quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Suspeito de agir como 'coiote' é morto dentro de caminhonete em Governador Valadares

 Vítima foi morta com um tiro na cabeça. Os suspeitos foram identificados mas ainda não foram presos.

Homem é morto no bairro Santo Antônio em GV — Foto: Roberto Higino/Arquivo pessoal

Por g1 Vales de Minas Gerais

02/11/2022

A Polícia Civil vai investigar a morte de um homem, de 36 anos, que foi morto na noite dessa terça-feira (1), no bairro Santo Antônio, em Governador Valadares.


Luciano da Silva, estava dentro de uma caminhonete quando dois homens chegaram de carro e atiraram. A porta do veículo foi atingida por três disparos de arma de fogo. Já a vítima foi atingida por um tiro na cabeça.

Por causa da chuva a perícia teve dificuldade de fazer os trabalhos.


Os suspeitos foram identificados. Os policiais foram até a casa deles no bairro Altinópolis mas eles não foram encontrados.

Na cintura de Paulo os policiais encontraram uma pistola que foi apreendida. Na casa dele eles encontraram um carregador de pistola.

Segundo o boletim de ocorrência, Paulo estaria trabalhando como coiote, mandando pessoas para o exterior de forma ilegal. Ele teria se desentendido com um sócio que passou a fazer ameaças de morte a vítima.

Câmeras de circuito de segurança próximas ao local do crime vão ajudar a polícia a desvendar o caso. O corpo foi levado para o IML de Governador Valadares.

Paulo Luciano da Silva, de 36 anos, morto no bairro Santo Antônio — Foto: Arquivo pessoal/Redes sociais


Na casa da vítima os policiais encontraram um carregador de pistola.

Câmeras de monitoramento que flagraram o crime estão sendo analisadas para ajudar nos trabalhos de investigação.

De acordo com o boletim de ocorrência, Paulo estava trabalhando como "coiote", mandando pessoas para o exterior. Ele teria tido um desentendimento com um sócio e estaria desde então, sendo ameaçado de morte.

Testemunhas disseram que Paulo teria se mudado recentemente para o Espírito Santo após sofrer uma tentativa de homicídio na casa dele no bairro Trevo. O portão da casa foi atingido por vários tiros.

Desde que o ocorrido, o clima entre os envolvidos ficou tenso. Por causa das eleições Paulo a cidade, como os suspeitos conheciam a rotina da vítima, eles seguiram Paulo na noite dessa terça-feira.

A caminhonete foi rebocada e o corpo da vítima foi levado para o IML da cidade.

https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2022/11/02/suspeito-de-agir-como-coiote-e-morto-dentro-de-caminhonete-em-governador-valadares.ghtml


                                                                                 

                        

              Alemanha: gesto nazista em atos no Brasil é "ataque à democracia"...

Bolsonaristas fazem saudação usada por nazistas em protesto golpistaImagem: Reprodução/Twitter03/11/2022 11h04

O governo da Alemanha emitiu uma declaração de repúdio diante das cenas de gestos nazistas por parte de manifestantes bolsonaristas. A suposta saudação foi identificada em um ato em São Miguel do Oeste, contra a derrota de Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, o embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, escreveu que "o uso de símbolos nazistas e fascistas por "manifestantes" claramente de extrema direita é profundamente chocante". "Apologia ao nazismo é crime", insistiu.

Numa segunda mensagem, ele apontou que "não se trata de liberdade de expressão, mas de um ataque à democracia e ao estado de direito no Brasil". Nas redes sociais, ele não esclarece sobre quais atos ele se referia.

"Esse gesto desrespeita a memória das vítimas do nazismo e os horrores causados por ele", completou.

Sua declaração se contrasta com uma nota emitida pelo Ministério Público de Santa Catarina que afirmou que não vê apologia ao nazismo e que a iniciativa partiu de uma fala de um locutor, que pedia para as pessoas "estenderem a mão sobre o ombro da pessoa a sua frente" para "emanar energias positivas".

Essa não é a primeira vez que polêmicas entre os membros do governo ou apoiadores é criticado por governos estrangeiros.

Em meados de 2022, um informe produzido pelo Departamento de Estado norte-americano sobre a liberdade religiosa no mundo citou o encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e uma representante da extrema-direita alemã.

O documento, elaborado todos os anos por Washington, examinava a questão religiosa no mundo e apresentava um detalhado informe sobre a situação de cada país. No capítulo dedicado ao Brasil, o governo de Joe Biden listou uma série de ataques contra minorias religiosas no país e, para a surpresa de diplomatas brasileiros, não deixou de citar o encontro de Bolsonaro que causou estranheza em diferentes capitais pelo mundo.

