Político há 30 anos em São Simão, no sudoeste do estado de Goiás, ele é acusado por sete vítimas que o denunciaram por crimes sexuais
atualizado 31/07/2021 6:00
Goiânia – A cidade de São Simão, na região sudoeste de
Goiás, a 370 quilômetros da capital, vive um alvoroço desde que começou a
circular a informação de que o prefeito foi flagrado ao assediar sexualmente um
adolescente pela internet. Pelo menos sete já denunciaram o político em menos
de duas semanas.
Francisco Assis Peixoto, do PSDB, é uma pessoa conhecida no
município desde os anos 1980, quando ele foi candidato a vereador pela primeira
vez. De lá para cá, foram 17 anos em algum cargo eletivo na política municipal,
além de nomeações no governo estadual.
Assis Peixoto ou simplesmente Assis, como é conhecido, tem
58 anos e está preso de forma preventiva desde a última quarta-feira (28/7).
Ele foi detido quando estava em Goiânia e permaneceu em silêncio em seu
depoimento ao Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), que o investiga por
crime sexual contra a dignidade sexual de menor.
Próximo de todos
Católico e devoto de São Francisco de Assis, santo que inspirou seu nome, o prefeito até tem uma máscara personalizada com a imagem do protetor dos animais. Mas os crimes que são atribuídos ao político por, até agora, cinco vítimas do sexo masculino, nada têm a ver com referências de castidade ou santidade.
Assis é muito popular na cidade e na região. Na denúncia,
uma das vítimas descreveu o político como: brincalhão, extrovertido, muito
simpático e humilde. Essas características provocariam encantamento e dariam
liberdade para conversas e aproximação. Não é por acaso que ele conquistou
tantos mandatos eletivos na cidade.
Durante entrevista ao canal do PSDB no Facebook, quando era
pré-candidato, em junho de 2020, Assis disse que a parte mais relevante nos
seus oito anos de prefeito era o seu relacionamento próximo com as pessoas.
“Eu costumo dizer para as pessoas, que o meu melhor secretário, em todo tempo de prefeitura, foi o meu celular”, declarou.
A primeira denúncia contra o prefeito foi feita no dia 19/7. Assis teria assediado um adolescente de 17 anos pelo WhatsApp. Além disso, enviou imagens pornográficas e ofereceu carona à vítima.
Início e trajetória
Assis trabalhou na recepção e na parte administrativa do hotel de um irmão, quando era jovem. Natural de Araguari (MG), ingressou na política como líder estudantil na escola, já em São Simão (GO).
Uma de suas inspirações na política nos anos de 1980 foi o então casal de prefeito e primeira-dama, Salvador e Leonor Capanema. Ele declarou isso em entrevista de 2020 ao canal do PSDB no Facebook.
O atual vice-prefeito, Fabio Capanema (PP), é filho do casal. A ex-mulher de Assis, Gabriela Capanema, de quem se divorciou, é sobrinha de Leonor. Os Capanemas são uma importante família na região.
Cargos públicos
Sua primeira filiação partidária foi em 1988 no Partido Progressista Brasileiro (PPB). Nos dois primeiros mandatos de prefeito entre 2005 e 2012, ele estava filiado ao Partido Progressista (PP). Ele só se filiou ao PSDB em 2020.
Assis foi vereador entre 1993 e 2000. No governo Marconi Perillo (PSDB), atuou como secretário de Cidadania e diretor financeiro e de operações do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (DETRAN-GO).
Processos
O Ministério Público Eleitoral chegou a pedir a cassação de
diplomas de prefeito e vice-prefeito de São Simão, pouco antes da posse de
2020. Ambos respondem a processos por improbidade administrativa.
Assis já foi condenado por contratação ilegal de assessoria
contábil e Fábio já foi condenado por usar veículo oficial para fazer compras
em Uberlândia (MG).
O patrimônio declarado do prefeito no ano passado foi de R$ 1,4 milhão. O valor é 228% a mais que na sua última relação de bens, em 2008, quando declarou R$ 440 mil.
Assis foi eleito com 4.277 votos em 2020, o que representa 40,65%. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou como ocupação ser técnico em contabilidade, estatística, economia doméstica e administração. Ele tem ensino médio completo.
Prisão
A operação que levou o prefeito à prisão foi batizada de Paideia, termo do grego antigo que procura sintetizar a noção de educação na sociedade grega clássica. A palavra tem relação com a educação voltada para as crianças, referindo-se à educação familiar, bons modos e princípios morais.
Além da prisão do prefeito, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Participaram da ação quatro promotores de Justiça, quatro delegados da Polícia Civil e 12 policiais civis.
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732 mil inscritos
Pedidos de quebra de sigilo bancário de dez sites bolsonaristas foram apresentados na última sexta-feira (30) pelo relator Renan Calheiros (MDB) e o membro da comissão Humberto Costa (PT). A suspeita é que as páginas apoiadoras do governo, o blogueiro Allan dos Santos, do "Terça Livre" e a Rádio Jovem Pan tenham espalhado fake news durante a pandemia.
Mulher dirigiu por meses nos EUA com corpos dos sobrinhos no
porta-malas
Nicole Johnson enfrenta várias acusações, que incluem abuso
infantil resultante na morte da menina de sete anos e do menino de cinco
30/07/2021 17:57 - atualizado 30/07/2021 18:25
Polícia de Baltimore prendeu, em blitz de rotina, suspeita de assassinar sobrinho e sobrinha(foto: Baltimore Police Department/Flickr)
Polícia de Baltimore prendeu, em blitz de rotina, suspeita
de assassinar sobrinho e sobrinha
(foto:
Baltimore Police Department/Flickr)
Uma motorista americana foi presa com os corpos de seu
sobrinho e sobrinha no porta-malas de seu carro, anunciou a polícia nesta
sexta-feira (30), após a descoberta macabra durante uma blitz de rotina.
Nicole Johnson, da cidade de Baltimore, na costa leste,
enfrenta várias acusações, que incluem abuso infantil resultante na morte da
menina de sete anos e do menino de cinco.
A mulher de 33 anos colocou o corpo de sua sobrinha em uma mala de viagem e a guardou no porta-malas em maio do ano passado, mas continuou usando o carro com normalidade, segundo o jornal The Baltimore Sun.
Um ano depois, a tia juntou o corpo do menino ao da irmã em
decomposição, envolvendo-o em um saco plástico, acrescentou.
A polícia parou seu veículo por excesso de velocidade na
quarta-feira e decidiu confiscar o automóvel quando viu que ela não tinha os
documentos corretos.
Segundo o jornal, um policial disse a Johnson que o carro
iria ser rebocado e ela respondeu: "Não importa, não estarei aqui em cinco
dias".
"Todos me verão no noticiário fazendo minha grande
estreia", acrescentou.
Em 2019, as duas crianças foram confiadas ao cuidado de
Johnson por parte de sua irmã.
Johnson admitiu durante o interrogatório que agrediu sua
sobrinha várias vezes, o que fez com que a menina batesse a cabeça no chão. No
entanto, não explicou como o menino morreu, segundo o jornal Baltimore Sun.
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