Luana Otoni de Paula foi detida depois de agredir e chamar funcionário de linha aérea de 'macaco, preto, cretino, babaca'.
Por g1 Minas — Belo Horizonte
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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) suspendeu, nesta
terça-feira (25), o registro da advogada Luana Otoni de Paula. Ela foi presa
por injúria racial e agressão contra o funcionário de uma linha aérea, no
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (veja vídeo acima).
Com a suspensão da carteira profissional, a mulher não pode
exercer o ofício. Na última segunda (24), mesmo dia em que a Justiça determinou
que ela fosse solta, a OAB já havia destituído a advogada do cargo de
presidente da "Comissão de Direito de Moda".
Suspeita de injúria racial foi liberada pela Justiça — Foto: Henrique Campos - TV Globo
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a suspeita foi liberada depois de uma audiência de custódia virtual, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O juiz responsável entendeu que o crime cometido por ela não condizia com os requisitos da prisão preventiva e concedeu liberdade provisória, "fixando a medida cautelar de comparecimento mensal em juízo".
O que aconteceu?
A advogada era passageira de um voo com destino a Natal (RN), previsto para as 13h30 deste domingo (23). Segundo o boletim de ocorrência, ao entrar na aeronave, ela caiu, com sintomas de embriaguez.
O gerente operacional da Azul disse à polícia que foi ao assento da mulher, perguntou se ela precisava de atendimento médico e a convidou a sair da aeronave, em conformidade com os protocolos da aviação civil.
O funcionário falou que ela seria realocada em outro voo e, ao entregar os pertences à suspeita, ela chamou-o de "macaco", "preto", "vagabundo", "cretino" e "seu bosta". Disse, ainda, que ele estava feliz por tirar uma "patricinha" do avião e, depois, começou a agredir a vítima, com chutes, socos e tapas.
A mulher xingou outras pessoas?
Sim. De acordo com o boletim de ocorrência, além das injúrias raciais, a mulher chamou o comandante do voo de "comandantezinho".
Ela também se dirigiu a um agente aeroportuário da Azul como "pobre" e "ferrado". E, depois, chamou os policiais federais de "babacas", "moleques" e "playboys que viraram policiais".
Quem é a suspeita?
A mulher, identificada como Luana Otoni de Paula, é advogada. Ela era presidente da Comissão de Direito da Moda da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), mas foi retirada do cargo nesta segunda-feira (24) pelo presidente da entidade, Sérgio Leonardo.
Nas redes sociais, Luana também se identifica como superintendente jurídica de uma empresa de locação e venda de equipamentos e sócia de uma rede de networking e conexões para mulheres de negócios.
O que ela disse à polícia?
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher relatou aos policiais que, após ser retirada do avião, disse que não poderia perder o voo porque tinha um compromisso de trabalho. Ela afirmou que se exaltou porque não era respondida pela vítima enquanto tentava argumentar.
A mulher foi presa?
Sim. A mulher foi presa e conduzida para uma delegacia da Polícia Civil em Vespasiano, na Grande BH
Ela foi autuada em flagrante pelos crimes de injúria, perturbação do trabalho ou do sossego alheio, desacato e vias de fatos e encaminhada ao sistema prisional.
O que disse a Azul?
A companhia aérea afirmou, em nota, que a "cliente indisciplinada [...] foi orientada a desembarcar por comportamento inadequado" e "agrediu física e verbalmente um tripulante da Azul".
Câmeras de segurança flagraram o momento em que ela agrediu o funcionário (veja vídeo acima).
A empresa disse, ainda, que "repudia veemente qualquer tipo de ofensa ou agressão aos clientes e seus tripulantes, sendo certo que serão adotadas as medidas cabíveis".
https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/06/26/oab-suspende-registro-de-advogada-presa-por-injuria-racial-em-aeroporto.ghtml
Suspeita de injúria racial foi liberada pela Justiça.
Os já saiu....
A Lei 14.532/2023, publicada em janeiro deste ano, equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível.
Veja o que diz a Lei:
LEI Nº 14.532, DE 11 DE JANEIRO DE 2023
Art. 1º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 (Lei do Crime Racial), passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.”
“Art. 20. .........
As crianças de 8 e 9 anos iam para a escola. Elas tiveram fraturas nas pernas por conta do acidente.
Por João Vitor Nunes, g1 Vales de Minas Gerais
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os dois meninos, de 8 e 9 anos, foram atropelados, na manhã desta quarta-feira (26), na avenida Doutor Jorge Hannas, no bairro Ponte da Aldeia, em Manhuaçu.
A Polícia Militar informou que as crianças estavam a caminho da escola, quando fora atropeladas. Elas tiveram fraturas nas pernas e foram atendidas por uma equipe do SAMU
Segundo a PM, o condutor da motocicleta foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal culposa e também por ser inabilitado. Ele foi levado para a delegacia de Manhuaçu.
As crianças atendidas pelo SAMU tiveram fraturas nas pernas, mas não correm risco de morte.
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