sábado, 31 de julho de 2021

Além de Borba Gato: conheça monumentos a escravocratas no Brasil

 No último protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), manifestantes incendiaram a estátua do bandeirante, em São Paulo

atualizado 30/07/2021 20:50

Estátua Borba Gato em chamasReprodução/Twitter

No último protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), manifestantes incendiaram a estátua do bandeirante Manuel Borba Gato, localizado no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. O sertanista foi um dos desbravadores do interior do país que capturaram e escravizaram indígenas e negros.

Mais de um ano antes do incêndio, já se falava na destruição da estátua. Em um publicação no Twitter, o historiador e escritor de 1808, 1822, 1889 e Escravidão, Laurentino Gomes, se dizia “contra” a consumação da ameaça. O assunto, na época, despertou polêmica nas redes sociais.

Atualmente, a historiografia brasileira tem reavaliado o papel dos bandeirantes. O assunto, inclusive, chegou à política. Alguns projetos de lei tentam proibir e retirar monumentos que homenageiam escravocratas. O assunto é discutido, por exemplo, na Câmara dos Vereadores de São Paulo e na Câmara dos Deputados, em Brasília.

No entanto, além de Borba Gato, outros monumentos que homenageiam figuras que tiveram papel na colonização do país e na morte, escravização e precarização da vida de indígenas e negros continuam espalhados pelo Brasil.


Veja:

1 – Duque de Caxias: Localizado no Rio de Janeiro, o monumento do escravocrata e imperialista Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, se destaca na Praça Princesa Isabel, no município que leva o nome do patrono do Exército Brasileiro. Ele foi um dos principais repressores de revoltas promovidas em decorrência da escravização e assassinato de indígenas e negros.

Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Foto: Luiz Souza/NurPhoto via Getty Images

Comandou tropas para acabar com movimentos como a Balaiada, em 1840; nas manifestações em virtude do Golpe da Maioridade, em 1842; na Revolução Farroupilha, em 1845; e na Guerra do Paraguai, em 1864, quando cerca de 300 mil paraguaios e 100 mil brasileiros morreram. Na penúltima, inclusive, o “Duque de Ferro” foi responsável por armar emboscadas para matar negros escravizados.

2 – Joaquim Pereira Marinho: O português teve papel fundamental no tráfico e “importação” de negros para serem escravizados no Brasil. Dedicada a ele há uma estátua na frente do hospital Santa Izabel, no Largo de Nazaré, em Salvador.

Português ganhou dinheiro com tráfico de africanos para o Brasil depois que a atividade já havia deixado de ser legal no país Foto: ACERVO FGM

A fortuna de Marinho foi feita com mais de 30 viagens dos navios negreiros entre Brasil e África. Foi o que, inclusive, lhe garantiu o título de conde. Marinho trouxe ao país ao menos 11,5 mil pessoas cativas, segundo dados do Banco de Dados do Tráfico de Escravos Transatlântico.

Monumento ao Conde de Pereira Marinho : Salvador, BA / Foto: IBGE

Pereira Marinho morreu em 1887, e, aparentemente, tinha a consciência tranquila. Segundo a BBC News, em testamento, o escravocrata dizia ter “a consciência tranquila de passar para a vida eterna sem nunca haver concorrido para o mal de meu semelhante”.

O trabalho que custou a vida de mulheres, crianças e homens africanos deixou uma fortuna que equivaleria em valores atuais a cerca de R$ 1 bilhão e 227 imóveis só em Salvador.

3 – Anhanguera:

Exploradores e bandeirantes, os Anhanguera – tanto o pai quanto o filho – têm, além de monumentos, nomes de estabelecimentos, marcas e até rodovias em homenagem.

Monumento a Anhanguera - Foto: Assembleia Legislativa de São Paulo

Ambos eram sertanistas e, apesar de não terem “Anhanguera” como nome oficial (ambos se chamavam Bartolomeu Bueno da Silva), ficaram conhecidos pela transliteração de línguas indígenas “Añã’gwea”. A tradução aproximada é diabo velho, espírito maligno ou espírito antigo.

4 – Domingos Jorge Velho: Filho de Francisco Dias Velho, fundador de Florianópolis e bandeirante, Domingos seguia com afinco os caminho do pai, responsável por quase 500 escravos, e que também tem monumentos em sua homenagem.


