Deputada Federal Silvia Waiãpi tem mandato cassado acusada de usar verba pública para pagar harmonização facial

20 de junho de 2024

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá decidiu nesta quarta-feira (data) pela cassação do mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL), após rejeitar por unanimidade as contas de campanha da parlamentar referentes às eleições de 2022. A decisão foi baseada em acusações de utilização indevida de recursos públicos destinados ao pleito.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral do Amapá, uma ex-funcionária de Silvia Waiãpi denunciou à Justiça Eleitoral a malversação de dinheiro público. A deputada teria utilizado R$ 9 mil do fundo eleitoral para cobrir despesas de um procedimento estético em seu rosto, especificamente uma harmonização facial.

Em resposta à decisão do TRE, a assessoria da parlamentar divulgou nota alegando que as contas de campanha foram previamente julgadas e aprovadas pelo próprio tribunal. A defesa de Silvia Waiãpi argumentou ainda que a deputada não foi intimada da decisão que resultou na cassação de seu mandato.

Silvia Waiãpi é conhecida por sua trajetória marcante que inclui passagens pelo Exército Brasileiro e pela gestão da Saúde Indígena no Governo Federal. Antes de ingressar na política, a deputada teve uma breve carreira na televisão, destacando-se em produções como a novela “Uga Uga” e diversas minisséries.

A parlamentar, que se descreve como defensora dos direitos das mulheres, crianças, famílias e povos indígenas, foi eleita em 2022 com apoio de políticos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro. Ela também foi alvo de investigações por seu envolvimento nos protestos de 8 de janeiro em Brasília, sendo acusada de incitação à violência contra instituições públicas.

Com a cassação de seu mandato, Silvia Waiãpi perde seus direitos políticos e fica impedida de exercer funções públicas, enquanto a Justiça Eleitoral segue investigando possíveis desdobramentos legais e administrativos decorrentes do caso.

Deputada Federal Silvia Waiãpi: Carreira na TV antes da política

Antes de ingressar na política, a deputada federal Silvia Waiãpi teve uma passagem marcante pela televisão. Em 2000, ela atuou na novela “Uga Uga”, um sucesso de Carlos Lombardi, onde interpretou a índia Crocoká. O papel da personagem era destacado por sua aparência peculiar, incluindo o uso de uma prótese dentária, que a tornou reconhecida no cenário televisivo da época.

Silvia Waiãpi também participou de outras produções na televisão brasileira, como minisséries, antes de iniciar sua carreira política. Sua trajetória na TV precedeu sua entrada no Exército Brasileiro e posteriormente na gestão da Saúde Indígena, culminando na eleição como deputada federal pelo Amapá em 2022.

Agora, enfrentando a cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá, devido à malversação de verbas de campanha, Silvia Waiãpi aguarda desdobramentos legais e mantém-se ativa em meio às controvérsias políticas e jurídicas que envolvem seu caso.

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Vítimas de chacina com 7 mortos foram rendidas e colocadas lado a lado antes de serem assassinadas

Os sete assassinatos ocorreram em praça pública na cidade de Viçosa do Ceará, no interior do estado. Nove pessoas foram baleadas e duas foram socorridas com vida.

Por g1 CE

20/06/2024 

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Criminosos renderam as vítimas antes de chacina que deixou sete mortos em Viçosa do CearáAs sete pessoas assassinadas em uma chacina na Praça Clóvis Beviláqua, em Viçosa do Ceará, no interior do estado, foram rendidas pelos criminosos e colocadas lado a lado antes de serem executadas. A sequência de homicídios ocorreu na madrugada desta quinta-feira (20). 

Uma câmera de segurança registrou o momento em que as vítimas, entre homens e mulheres, estavam rendidas pelos criminosos, com as mãos na cabeça. Nove pessoas foram baleadas; destas, sete morreram no local e duas foram socorridas. 

As motivações da chacina não foram esclarecidas. Das vítimas, três eram mulheres, sendo uma adolescente. Os outros quatro são homens. Pelo menos uma das pessoas assassinadas usava tornozeleira eletrônica.

Vítimas foram rendidas e colocadas lado a lado antes durante chacina em praça na cidade de Viçosa do Ceará. — Foto: Reprodução

Os sobreviventes foram levados ao Hospital Municipal de Viçosa e em seguida transferidos para o Hospital e Maternidade Madalena Nunes, na cidade de Tianguá. O estado de saúde dos baleados não foi informado.

Conforme o Batalhão da Polícia Militar do município, parte do grupo fazia uma comemoração na praça da matriz quando os criminosos chegaram ao local em veículos, por voltas das 3h, e renderam as pessoas.

Sete pessoas são mortas a tiros em praça na cidade de Viçosa do Ceará. — Foto: Fernando Dias/ Arquivo pessoal

Em nota, a Secretaria da Segurança do Ceará afirma que equipes policiais estão "em diligências ininterruptas, com o intuito de elucidar as sete mortes e duas lesões à bala" na cidade Viçosa do Ceará.

O secretário da Segurança, Roberto Sá, e membros da cúpula das forças policiais do estado se deslocam para o município para atuar no caso, conforme a pasta.

Segundo o secretário, duas vítimas tinham passagens pela polícia, por crimes como homicídio. Além disso, uma delas, uma mulher, estava era monitorada por tornozeleira eletrônica. Porém, ainda não há confirmação que esses envolvimentos tenham sido a motivação do crime.

"Eles estavam na praça onde foram vitimados, confraternizando. Exatamente o que levou a confraternização e o motivo desse ataque ainda é prematuro dizer, mas as investigações estão colhendo todas essas informações para orientar as buscas e as identificações dos autores”, disse o Secretário.

Sete pessoas são assassinadas em chacina em praça no interior do Ceará — Foto: Arte/g1

Segunda chacina na cidade em 2 anos

Casa onde estavam as quatro vítimas foi invadida pelos criminosos, em Viçosa do Ceará. — Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

Essa é a segunda chacina registrada em Viçosa do Ceará em dois anos. No caso anterior, quatro pessoas foram mortas a tiros em uma residência, na madrugada do dia 11 de dezembro de 2021. 

As vítimas eram mãe, filha, o companheiro da jovem e um primo dela. Eles estavam na casa quando suspeitos armados invadiram o local atirando. As duas mulheres foram mortas em um dos quartos da residência e os homens em outros cômodos. Após o crime, os suspeitos fugiram. 

Em dezembro do mesmo ano, a polícia prendeu Expedito Erivan Melo da Silva, conhecido como Kiko, apontado como chefe de um grupo criminoso com atuação em Tianguá e suspeito de participação na chacina.

https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2024/06/20/vitimas-de-chacina-com-7-mortos-foram-rendidas-e-colocadas-lado-a-lado-antes-de-serem-assassinadas.ghtml