A carreira do militar é cercada de polêmicas e acusações.
27/06/2024 às 09h09Por: Wilmar ErasmoFonte: Redação
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Juan José Zúñiga, comandante demitido do Exército boliviano, foi preso na noite de quarta-feira (26), após liderar uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luis Arce.
"Está preso, meu general!", informou o vice-ministro de Governo (Interior), Jhonny Aguilera, segundo imagens da emissora estatal. As autoridades capturaram Zúñiga, que foi conduzido até um veículo policial do lado de fora de um quartel militar.
TENTATIVA DE GOLPE NA BOLÍVIA
O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou nesta quarta-feira (26) "mobilizações irregulares" de militares após tropas e tanques se posicionarem na frente da sede do governo em La Paz.
"Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada", escreveu o presidente na rede social X.
O ex-presidente Evo Morales afirmou que "um golpe de Estado" está sendo gestado na Bolívia. "Gesta-se o Golpe de Estado. Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques se mobilizam na Praça Murillo", disse Morales na rede social X.
QUEM É GENERAL ZUÑIGA
De acordo com o jornal boliviano El Deber, Zuñiga era o Comandante Geral da nação desde 2022. Ele atuou no cargo sendo membro do alto escalão do Exército boliviano até sua demissão nesta semana.
A carreira do militar é cercada de polêmicas e acusações. Evo Morales apontou o nome de Zuñiga por envolvimento em um suposto plano para perseguir lideranças políticas, enquanto ele ocupava o cargo de Chefe do Estado-Maior.
O militar também foi acusado de corrupção devido ao desvio de até 2,7 milhões de bolivianos destinados a programas sociais. Com a repercussão do caso, Zuñiga foi sancionado com sete dias de prisão.
O jornal boliviano El Deber descreveu Zuñiga como um "especialista em inteligência militar" e um "espião a favor do governo", com conhecimento dos movimentos de políticos bolivianos. Ele ainda teria relação com movimentos sindicais, sendo chamado de "general do povo".
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Mãe de criança que morreu 'em pele e osso', sob suspeita de desnutrição, é liberada da prisão
Justiça entendeu que a mulher pode responder o processo em liberdade. Ela e o então companheiro, padrasto da criança, foram presos em flagrante por maus tratos. À polícia, mãe disse que já chegou a ver o menor comendo comida de cachorro.
Por g1 Minas — Belo Horizonte
Santa Casa de Lagoa Santa — Foto: Redes sociais/Reprodução
A mãe do menino de 7 anos, que morreu "em pele e osso", sob suspeita de desnutrição, na cidade Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi liberada da prisão.
A criança morava com a mãe, de 27 anos, e o padrasto, de 19, que foram presos em flagrante por maus tratos no início do mês de junho. O homem segue preso em um presídio de Ribeirão das Neves, na Grande BH.
Segundo a Defensoria Pública de Minas Gerais, a mulher foi liberada na sexta-feira (21) após a Justiça entender "que não haveria risco decorrente da soltura e ela poderia responder ao processo em liberdade".
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a suspeita recebeu alvará de soltura, expedido pela Justiça, condicionado a medida cautelares.
No dia da prisão, mãe chegou a falar que "não gosta de falar sobre o caso" e disse, sem dar detalhes, que já viu o menino se alimentando de comida de cachorro. Um vizinho contou à polícia que ficou um
tempo com a vítima e com os outros três filhos da mulher, e que estavam todos muito magros.
A testemunha disse, ainda, que chegou a procurar o padrasto, dizendo que iria levar a criança que morreu ao hospital, porque a situação dele era pior. O homem respondeu pedindo que não fizesse isso, porque "o menino era alérgico" e que estava sendo bem tratado.Reproduzir vídeo
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Deixava a vítima sem comer
Segundo a polícia, o menino passou seis dias sem se alimentar antes de morrer, e chegou a comer comida de cachorro. A vítima deu entrada na Santa Casa de Lagoa Santa em situação de "pele e osso".
A mãe, de 27 anos, e o padrasto, de 19, foram presos em flagrante pela Polícia Civil, por maus tratos com agravante de ser menor de 14 anos com resultado em morte.
A criança morava com o casal e, à polícia, o padrasto confessou que deixava o menino sem comer por dias como castigo, porque ele "se alimentava demais", "que a comida era pouca" e "que não sobrava para as outras crianças". Contou que não o levou para o hospital por medo de ser preso.
De acordo com boletim de ocorrência, a assistência social da Santa Casa de Lagoa Santa, hospital onde a criança deu entrada, foi quem chamou a polícia.
“A criança estava muito, mas muito, mas muito desnutrida, pele e osso", disse um dos militares que atendeu a ocorrência.
Segundo o Hospital Lindouro Avelar/ Santa Casa de Lagoa Santa, a criança chegou à unidade por volta das 11h já morta. Um bebê, irmão do paciente, também foi assistido pela equipe e passou a ser acompanhado pelo Conselho Tutelar. As demais crianças seguem acolhidas em um lar do município.
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