Domingos trilhou o caminho de caçador de indígenas e negros escravos ao longo da costa meridional brasileira. Comandou, junto com Bernardo Vieira de Melo, as tropas que destruíram o Quilombo dos Palmares, que já resistia há 94 anos e, à época, abrigava cerca de 7 mil pessoas, entre escravos e indígenas fugidos.

5 – Fernão Dias Leme: Também conhecido como “Caçador de Esmeraldas”, ele era sogro de Borba Gato. Há registros de que Fernão era o mais renomado bandeirante da época e “dono” de aproximadamente 5 mil indígenas escravizados.

Existem vários monumentos a Fernão espalhados pelo Brasil. O mais conhecido fica em Pouso Alegre, Minas Gerais. A BR-381, que liga Minas Gerais a São Paulo, também leva o nome do bandeirante.

Opinião de especialistas

Nem entre os estudiosos a questão é consensual. Especialista em direito penal, Jessica Marques explica que o Código Penal estabelece que destruir, inutilizar ou deteriorar o patrimônio público configura crime de dano qualificado com pena de até três anos e multa.

“A nossa Constituição estabelece que ‘não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal’, de modo que, qualquer fato, por mais que tenha consequências graves, não pode ser punido criminalmente se não houver tipificação específica da conduta em lei, uma vez que é considerado como fato atípico”, explica Jessica. No caso do fogo na estátua de Borba Gato, há tipificação específica.

Antônio Barbosa, professor de história contemporânea da Universidade de Brasília (UnB), diz que vê com preocupação a atitude de vandalizar os monumentos. Para ele, o ato reflete, inclusive, uma vocação autoritária, talvez até totalitária.

“Os monumentos refletem sempre o momento histórico em que eles foram erigidos. Vejo com muita preocupação essa onda que está ocorrendo de destruição, inclusive por meio de vandalismo de estátuas pelo fato de elas não representarem o que se pensa hoje. Isso é a própria negação dos padrões civilizatórios e negação do próprio dinamismo da história. Esse monumentos e estátuas têm um contexto histórico no qual foram construídas, e na verdade testemunham uma determinada época”, diz Barbosa.

Para Bruno Leal, professor do Departamento de História da UnB, no entanto, os monumentos dizem mais sobre as sociedades do que sobre os homenageados.

“É um passado mítico, e que é usado para justificar a imagem que certos grupos querem ter de si mesmos no presente. Isso acontece com muitos outros monumentos, de Norte a Sul do país. Esses monumentos higienizam o passado, retirando o protagonismo de outros grupos sociais na construção do país e, principalmente, apagam toda a carga de dor e violência que há nesse passado. E é justamente por isso que eles são tão afrontosos”, argumenta o especialista.

“Tanto o que é ruim quanto o que é bom deve ser lembrado. O que é ruim, para que não se repita, e o que é bom, para que se repita. Essas estátuas representam uma época da nossa história, para termos a consciência do que não devemos ser e nem fazer. Durante muito tempo, a maldade estava inserida nas culturas, era normal bater em mulher, por exemplo. Trabalhamos para que a cultura não normatize mais questões cruéis”, opina a arte-educadora e artista plástica Kassandra Castro Dutra.

https://www.youtube.com/watch?v=kPnHND14IpU

                                                               
Fake News: Jair Bolsonaro admite que não tem provas sobre fraudes em eleições

30 de jul. de 2021

Band Jornalismo

Band Band Jornalismo

Após três anos falando em 'fraudes eleitorais', o presidente Jair Bolsonaro fez uma live com notícias falsas e admitiu não ter provas das acusações

https://www.youtube.com/watch?v=kPnHND14IpU

Artistas levantam campanha pedindo prisão de Mário Frias

 Coletivo 342 artes levantou hashtag #MarioFriasNaCadeia, que chegou aos assuntos mais comentados do Twitter

atualizado 30/07/2021 21:40

Roberto Castro/ Mtur

O coletivo 342 Artes, formado por artistas brasileiros, levantou hoje a hashtag #MarioFriasNaCadeia pedindo a responsabilização do secretário Especial de Cultura pelo incêndio da Cinemateca Brasileira. A campanha chegou ao topo dos assuntos mais citados no Twitter.

