Presidente da República criticou o israelense Binyamin Netanyahu neste sábado (15/6), na reunião da cúpula do G7
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar neste sábado (15) a conduta do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, na guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
"O primeiro-ministro de Israel, ele não quer resolver o problema. Ele quer aniquilar os palestinos em cada gesto, cada ato", afirmou Lula a jornalistas na Puglia, no sul da Itália, onde participou da reunião de cúpula do G7.
"Vamos ver se ele vai cumprir a decisão do tribunal internacional. Vamos ver se ele vai cumprir a decisão tirada da ONU agora."'
Lula fazia menção a uma resolução pedindo o cessar-fogo no conflito aprovada pelo Conselho de Segurança na ONU na segunda-feira (10). A medida não tem efeito prático --esta foi a segunda vez que uma moção nesse sentido passou no órgão. Mas aumenta a pressão para que Tel Aviv e Hamas cheguem a um acordo.
A declaração do petista neste sábado se deu em resposta a uma pergunta se o discurso do líder no G7 da véspera tinha sido uma tentativa de amenizar seu discurso em relação a Israel. Então, ao afirmar que o "legítimo direito de defesa" tinha se transformado em "direito de vingança" durante os enfrentamentos, Lula não citou diretamente o Estado judeu.
A fala, dada no último compromisso do presidente na Europa antes de voltar ao Brasil, tem potencial para reabrir a contenda diplomática entre Brasil e Israel iniciada no começo do ano, depois de Lula comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista. A correlação fez a chancelaria israelense declarar o petista persona non grata no país no Oriente Médio.
Ainda neste sábado, autoridades de saúde de Gaza, ligadas ao Hamas, atualizaram a cifra de palestinos mortos no conflito para 37.296. Não se sabe quantos destes são civis e quantos são terroristas.
Na mesma data, o Exército israelense afirmou que oito de seus soldados morreram em uma explosão em Rafah, na fronteira com o Egito. Em maio, o órgão divulgou que cerca de 700 militares e membros das forças de segurança morreram desde o início dos enfrentamentos, além de aproximadamente 800 civis, a grande maioria durante os ataques de 7 de outubro.
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