Atos paralisavam centro da capital do Canadá há pouco mais de 3 semanas
Segundo a polícia, a operação resultou na prisão de 191 pessoas
21.fev.2022 (segunda-feira) - 3h01
A polícia do Canadá retirou no domingo (20.fev.2022) os últimos caminhões do centro de Ottawa, encerrando o protesto que há pouco mais de 3 semanas paralisava o local. Os manifestantes protestavam contra as medidas de enfrentamento da covid-19.
Segundo a polícia, a operação para encerrar os atos –iniciada na 6ª feira (18.fev)– resultou na prisão de 191 pessoas. A corporação ainda apresentou acusações contra 103 delas. Setenta e seis veículos foram rebocados.
Steve Bell, chefe de polícia interino de Ottawa, disse que agentes continuarão no centro da cidade para garantir “que ninguém volte a ocupar as ruas”.
A ação faz parte da aplicação da Lei de Emergências. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou a medida na 2ª feira (14.fev) como uma forma de auxiliar as províncias a lidarem com os bloqueios e ocupações.
ATOS
Os protestos foram iniciados por caminhoneiros no final de janeiro. Foram motivados por decisão do governo de obrigar todos os caminhoneiros canadenses não imunizados vindos dos EUA a ficar em quarentena.
A medida desagradou os profissionais, que disseram ter prejuízo e perda de viagens com a parada obrigatória.
Com o passar dos dias, os protestos passaram a ter apoio e adesão de residentes do Canadá, descontentes com as restrições impostas pelo governo para frear o avanço da covid-19.
Os manifestantes bloquearam pontos de travessia para os EUA, afetando a economia dos dois países. Entre eles, a Ponte Ambassador, importante rota comercial. A travessia foi retomada em 13 de fevereiro.
AJUDA
No sábado (19.fev), Trudeau anunciou apoio a pequenas empresas atingidas pelos atos no centro de Ottawa.
“Há 3 semanas, por causa de bloqueios e ocupações ilegais, as empresas no centro de Ottawa não conseguem abrir ou operar com segurança”, escreveu o primeiro-ministro no Twitter. “Anunciamos o financiamento para garantir que essas pequenas empresas possam obter o apoio de que precisam.”
https://www.poder360.com.br/internacional/policia-canadense-retira-ultimos-manifestantes-de-ottawa/
“Sob Risco”. Um relatório inédito da RSF sobre os mecanismos
de proteção a jornalistas na América Latina
21 Fevereiro 2022 - Atualizado a 22 Fevereiro 2022
O escritório da Repórteres sem Fronteiras (RSF) para a
América Latina publica, no dia 22 de fevereiro, o resultado de um longo
trabalho de pesquisa e análise dos mecanismos de proteção a jornalistas nos
quatro países mais perigosos para a imprensa na região: México, Honduras,
Colômbia e Brasil.
O relatório Sob Risco - Como superar as falhas dos programas de proteção a jornalistas na América Latina é fruto de uma análise comparativa inédita dos programas de proteção de quatro países, que estão entre os considerados mais perigosos para a imprensa: o México (onde pelo menos cinco jornalistas foram assassinados desde o início do ano), Honduras, Colômbia e Brasil. Juntos, eles concentram 90% dos casos de assassinato de jornalistas na região nos últimos 10 anos.
O estudo, lançado em 2021 com o apoio da UNESCO, tem como objetivo avaliar o funcionamento, a eficácia e o impacto de medidas de proteção adotadas para acolher jornalistas ameaçados e que solicitam apoio do Estado.
“Os jornalistas da América Latina não podem mais ser alvos. É urgente interromper esta espiral de violência que tem consequências dramáticas para as democracias da região”, afirma o diretor do escritório da RSF para a América Latina, Emmanuel Colombié. “A vulnerabilidade dos jornalistas não é uma fatalidade. A RSF propõe soluções concretas para melhorar a eficácia dos mecanismos de proteção no Brasil, em Honduras, na Colômbia e no México, e pretende se engajar e acompanhar de modo permanente as mudanças necessárias.”
Para chegar a uma diagnóstico detalhado, a RSF realizou 75 entrevistas com diferentes atores envolvidos no tema: beneficiários, responsáveis pela implementação dos mecanismos de proteção e também representantes de organizações da sociedade civil que trabalham com a questão. A análise desses testemunhos e a experiência que a RSF tem na região permitiram a elaboração de um conjunto de 80 recomendações, que tem o objetivo de ajudar a resolver os problemas identificados e melhorar a eficácia dos mecanismos de proteção.
O relatório apresenta, pela primeira vez, uma perspectiva regional de referência sobre as políticas de proteção existentes, sem perder de vista as especificidades de cada país. A identificação e análise dos problemas e das falhas, que têm consequências diretas e às vezes gravíssimas para os beneficiários desses programas, contribuem para que este estudo seja um instrumento de incidência regional, mas também de cooperação técnica. O objetivo é permitir que as autoridades dos quatro países rapidamente implementem as recomendações feitas.
Para ler o resumo executivo do relatório, clique AQUI
Uma versão completa do relatório está disponível em espanhol
e em Português.
Brasil, Colômbia, México e Honduras ocupam, respectivamente,
as posições 111a, 134a, 143a e 151a no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa
de 2021, elaborado pela Repórteres sem Fronteiras.
Reporters sans frontières - Pour la liberté de l'information
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