 

Enquanto a Cinemateca queimava, o ministro do Turismo e seu subordinado, Mario Frias, que deveria cuidar especificamente da área, estavam em Roma. Segundo os funcionários da Cinemateca, o incêndio era uma tragédia anunciada devido ao descaso com a instituição.

 

Na manhã desta sexta-feira, Frias se pronunciou em seu Twitter sobre o assunto e botou a culpa no PT. “O estado em que recebemos a Cinemateca é uma das heranças malditas do governo apocalíptico do petismo”, escreveu o secretário.

O órgão está sem gestor desde 31 de dezembro de 2019, na época o então ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou, naquele ano, que não iria renovar o contrato com a organização social Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, responsável pela administração.

Nas mãos do governo federal, o patrimônio cultural brasileiro foi deixado de lado. Em julho do ano passado, o Ministério Público Federal apresentou uma ação contra a União alegando que a Cinemateca estava sob “estrangulamento financeiro e abandono administrativo”.


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Cantor Giovani, da dupla com Gian, sofre acidente de carro na Rodovia Presidente Dutra

Acidente foi na manhã deste sábado (31), na altura de Arujá. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, cantor cochilou ao volante. A assessoria, no entanto, diz que ele foi fechado por veículo em alta velocidade. Giovani estava acompanhado pela esposa e os dois sofreram ferimentos leves.

31/07/2021 15h16Por: Diego Jorge

 


 

Cantor Giovani, da dupla com Gian, sofre acidente de carro na Rodovia Presidente Dutra

O cantor Giovani, da dupla com Gian, sofreu um acidente de carro na manhã deste sábado (31) na Rodovia Presidente Dutra, em Arujá.Continua depois da publicidade

 


Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, ele estava acompanhado da esposa e os dois foram levados ao hospital com ferimentos leves.Continua depois da publicidade

   

Nas redes sociais, Anna Carolina Morais publicou imagens do acidente e contou que voltava de Cuiabá com o marido quando o carro capotou. Ela disse que já está em casa e que passam bem.Continua depois da publicidade

 

 "Hoje eu saí de manhã para cumprir uma agenda de compromissos do meu marido em Cuiabá. Nesse caminho, nosso carro capotou três vezes. Essa aqui sou eu inteira depois de um carro capotado", relatou a mulher.

 

"Senti Deus protegendo a gente. Sou católica, tenho muita fé em Deus, muita fé no amor que Deus tem pela gente. Meu olho está vermelho porque eu já chorei muito. Não quero fazer 'story' chorando, mas eu e meu marido tivemos um livramento muito grande hoje", completou.

   

O acidente

 

O acidente ocorreu por volta de 7h20, na altura do km 198. De acordo com a PRF, o sertanejo cochilou na direção, perdeu o controle do veículo e bateu contra uma mureta. O carro capotou e deslizou por cerca de 80 metros, até parar no acostamento da via.

 

Giovani e a esposa foram levados para o Hospital Nipo Brasileiro pela equipe médica da CCR NovaDutra, concessionária que administra a via. A Polícia Rodoviária Federal informou, ainda, que eles tiveram ferimentos leves e ficaram em observação.

  

Em nota, a assessora da dupla Gian e Giovani disse que, diferentemente do que foi informado pela PRF, o acidente aconteceu porque o cantor foi fechado por um carreta em alta velocidade. Disse também que ele seguia para o Aeroporto de Guarulhos.

 

"Frisamos que o Giovani conduzia em baixa velocidade, com cinto de segurança, presando sua vida e de sua esposa e, para não colidir com o outro veículo, nas devidas circunstâncias, conduziu o veículo ao acostamento onde veio a capotar", completa.

https://plantaosantamariense.com.br/noticia/6054/cantor-giovani-da-dupla-com-gian-sofre-acidente-de-carro-na-rodovia-presidente-dutra

TSE já publicou 62 vídeos em 2021 para desmentir fake news sobre urnas

 Em contrapartida, defensores do voto impresso promoveram uma enxurrada de "dislikes" no canal da Corte Eleitoral no YouTube

atualizado 31/07/2021 11:15

Presidente do TSE, ministro Luís Roberto BarrosoArte/ Metrópoles

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aliados intensificam ataques contra as urnas eletrônicas, numa tentativa de colocar em descrédito o atual sistema de votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem direcionado boa parte de sua comunicação para desmentir notícias falsas e esclarecer aos eleitores sobre o funcionamento do voto eletrônico e as auditorias feitas para atestar a segurança do modelo.

