Documento do MP-RJ afirmou que, em 2017, Sauler Sakalem invadiu cela onde ex-governador estava preso e o golpeou com bastão
A Justiça do Rio de Janeiro tornou réu, nesta segunda-feira (7), o policial militar Sauler Campos de Faria Sakalem, acusado de torturar o ex-governador Anthony Garotinho na prisão em 2017.
A decisão da juíza Daniela Alvarez Prado, da 11ª Vara Criminal, considerou que a denúncia oferecida pelo Ministério Público possui todos os elementos necessários para a instauração da ação penal, como depoimentos de testemunhas e indícios da autoria do crime. A determinação também define o prazo de dez dias para que o PM responda à acusação.
O documento do MP foi enviado à Justiça em agosto do ano passado. Nele, a promotoria afirmou que Sakalem invadiu a cela onde o ex-governador estava preso, na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, zona central do Rio, o agrediu com golpes de bastão e o ameaçou de morte.
Ainda de acordo com a denúncia, o PM teria apontado uma arma para Garotinho, afirmando que o ex-governador "gostava de falar muito". Por fim, Sakalem teria declarado que só não o mataria "para não sujar o pessoal ao lado", referindo-se aos outros detentos.
O Ministério Público destacou que as agressões contra Garotinho foram comprovadas por vasta documentação, como imagens e o exame de corpo de delito realizado pelo ex-governador.
O PM foi denunciado por infringir o artigo 1º, inciso II, da Lei 9.455/97: "submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo". A pena prevista é de reclusão de dois a oito anos.
Garotinho havia sido preso pela Polícia Federal junto com a esposa, Rosinha Garotinho, em novembro de 2017. Os dois eram acusados de praticar crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais. Ele foi solto no mês seguinte, por decisão do ministro Gilmar Mendes.
O R7 não localizou a defesa de Sauler Campos de Faria Sakalem.
A resposta babaca de Mario Frias ao contratar esposa de
amigo: “preferia a esposa do Lula?”
Ex-ator de Malhação e atual secretário de Turismo apelou
para “mitadas” na Jovem Pan News ao tentar explicar “mamatas” de sua atuação
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fevereiro 18, 2022 por Thiago Sampaio
Mario Frias, ex-ator de Malhação e atual secretário Especial da Cultura do governo Jair Bolsonaro, deu um cargo para a noiva de Carlos Jordy (PSL-RJ), deputado bolsonarista que é seu aliado, Lais Sant’Anna Soares.
Frias recentemente trocou o comando da Secretaria de Economia
Criativa e Diversidade Cultural, ao qual o departamento no qual Lais trabalha
está subordinada.
E em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, Frias foi confrontado com o tema da nomeação e para tentar justificar essa contratação, ele respondeu com uma pergunta meio babaca:
“Preferia que eu tivesse nomeado a esposa do Lula? Você preferia que eu tivesse proximidade
“Preferia que eu tivesse nomeado a esposa do Lula? Você
preferia que eu tivesse proximidade com a esposa do Lula? É um cargo
comissionado, um DAS-3, a menina preenche todos os currículos, é do grupo
político, está aqui trabalhando com a gente”. Mario Frias.
Lais é advogada, mas segundo seu perfil no LinkedIN, vinha
trabalhando em escritório da família. Não há qualquer menção a atuação na área
de inovação para a qual foi contratada. “De repente você tinha, mas eu não te
conheço e não vou te contratar aqui, pô”, disse o secretário em mais uma
resposta atravessada.
Vale lembrar que ele já exonerou Aldo Valentim, que estava
na pasta antes de sua chegada, e levou Rafael Nogueira, olavista que era presidente
da Biblioteca Nacional.
Além disso, o cunhado de Frias, Christiano Camatti da Silva,
está na folha de pagamento de Embratur, como coordenador de infraestrutura e
serviços, um cargo de confiança com salário de quase R$ 18,4 mil por mês.
Mamata
Na semana passada, uma viagem de Mario Frias de cinco dias
para ver o lutador Renzo Gracie em Nova York somou gastos equivalentes a 13
vezes o teto da Lei Rouanet para cachês de artistas.
Conforme dados do Portal da Transparência, foram gastos R$ 39
mil para tratar de um “projeto cultural envolvendo produção audiovisual,
cultura e esporte” com o lutador de jiu-jítsu bolsonarista.
Segundo o Portal da Transparência (clique aqui para
acessar), a viagem considerada “urgente” pelo governo aconteceu para que o
secretário discutisse “um projeto cultural envolvendo produção audiovisual,
cultura e esporte” com o lutador de jiu-jitsu brasileiro Renzo Gracie.
O jornalista William Bonner questionou na edição de hoje do
“Jornal Nacional” por que o secretário especial da Cultura gastou R$ 39 mil em
uma viagem aos Estados Unidos para ver um apoiador do presidente Jair Bolsonaro
(PL).
Uma semana antes, o governo oficializava o limite cachês de
artistas pela Lei Rouanet a R$ 3.000.
Essa mudança significou uma diminuição de mais de 93% no
cachê que era permitido até então, de R$ 45 mil, e havia sido anunciada antes
pelo Twitter do secretário de Fomento, André Porciuncula.
Na ocasião, ele disse que o cachê de R$ 3.000 é “um valor
excelente para artistas em início de carreira”, e “não haverá exceções para
celebridades”.
Outro lado
Apesar de os valores estarem disponíveis no Portal de
Transparência, que pertence ao governo federal, Frias criticou a “falta de
ética” dos jornalistas.
Segundo ele, “todas as manchetes expostas nas imagens são mentirosas, pois não paguei essa quantia por essa viagem, não viajei de executiva e a finalidade da viagem não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes”.
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