"Em julho (de 2021), o presidente Jair Bolsonaro encontrou-se com Beatrix von Storch, deputada e legisladora alemã do Partido Alternativa para a Alemanha (AfD)", informa o documento. Ela é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças na Alemanha Nazista e que ficou ao lado do chanceler alemão por doze anos. Do outro de sua família, seus antepassados também faziam parte da elite do regime.

"Representantes do CONIB (Confederação Israelita do Brasil) criticaram a acolhida de Storch, dizendo que a AfD era um partido que minimizou as atrocidades nazistas e o Holocausto", constatou o Departamento de Estado norte-americano. "De acordo com relatos da mídia, porém, a visita oficial de Storch não incluiu nenhuma discussão sobre o nazismo ou o Holocausto", completa.

Considerado como tóxico, o partido Alternativa pela Alemanha (Afd) passou a ser monitorado em seu país de origem sob a suspeita de tentar desestabilizar a democracia, além de ser recebido apenas por regimes controversos, ditaduras e violadores de direitos humanos.

Mesmo que tenha sido fora da agenda e divulgado apenas depois do final da viagem, a foto foi recebida no meio diplomático alemão com consternação e decepção em relação ao Brasil. Diversos jornais das principais cidades do país europeu também noticiaram o encontro, num tom de incredulidade. A coluna apurou que o Itamaraty não foi consultado sobre a visita e que o encontro ocorreu sem o conhecimento da diplomacia.

O partido que Bolsonaro recebeu é ainda o primeiro a ser colocado sob vigilância desde 1945 pelo serviço de inteligência doméstica da Alemanha. O motivo: suspeita de tentativa de minar a Constituição democrática da Alemanha.

O AfD conseguiu entrar no Bundestag em 2017, buscando votos da parcela que tinha feito oposição à decisão da chanceler Angela Merkel de receber mais de um milhão de migrantes.

Com o monitoramento, o sistema de inteligência poderá escutar chamadas e conversas envolvendo membros da AfD e examinar o financiamento do partido.

O Conselho Central dos Judeus na Alemanha saudou a decisão. "As políticas destrutivas da AfD minam nossas instituições democráticas e desacreditam a democracia entre os cidadãos", escreveu o grupo.

Beatrix von Storch, a deputada e vice-líder do partido que esteve com Bolsonaro, tem um passado complicado. De um lado, ela é neta do ministro de Finanças de Adolf Hitler por 12 anos e condenado pelo Tribunal de Nuremberg por crimes de guerra. Seu outro avô não era menos conhecido da cúpula nazista e fazia parte da SA, uma milícia paramilitar.

No documento do Departamento de Estado norte-americano, outro citado é o ex-deputado Roberto Jefferson. No Instagram, o bolsonarista associou a comunidade judaica ao infanticídio. "Baal, deidade satânica, cananistas e judeus sacrificavam crianças para receber sua simpatia. Hoje, a história se repete", escreveu o político.

Os americanos destacaram, uma vez mais, como a CONIB se pronunciou, apontando que o ato de Jefferson era um crime de racismo. De acordo com o informe do Departamento de Estado, poucos meses depois, o ex-deputado foi indiciado por "pertencer uma organização criminosa que se opunha à democracia".

Cultura

Em 2020, o uso de referências nazistas pelo ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, repercutiu dentro do Parlamento alemão. O assunto foi alvo de uma declaração da deputada Yasmin Fahimi, líder do Partido Social Democrata (SPD) para temas de América Latina.

"Apesar de Jair Bolsonaro ter tomado distância dos indescritíveis pronunciamentos do seu antigo secretário da Cultura, Roberto Alvim, a ação do governo se mantém altamente questionável em relação aos objetivos liberais, democráticos e sociais de todos os brasileiros", alertou a parlamentar, que é integrante do Comitê de Relações Exteriores do Bundestag.

"Ativistas de direitos humanos, jornalistas e também criadores estão cada vez mais sujeitos a pressões ou são desacreditados como pretensos traidores de interesses nacionais", alertou.

"São já drásticos os cortes e reduções que se verificam no contexto da política social, agravando as desigualdades no país. Daí que, em geral, não se possa falar de afastamento do discurso populista de direita, no governo de Bolsonaro", completou.

A fala usada por Alvim, com ampla repercussão, foi alvo de uma resposta por parte do governo da Alemanha. Sua embaixada em Brasília alertou que Berlim se opõe a "qualquer tentativa de banalizar ou mesmo glorificar a era do nacional-socialismo".

Desde que assumiu, Bolsonaro acumulou polêmicas com os alemães. Tanto ele como o chanceler Ernesto Araújo declararam que o nazismo era um "movimento de esquerda". Deputados alemães, associações de vítimas do Holocausto e entidades repudiaram a fala.

Também coube ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarar que a aspirina teria sido inventada pelos nazistas. O produto, na realidade, foi criado em 1899.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/11/03/alemanha-gesto-nazista-por-parte-de-bolsonaristas-e-ataque-a-democracia.htm

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