O TSE tem divulgado produtos nas mais diversas redes sociais e, recentemente, aderiu até mesmo ao TikTok. No YouTube, segundo levantamento do Metrópoles, já foram publicados, neste ano, 62 vídeos sobre urnas eletrônicas, voto impresso, fraudes ou ciberataques.

As respostas do tribunal se acentuaram sobretudo após 14 de maio, quando o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, lançou uma campanha, segundo ele, para demonstrar a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral. Desde então, o canal da Corte no YouTube subiu 92 vídeos. Desses, 46 – ou seja, a metade – tratam do assunto.

“Não é uma campanha de resposta a ninguém; não é uma campanha de polemização. É apenas uma campanha de transparência para que a sociedade tenha conhecimento pleno e informação fidedigna sobre a lisura do nosso sistema eleitoral”, ponderou Barroso, durante o lançamento.

Só neste ano são mais de 7 horas e 51 minutos de vídeos publicados sobre o assunto. Ao Metrópoles, o TSE informou que todo o material é produzido pela Secretaria de Comunicação do tribunal e que, portanto, não há custos extras.

Em contrapartida, bolsonaristas têm promovido ataques contra as publicações que tratam de urnas eletrônicas e voto impresso no canal do TSE. Os 62 vídeos deste ano sobre esses temas receberam mais de 370,8 mil dislikes, o equivalente a 6 mil avaliações negativas por vídeo. O número é 11 vezes maior que a média de likes dos mesmos conteúdos: 540.

Arte/ Metrópoles


Ao serem analisados os vídeos publicados também neste ano e que não falam sobre urnas eletrônicas, voto impresso, fraudes ou ciberataques, o cenário se inverte. São 33,7 mil likes ante 11,9 mil dislikes.

O post com o maior número de rejeições desde o início do canal, em 2013, tem o seguinte título: “Na urna eletrônica brasileira você pode confiar!”. Foi publicado em 13 de maio de 2021, e já recebeu, até a manhã dessa sexta-feira (30/7), 158,9 mil avaliações negativas.

Trata-se de uma gravação curta, de apenas 32 segundos, sobre o lançamento da campanha institucional que aborda a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral – motivo suficiente para inflamar os defensores do voto impresso. “Na urna eletrônica e nas eleições brasileiras, você pode confiar”, diz Barroso, ao apontar os dedos indicadores para a câmera.

“Não confiamos nos ministros do STF e nem nessa urna”, assinala um dos internautas, entre os mais de 40 mil comentários.

Doutor em direito e coordenador-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Luiz Fernando Pereira afirma que essa disputa de narrativas sofre do mesmo problema do debate em relação à pandemia do novo coronavírus. “De um lado, há dados concretos, científicos e tecnicamente embasados, e, do outro, uma narrativa inspirada em teorias conspiratórias”, assinala.

O especialista ressalta que o país tem um sistema de votação que “funciona muito bem, que é rápido e auditável”. “Colocar o complicador de imprimir um papel não faz nenhum sentido. E dizer que a urna eletrônica não é auditável é uma mentira: tem o boletim de urna – que sai impresso, inclusive”, diz o coordenador-geral da Abradep, ao citar o chamado complexo de vira-lata, sentimento descrito pelo escritor brasileiro Nelson Rodrigues que se refere a uma falta de autoestima nacional.

“Nós já temos um prejuízo muito grande com isso, pois, se o presidente da República diz que as urnas podem ser fraudadas, o que ele está dizendo, para uma legião de admiradores, é que o sistema não é confiável e, portanto, se houver uma derrota, essa derrota não é legítima. É o que o Trump fez nos Estados Unidos. Agora, eu temo muito aonde isso pode chegar aqui no Brasil”, prossegue.

Bolsonaro afirmou, em live na quinta-feira (29/7), que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”. O chefe do Executivo federal convocou a imprensa com a promessa de apresentar provas de irregularidades nos pleitos de 2014 e 2018.

No início da transmissão, o chefe do Executivo federal fez acusações contra o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Segundo ele, “mente” quem afirma que a implementação do voto impresso é um retrocesso. “É justo quem tirou Lula da cadeia e o tornou elegível ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta no TSE? Quero eleições no ano que vem, vamos disputar eleições no Brasil no ano que vem, mas eleições limpas”, falou.

