Letícia Ferreira foi identificada por imagens das câmeras; ao todo 3 brasileiros que participaram da invasão respondem a processos
A brasileira Leticia Vilhena Ferreira durante invasão ao Capitólio, em janeiro de 202120.fev.2022 (domingo) - 13h49
A brasileira Leticia Vilhena Ferreira foi presa pela polícia dos Estados Unidos por participar da invasão do Capitólio, a sede do Legislativo norte-americano, em 6 de janeiro de 2021. Ele estava entre os apoiadores do ex-presidente Donald Trump contrários à vitória do democrata Joe Biden.
Ela foi detida na última 4ª feira (16.fev) na cidade de Indian Head Park, no Estado de Illinois. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, ela foi identificada em meio à multidão que invadiu o prédio por imagens das câmeras de segurança. Agora, Letícia é acusada por 2 crimes:
- entrar ou permanecer conscientemente em qualquer edifício restrito sem motivos ou autoridade legal;
- entrada violenta e conduta desordeira no terreno do Capitólio.
Os policiais também conseguiram acesso a mensagens trocadas por Letícia em seu celular. Em uma certa conversa, ela afirmava ter estado no Capitólio em 6 de janeiro.
“Você acha que eles irão atrás das pessoas que entraram na área do Capitólio?”, pergunta Letícia. “Não fique triste. Esteja preparada”, responde a outra pessoa. “Eu fui tão irresponsável por andar lá”, diz a brasileira.
BRASILEIROS ENVOLVIDOS
Além de Letícia, outros 2 brasileiros respondem criminalmente na justiça americana pela invasão: Samuel Camargo e Eliel Rosa. Samuel foi detido duas semanas após o ocorrido, depois de divulgar imagens em que ele próprio aparecia no tumulto.
Já Eliel foi condenado em sentença proferida em outubro do ano passado. Cumpre 1 ano em liberdade condicional, e teve que pagar multa de US$ 500 (cerca de R$ 2.700).
https://www.poder360.com.br/brasil/brasileira-que-invadiu-capitolio-e-presa-nos-estados-unidos/
Policiais de Minas entram em greve por recomposição salarial
Servidores da área de segurança reivindicam reajuste de 24%
por Aloisio Morais
• 21/02/2022
Servidores da segurança tomaram o centro de Belo Horizonte durante a manifestação - Foto Redes sociais/Divulgação
A princípio, haverá apenas o expediente mínimo de 30% dos
servidores da segurança pública. A decisão em assembleia é de paralisação, mas,
pela Constituição Federal, os policiais e bombeiros militares não podem fazer
greve, enquanto os policiais civis não têm essa permissão desde 2017, quando o
Supremo Tribunal Federal (STF) vetou a greve para a categoria.
A mobilização das categorias superou as expectativas das
lideranças do movimento dos trabalhadores da segurança de todo o estado. Quase
200 ônibus partiram de diversas regiões de Minas com servidores para participar
da manifestação no centro da capital mineira. Sob alegação de que a emissora
manipula e omite informações, uma equipe da TV Globo foi rechaçada e impedida
pelos manifestantes de registrar o ato, o que só ocorreu com o uso de helicópteros.
Policiais saíram em passeata pela região central de Belo Horizonte – Foto de Flausina da Silva
As reivindicações dos servidores da segurança de Minas
começaram em 2019, quando eles saíram às ruas para exigir recomposição salarial
que não recebiam desde 2015. Na ocasião, o governador Romeu Zema fez um acordo
e apresentou um projeto de lei concedendo 13% em 2020, 12% em 2021 e 12% em
2022. A Assembleia Legislativa aprovou a proposta, e o primeiro reajuste, de
13%, foi pago em 2020.
O governador, no entanto, descumpriu o acordo e vetou as
duas últimas parcelas da recomposição, que agora são cobradas pelos servidores.
No total, os trabalhadores teriam uma recomposição de 41% como forma de
compensar os efeitos da inflação. O governo de Minas alega que aguarda a
aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) pela Assembleia Legislativa
para aplicar a recomposição da inflação sobre o salário de todas as categorias
de servidores estaduais.
Outras greves
O peso da manifestação fez muita gente lembrar a greve de
1979, realizada pelos peões da construção civil, após a greve das professoras
no governo Francelino Pereira. Agora, a paralisação dos policiais pode
desencadear novas greves no estado, como a das professoras do Estado, que
reivindicam o pagamento do piso salarial conquistado pela categoria, que é
negado pelo governo Zema. Ontem, por exemplo, os funcionários da estatal TV
Minas decidiram também entrar em greve por reajuste e isonomia salarial. Em
média, jornalistas da Rede Minas recebem R$ 2.300, enquanto, técnicos, R$
1.300. Os servidores da emissora não recebem reajuste salarial desde 2013.
Esta é a segunda vez que policiais mineiros se revoltam
contra a baixa remuneração. Em junho de 1997, os policiais militares realizaram
uma série de manifestações, que culminaram com a realização de uma grande
assembleia no dia 24 na Praça da Liberdade, diante da sede do governo mineiro.
Na ocasião, o cabo Valério dos Santos Oliveira, de 36 anos, do Batalhão de
Choque, foi alvejado com um tiro na cabeça e acabou morrendo dias depois. O local
virou uma praça de guerra quando o governador Eduardo Azeredo, do PSDB, pediu
ao presidente interino, Marco Maciel, a presença de tropas do Exército para
garantir a segurança na capital mineira. Os PMs terminaram o movimento após
receberem uma proposta de acordo salarial que atendia a suas pretensões. O
movimento dos policiais militares mineiros acabou originando outras greves
semelhantes nas PMs de pelo menos 15 estados.
https://jornalistaslivres.org/policiais-de-minas-entram-em-greve-por-recomposicao-salarial/
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