Denúncia é resultado do 3º indiciamento de Jairinho por tortura contra filhos de ex-namoradas. Plenário da Câmara vota cassação nesta quarta
atualizado 29/06/2021 11:17
Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio enviou à Justiça mais uma denúncia contra o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), com novo pedido de prisão. Desta vez, por causa de tortura contra o filho de uma de suas ex-namoradas, a estudante Débora de Mello Saraiva.
Na justificativa, o promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da zona sul e Barra da Tijuca, afirma que o parlamentar submeteu o menino, quando este tinha 2 anos de idade, a “intenso e desnecessário sofrimento físico e mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”, com emprego de violência.
A denúncia é resultado do terceiro indiciamento de Jairinho pelo crime de tortura majorada contra filhos de ex-namoradas. Neste caso, em relatório da Polícia Civil, os investigadores revelam que o que seria um passeio rápido, de apenas 10 minutos, virou sessão de espancamento contra o menino.
O curto período deixou marcas e lesões graves em uma das pernas do garoto, em 2015.
Assim como nos outros casos, Jairinho pediu para passar um tempo com o menino, numa tentativa de suprir a falta que sentia dos filhos, sob o argumento de que era impedido pela ex-mulher, Ana Carolina, de ver os herdeiros. No documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, a polícia relata as provas e os testemunhos da agressão contra a criança e contra a ex-namorada Débora Saraiva.
No depoimento prestado à polícia, Débora conta que Jairinho não fazia questão da presença de sua filha mais velha, “demonstrando sempre um interesse especial em se aproximar do menino”.
Jairinho ainda teria colocado um papel na boca da criança e disse que, se o garoto engolisse, “ele iria ver”. Logo após, o vereador teria também posto um saco plástico na cabeça do menino e dado voltas de carro com ele, pelas ruas do condomínio.
Já em 9 de março de 2015, ao sair sozinho com a criança, o vereador teria dado início a “sessões de tortura” no veículo, causando-lhe hematomas nas bochechas e vômitos. Nesse mesmo dia, ao descer sozinho de uma altura entre 50 e 70 centímetros, o menino caiu e quebrou o fêmur.
Henry Borel
Jairinho está preso desde o dia 8 de abril, acusado de torturar e matar o enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, filho de sua última namorada, a professora Monique Medeiros, também presa acusada de participação na morte do filho.
A decretação de uma nova prisão preventiva contra o parlamentar, que está preso pelo homicídio triplamente qualificado do enteado, também foi pedida.
Formado em medicina, Jairinho foi interditado de forma cautelar pelo Conselho Regional de Medicina do Rio no dia 10 de junho, “recurso do Conselho para proteger a população e assegurar a boa prática médica”. Segundo o Cremerj, um processo contra Jairo está em andamento e corre em sigilo, e as punições previstas em lei vão de advertência até cassação definitiva do registro.
Na segunda-feira (28/6), o Conselho de Ética votou por unanimidade pela cassação do vereador. Agora, o processo será votado pelo plenário na quarta-feira (30/6), e Jairinho pode vir a ser primeiro vereador cassado na história do parlamento carioca.
RaulZito: quem é o streamer de games e influenciador acusado
de estupro de vulnerável
Raulino de Oliveira Maciel transmite jogos de Fortnite e
começou assessoria para gamers mirins. Canal no YouTube tem mais de 140 mil
inscritos.
Por G1
RaulZito, influenciador e youtuber, foi preso em SC por suspeita de estupro de vulnerável — Foto: Reprodução/Instagram/RaulZitoYt
O influenciador e streamer de games RaulZito foi preso nesta
terça-feira (27), em Florianópolis, por suspeita de estupro de vulnerável.
De acordo com a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima
(DCAV), os casos envolvendo o investigado teriam ocorrido em Niterói (RJ) e São
Caetano do Sul (SP).
Raulino de Oliveira Maciel tem dois canais de games no YouTube, no qual joga ao lado de "talentos mirins", como explica na descrição.
No principal deles, onde publica vídeos desde 2019, tem mais
de 145 mil inscritos e quase 1,8 milhões de visualizações.
Na Twitch, maior plataforma de transmissão de games, ele tem
quase 120 mil inscritos. No canal, ele aparecia jogando "Fortnite" na
maior parte das vezes.
Com cerca de 80 milhões de usuários ativos mensais em 2020,
o jogo é um dos mais populares do mundo.
Com a experiência nos streams, Raulzito começou uma
assessoria de gamers mirins, com o objetivo de treinar e encontrar novos
talentos no universo gamer.
Tanto que a imagem do canal no YouTube mostra o "QG do
Raulzito" com o desenho do personagem Raulzito e as crianças do
"time".
O visual do influenciador também está relacionado ao
trabalho na plataforma. Ele pintou a barba de rosa quando alcançou 50 mil
inscritos e o cabelo de azul quando chegou a marca de 100 mil.
Instagram com dicas de jogos
Raulzito compartilhava o dia a dia pessoal, brincadeiras com
a equipe e dicas de jogos no Instagram. Ele tem 208 mil seguidores no perfil.
Segundo informações da rede social, ele fica entre
Florianópolis e São Caetano (SP).
Estúdio de Raulzito em Florianópolis; youtuber foi preso, após ser acusado de estupro de vulnerável — Foto: Reprodução/Instagram/Raulzito
"O SBT informa que o youtuber Raulino de Oliveira
Maciel, o 'Raulzito', não integra mais o quadro de streamers de SBT Games, do
qual fez parte desde o início deste ano. Ele era produtor de conteúdo não
exclusivo da plataforma, não tendo nesta condição direito algum em usar o nome
da emissora em negociações fora das propriedades de SBT Games. O SBT aguarda a
elucidação dos fatos e resultado da investigação, que resultou na prisão do
youtuber na manhã desta terça-feira (27)."
Polícia Civil do
Polícia prende em SC influenciador digital por suspeita de estupro de vulnerável
Raulino foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em
Florianópolis.
Ao menos duas supostas vítimas prestaram depoimento à
polícia do Rio de Janeiro, mas há suspeita de que mais menores tenham sido
vítimas do influenciador.
Até as 14h, o G1 não conseguiu contato com a defesa do
acusado
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