O presidente ainda subverteu a lógica do chamado “ônus da prova” (cabe a quem acusa comprovar o que diz) ao afirmar: “Os que me acusam de não apresentar provas eu devolvo: apresente prova de que não é fraudável”.

De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, a live realizada pelo presidente foi vista por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como um “tiro no pé” do próprio chefe do Palácio do Planalto.

A avaliação na Corte é que o presidente da República falou para “convertidos” e tentou inverter o ônus da prova, ao dizer que só tinha “indícios” da suposta fraude e que quem defende a urna é que teria a obrigação de provar que o voto no Brasil pode ser auditável.

Aliados de Bolsonaro, por sua vez, dizem que a reação da base bolsonarista foi “excelente”. Segundo auxiliares do presidente ouvidos pela coluna, a live tem contribuído para “disparar” a adesão às manifestações convocadas para domingo (1º/8) a favor do voto impresso auditável.

Colaborou Fábio Vasconcellos, jornalista de dados.

Veja quem é Assis Peixoto, prefeito preso por suspeita de pedofilia em GO

 Político há 30 anos em São Simão, no sudoeste do estado de Goiás, ele é acusado por sete vítimas que o denunciaram por crimes sexuais

atualizado 31/07/2021 6:00

Prefeito preso pedofilia Sao Simao GoiasReprodução/Facebook

Goiânia – A cidade de São Simão, na região sudoeste de Goiás, a 370 quilômetros da capital, vive um alvoroço desde que começou a circular a informação de que o prefeito foi flagrado ao assediar sexualmente um adolescente pela internet. Pelo menos sete já denunciaram o político em menos de duas semanas.

 

Francisco Assis Peixoto, do PSDB, é uma pessoa conhecida no município desde os anos 1980, quando ele foi candidato a vereador pela primeira vez. De lá para cá, foram 17 anos em algum cargo eletivo na política municipal, além de nomeações no governo estadual.

 

Assis Peixoto ou simplesmente Assis, como é conhecido, tem 58 anos e está preso de forma preventiva desde a última quarta-feira (28/7). Ele foi detido quando estava em Goiânia e permaneceu em silêncio em seu depoimento ao Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), que o investiga por crime sexual contra a dignidade sexual de menor.

Próximo de todos

Católico e devoto de São Francisco de Assis, santo que inspirou seu nome, o prefeito até tem uma máscara personalizada com a imagem do protetor dos animais. Mas os crimes que são atribuídos ao político por, até agora, cinco vítimas do sexo masculino, nada têm a ver com referências de castidade ou santidade.

Assis é muito popular na cidade e na região. Na denúncia, uma das vítimas descreveu o político como: brincalhão, extrovertido, muito simpático e humilde. Essas características provocariam encantamento e dariam liberdade para conversas e aproximação. Não é por acaso que ele conquistou tantos mandatos eletivos na cidade.

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Durante entrevista ao canal do PSDB no Facebook, quando era pré-candidato, em junho de 2020, Assis disse que a parte mais relevante nos seus oito anos de prefeito era o seu relacionamento próximo com as pessoas.

“Eu costumo dizer para as pessoas, que o meu melhor secretário, em todo tempo de prefeitura, foi o meu celular”, declarou.

A primeira denúncia contra o prefeito foi feita no dia 19/7. Assis teria assediado um adolescente de 17 anos pelo WhatsApp. Além disso, enviou imagens pornográficas e ofereceu carona à vítima.

Início e trajetória

Assis trabalhou na recepção e na parte administrativa do hotel de um irmão, quando era jovem. Natural de Araguari (MG), ingressou na política como líder estudantil na escola, já em São Simão (GO).

Uma de suas inspirações na política nos anos de 1980 foi o então casal de prefeito e primeira-dama, Salvador e Leonor Capanema. Ele declarou isso em entrevista de 2020 ao canal do PSDB no Facebook.

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O atual vice-prefeito, Fabio Capanema (PP), é filho do casal. A ex-mulher de Assis, Gabriela Capanema, de quem se divorciou, é sobrinha de Leonor. Os Capanemas são uma importante família na região.

Cargos públicos

Sua primeira filiação partidária foi em 1988 no Partido Progressista Brasileiro (PPB). Nos dois primeiros mandatos de prefeito entre 2005 e 2012, ele estava filiado ao Partido Progressista (PP). Ele só se filiou ao PSDB em 2020.

