quinta-feira, 23 de maio de 2024

Mulher acusada de matar homem que vomitou em carro de aplicativo é condenada a dois anos de prisão

 

Por Leonardo Milagres, g1 Minas — Belo Horizonte

Ativar som

Homem baleado é abandonado em avenida de BH

Uma mulher acusada de matar um homem depois que ele vomitou em um carro de aplicativo foi condenada a dois anos e dois meses de prisão, nesta quinta-feira (23), pela Justiça mineira. O crime aconteceu em 14 de junho de 2022, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.

Na ocasião, câmeras de segurança filmaram o momento em que um veículo estacionou na Avenida Antônio Carlos, no bairro Indaiá, e o corpo de Marcus Paulo da Paixão Silva foi abandonado no local (veja vídeo acima). Segundo as investigações, ele foi baleado por Stela Márcia Souza Fernandes quatro vezes.

Durante sessão no Tribunal do Júri, a ré disse que conheceu a vítima na saída de um bar e agiu em legítima defesa (entenda mais abaixo). Os jurados acolheram a tese de que a mulher cometeu o crime em contexto de imprudência, sem intenção de matar..

Stela Márcia Souza Fernandes foi condenada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar — Foto: Divulgação/Tribunal do Júri de Belo Horizonte

Stela Márcia Souza Fernandes foi condenada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar — Foto: Divulgação/Tribunal do Júri de Belo Horizonte

Por isso, a juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira determinou uma pena por homicídio culposo e fraude processual. A magistrada também concedeu à condenada o direito de recorrer em liberdade, considerando que ela estava presa desde agosto de 2022.

Morto em carro de app

De acordo com o inquérito policial, durante a madrugada de 14 de junho de 2022, a denunciada atirou várias vezes contra a vítima, dentro de um carro de aplicativo, e deixou o corpo dela jogado na calçada.

Homem baleado é abandonado na Avenida Antônio Carlos — Foto: Redes sociais/Reprodução

Homem baleado é abandonado na Avenida Antônio Carlos — Foto: Redes sociais/Reprodução

Pouco tempo antes do crime, os dois se conheceram na saída de uma bar, onde conversaram e se beijaram. Quando decidiram ir para casa, Marcus Paulo da Paixão Silva pediu para compartilhar uma corrida com Stela Márcia Souza Fernandes e uma amiga dela.

Em determinado ponto do trajeto, ele vomitou no tapete do veículo, o que gerou uma discussão entre os dois. Segundo as investigações, foi neste momento que a mulher baleou o homem e, em seguida, arremessou-o para fora do carro.

Para o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo fútil, diante da insatisfação com o fato de a vítima ter vomitado. Ainda conforme a denúncia, a acusada levou consigo os pertences de Marcus e a arma, além de ter alterado provas para induzir a equipe de perícia ao erro.

No julgamento desta quinta, a promotoria sustentou que a ré demorou para se apresentar à polícia, desfez do revólver e acreditou que o motorista do carro poderia ser culpabilizado, em uma mensagem enviada para a amiga. Apontou, também, que a necropsia e laudos do Instituto Médico Legal (IML) não confirmaram a tese de legítima defesa.

Legítima defesa

Por outro lado, Stela Márcia Souza Fernandes alegou aos jurados que agiu, sim, em legítima defesa. Ela afirmou que o homem insistiu para entrar no carro e não quis descer. Assim que ele vomitou, os dois começaram a brigar.

Na sequência, Marcus apontou uma arma para a cabeça dela, e os disparos ocorreram de forma acidental, ao tentar se proteger. Logo depois de o homem ser atingido, a mulher o empurrou para fora do veículo.

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/05/23/mulher-acusada-de-matar-homem-que-vomitou-em-carro-de-aplicativo-e-condenada-a-dois-anos-de-prisao.ghtml

                                                                               


Padre que relacionou tragédia no RS a "satanismo" é alvo da MPF

"O Rio Grande do Sul há muito tempo abraçou a bruxaria e o satanismo. Há muito tempo o meu povo tem se afastado de Deus", disse padre durante missa








O Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul abriu uma notícia de fato para apurar a declaração de um padre que relacionou a tragédia climática vivenciada pelo Rio Grande do Sul à "falta de fé, bruxaria e satanismo". A denúncia foi feita pelo deputado federal Leonel Guterres Radde (PT-RS), que apontou intolerância religiosa na fala do religioso. O MPF vai investigar a suspeita de "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".. Há muito tempo o meu povo tem se afastado de Deus. Deus não precisa mandar sofrimento para a nossa vida porque ele não faz isso, mas nós mesmo às vezes buscamos, na fragilidade humana, coisas ruins para nós”, disse o religioso, em 8 de maio, ao lado da bandeira do estado gaúcho. 

Veja a fala:
 
 
“É um povo que não está só fragilizado precisando de água e de comida. Isso sem dúvida é muito importante, mas agora eles estão precisando também de força espiritual, porque perderam a pouca que tinha. O secularismo chegou no Rio Grande do Sul, o estado mais ateu da federação. Existem mais centros de macumba na cidade de Porto Alegre do que o estado da Bahia inteiro", emendou o padre. 
Após a autuação da notícia de fato, tem início a contagem do prazo de 30 dias, prorrogável por até 90 dias, para que o MPF possa colher informações preliminares e então delibere sobre a instauração de eventuais procedimentos.
O deputado Leonel afirmou que o padre propagou discurso de ódio durante a missa. "Não bastasse todo o esforço e a dedicação que estamos colocando pra resgatar vidas e reconstruir o Rio Grande do Sul, ainda temos que desprender tempo e energia desmentindo fake news e combatendo intolerantes que propagam a mentira e o ódio em meio a maior tragédia que o nosso estado já foi acometido", disse o parlamentar.
Correio tenta contato com a paróquia São Vicente de Paulo para pedir um posicionamento, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventual manifestação.

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