse ao poder, o Brasil viraria uma Venezuela e que passaríamos a comer carne de cachorro. Ontem ele publicou em seu Instagram uma imagem com o seguinte texto: “Nunca imaginei que iria viver para testemunhar uma categoria de caminhoneiros ser mais consciente do que a categoria de professores.
Atualmente, ele preside a associação Lux Brasil, que informa “defender ideias conservadoras”. A organização está registrada em nome de Leandro José Castro de Freitas, lotado no gabinete do senador Jorginho Mello, conforme publicado pelo De Olho nos Ruralistas. Ele foi exonerado do Senado em setembro. A Lux Brasil apoiou o Congresso Conservador Brasileiro, que aconteceu em 26 de junho, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O evento contou com a participação de influenciadores da extrema-direita, como o blogueiro Allan dos Santos, que está foragido da Justiça.
Em decorrência das paralisações dos caminhoneiros em 2018, Emílio Dalçoquio e Luciano Hang foram investigados pelo Ministério Público Federal por atentar contra a liberdade do trabalho e coação, além de incitar a animosidade de setores das Forças Armadas ao pedir por intervenção militar. O inquérito foi arquivado em fevereiro de 2019 por falta de provas.
Outra empresa que apareceu no radar da PRF nos bloqueios golpistas após a vitória de Lula, é o Grupo Rudnick que tem postos de gasolina, uma empresa de distribuição de combustível e uma mineradora em Santa Catarina.
O posto Rudnick de Joinville (SC), que segundo oficiais da PRF relataram à Pública deu suporte às paralisações de caminhoneiros de 2018, foi o ponto com maior bloqueio na região do município. Como ocorreu no posto da família Dalçoquio e em frente às lojas Havan, lá os bloqueios na rodovia também se iniciaram ainda na noite da eleição e só foram desmontados pela ação das polícias.
Segundo apurou a reportagem, outro posto de propriedade da família Rudnick serviu de ponto de concentração para manifestantes pró-golpe que bloquearam a BR-280 na altura do quilômetro 55, bem em frente ao posto, em Guaramirim (SC). Procurada, a empresa não retornou ao contato da reportagem.
No embalo dos grandes, pequenos empresários também deram estrutura para bloqueios
Rio do Sul, um município de 72 mil habitantes no interior de Santa Catarina, é um dos pontos onde os bloqueios de rodovias apoiados por empresários mais se radicalizou. Moradores da cidade entrevistados sob anonimato pela Pública relataram que os apoiadores de Bolsonaro da cidade já estavam planejando uma manifestação em frente à loja da Havan, que fica à beira da BR 470, antes do resultado eleitoral. Muitos foram para lá assistir a apuração e, quando a derrota de Bolsonaro se consumou, começaram a bloquear a estrada.
No pequeno município, a pressão para a população apoiar os atos golpistas aumentou durante a semana. Na terça-feira, 1 de novembro, circulou em grupos de WhatsApp uma lista de 41 empresas e lojas da região que paralisaram as atividades e liberaram seus funcionários para aderirem às manifestações organizadas na frente da Havan. Um morador relatou que lojistas que não aderiram ao ato funcionaram de portas fechadas, com medo de serem taxados de comunistas e boicotados pela população.
No domingo seguinte, de dentro da loja da Havan, oito empresários da região gravaram vídeos convocando pessoas para aderirem à greve golpista que pedia “intervenção federal”, marcada para 7 de novembro. Um dos empresários, proprietário da HBremer que produz caldeiras de uso industrial, declara que convocou todos seus funcionários. Segundo o site da empresa, a HBremer emprega 138 pessoas em Rio do Sul. Na segunda-feira, dia 7, a direção da empresa paralisou as atividades para aderir aos atos golpistas.
Na tarde do dia 7, os manifestantes que obstruíram novamente a BR 470 em frente à loja da Havan em Rio do Sul atacaram os policiais que tentavam liberar a via. Um vídeo registra o momento em que homens atiram bancos e uma churrasqueira em cima dos policiais. Um deles, tenta golpear o policial com um bastão.
A apenas 21 quilômetros do ponto de bloqueio em Rio do Sul, outro empresário de médio porte também paralisou atividades e levou funcionários para aderirem aos atos golpistas, nos dias que se seguiram ao segundo turno. Um vídeo mostra o bloqueio feito na BR 470 em frente a Indústria Metalbo com dezenas de funcionários da empresa participando do ato uniformizados.
Entramos em contato com a Metalbo, a HBremer e Grupar Autopeças, mas não obtivemos retorno.
No mesmo embalo, um dos empresários da Grupar Autopeças gravou um vídeo em Brusque (SC) relatando que liberou todos os funcionários para aderirem à manifestação e pedindo para outros empresários fazerem o mesmo. “Estamos baixando as portas das empresas até que as Forças Armadas tomem uma decisão do que fazer”, disse rodeado por funcionários uniformizados.
O MPT (Ministério Público do Trabalho) tem recebido várias denúncias de casos de empregadores que financiam e impõe a seus trabalhadores a participação nos atos que atacam a democracia. Segundo Adriane Araújo, procuradora regional do trabalho, participar de bloqueios de estradas ou atos que contestam a ordem democrática configura crime por si só, mas, quando o empregador obriga o funcionário a participar de configura-se assédio em ambiente de trabalho.
“Essa prática é ilícita e gera responsabilidades, como pagamento de indenizações por danos morais coletivos e individuais, na esfera trabalhista”, explica. Já a participação em atos contra as instituições democráticas está prevista como crime na legislação penal e é passível de punição.
“Obrigar funcionários a participarem de tais atos é um ataque à dignidade humana, ao pluralismo político e ao princípio da igualdade”, diz Araújo. Segundo ela, o MPT está acompanhando os desdobramentos da participação de empresários nos bloqueios e irá apurar a responsabilidade das pessoas envolvidas.
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