Assis foi vereador entre 1993 e 2000. No governo Marconi Perillo (PSDB), atuou como secretário de Cidadania e diretor financeiro e de operações do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (DETRAN-GO).

Processos

O Ministério Público Eleitoral chegou a pedir a cassação de diplomas de prefeito e vice-prefeito de São Simão, pouco antes da posse de 2020. Ambos respondem a processos por improbidade administrativa.

 

Assis já foi condenado por contratação ilegal de assessoria contábil e Fábio já foi condenado por usar veículo oficial para fazer compras em Uberlândia (MG).

O patrimônio declarado do prefeito no ano passado foi de R$ 1,4 milhão. O valor é 228% a mais que na sua última relação de bens, em 2008, quando declarou R$ 440 mil.

Assis foi eleito com 4.277 votos em 2020, o que representa 40,65%. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou como ocupação ser técnico em contabilidade, estatística, economia doméstica e administração. Ele tem ensino médio completo.

Prisão

A operação que levou o prefeito à prisão foi batizada de Paideia, termo do grego antigo que procura sintetizar a noção de educação na sociedade grega clássica. A palavra tem relação com a educação voltada para as crianças, referindo-se à educação familiar, bons modos e princípios morais.

Além da prisão do prefeito, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Participaram da ação quatro promotores de Justiça, quatro delegados da Polícia Civil e 12 policiais civis.

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 CPI da Covid vota quebra de sigilos bancários de 10 sites bolsonaristas nas próximas semanas

 

Jornalismo TV Cultura

732 mil inscritos

Pedidos de quebra de sigilo bancário de dez sites bolsonaristas foram apresentados na última sexta-feira (30) pelo relator Renan Calheiros (MDB) e o membro da comissão Humberto Costa (PT). A suspeita é que as páginas apoiadoras do governo, o blogueiro Allan dos Santos, do "Terça Livre" e a Rádio Jovem Pan tenham espalhado fake news durante a pandemia.

 

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Mulher dirigiu por meses nos EUA com corpos dos sobrinhos no porta-malas

Nicole Johnson enfrenta várias acusações, que incluem abuso infantil resultante na morte da menina de sete anos e do menino de cinco

 AFP

30/07/2021 17:57 - atualizado 30/07/2021 18:25

Polícia de Baltimore prendeu, em blitz de rotina, suspeita de assassinar sobrinho e sobrinha(foto: Baltimore Police Department/Flickr)

Polícia de Baltimore prendeu, em blitz de rotina, suspeita de assassinar sobrinho e sobrinha

(foto: Baltimore Police Department/Flickr)

Uma motorista americana foi presa com os corpos de seu sobrinho e sobrinha no porta-malas de seu carro, anunciou a polícia nesta sexta-feira (30), após a descoberta macabra durante uma blitz de rotina.

   

Nicole Johnson, da cidade de Baltimore, na costa leste, enfrenta várias acusações, que incluem abuso infantil resultante na morte da menina de sete anos e do menino de cinco.

 

A mulher de 33 anos colocou o corpo de sua sobrinha em uma mala de viagem e a guardou no porta-malas em maio do ano passado, mas continuou usando o carro com normalidade, segundo o jornal The Baltimore Sun.

 

Um ano depois, a tia juntou o corpo do menino ao da irmã em decomposição, envolvendo-o em um saco plástico, acrescentou.

 

A polícia parou seu veículo por excesso de velocidade na quarta-feira e decidiu confiscar o automóvel quando viu que ela não tinha os documentos corretos.

 

Segundo o jornal, um policial disse a Johnson que o carro iria ser rebocado e ela respondeu: "Não importa, não estarei aqui em cinco dias".

 

"Todos me verão no noticiário fazendo minha grande estreia", acrescentou.

 

 

Em 2019, as duas crianças foram confiadas ao cuidado de Johnson por parte de sua irmã.

 

Johnson admitiu durante o interrogatório que agrediu sua sobrinha várias vezes, o que fez com que a menina batesse a cabeça no chão. No entanto, não explicou como o menino morreu, segundo o jornal Baltimore Sun.

https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/07/30/interna_internacional,1291398/mulher-dirigiu-por-meses-nos-eua-com-corpos-dos-sobrinhos-no-porta-malas.shtml