Na visão de Malafaia, foram os evangélicos que elegeram Bolsonaro em 2018 (Isac Nóbrega/PR)
O pastor Silas Malafaia, declaradamente apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), acredita que os votos evangélicos serão decisivos nas eleições deste ano. Em entrevista ao Metrópoles, o líder religioso garante que os esforços dos demais candidatos à presidência para “conquistar” essa parcela do eleitorado não serão suficientes para desbancar o atual líder do Executivo federal.
“O que é esse jogo de Ciro, Lula e Moro? Eles perceberam que Bolsonaro foi eleito graças ao voto dos evangélicos. Nós representamos 32% do eleitorado. Só que os sistemas e os meios que estão usando não são meios para conquistar. Estão enganados e vão quebrar a cara com os evangélicos”, afirmou Malafaia.
“Sei quem é quem no mundo evangélico. Quem está com Moro, com Ciro e com Lula não representa 1% dos evangélicos. São famosos zé-ninguém. Fico dando gargalhada”, acrescenta ele, em tom de deboche.
‘Nunca falou nada de aborto’
Na última sexta-feira (11), Malafaia esteve no Palácio do Planalto junto do filho para participar de um bate-papo com Bolsonaro. Durante a entrevista com o Metrópoles, o pastor reforçou seu apoio ao presidente e disse que a constante defesa dele às pautas evangélicas é que lhe garantiram a vitória nas eleições em 2018.
“Se Bolsonaro aparecesse só na eleição de 2018 com posicionamentos evangélicos, ele estava perdido. Bolsonaro é isso há 20 anos. Você não conquista evangélicos com meia dúzia de palavras. Você conquista com sua história. Não adianta o Moro chegar agora, sendo que foi ministro da Justiça e nunca falou nada de aborto”, declarou.
Suas críticas ainda se estenderam ao ex-presidente Lula (PT) e ao pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT). Para ele, a postura dos candidatos “não tem nada a ver com o cristianismo”.
“Mesma coisa é o Ciro Gomes, que tem posturas ideológicas que não têm nada a ver com cristianismo. E o Lula, que falou que igrejas eram responsáveis pelo aumento de coronavírus, cujo partido defende valores que vão contra nossos valores e princípios”, alega.
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