Crime aconteceu em 2022, na Região da Pampulha, em BH. Câmeras de segurança filmaram o momento em que o corpo de Marcus Paulo da Paixão Silva foi abandonado em uma avenida.
Por Leonardo Milagres, g1 Minas — Belo Horizonte
Uma mulher acusada de matar um homem depois que ele vomitou
em um carro de aplicativo foi condenada a dois anos e dois meses de prisão,
nesta quinta-feira (23), pela Justiça mineira. O crime aconteceu em 14 de junho
de 2022, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Na ocasião, câmeras de segurança filmaram o momento em que um veículo estacionou na Avenida Antônio Carlos, no bairro Indaiá, e o corpo de Marcus Paulo da Paixão Silva foi abandonado no local (veja vídeo acima). Segundo as investigações, ele foi baleado por Stela Márcia Souza Fernandes quatro vezes.
Durante sessão no Tribunal do Júri, a ré disse que conheceu a vítima na saída de um bar e agiu em legítima defesa (entenda mais abaixo). Os jurados acolheram a tese de que a mulher cometeu o crime em contexto de imprudência, sem intenção de matar..
Stela Márcia Souza Fernandes foi condenada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar — Foto: Divulgação/Tribunal do Júri de Belo Horizonte
Por isso, a juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira determinou uma pena por homicídio culposo e fraude processual. A magistrada também concedeu à condenada o direito de recorrer em liberdade, considerando que ela estava presa desde agosto de 2022.
Morto em carro de app
De acordo com o inquérito policial, durante a madrugada de 14 de junho de 2022, a denunciada atirou várias vezes contra a vítima, dentro de um carro de aplicativo, e deixou o corpo dela jogado na calçada.
Homem baleado é abandonado na Avenida Antônio Carlos — Foto: Redes sociais/Reprodução
Pouco tempo antes do crime, os dois se conheceram na saída de uma bar, onde conversaram e se beijaram. Quando decidiram ir para casa, Marcus Paulo da Paixão Silva pediu para compartilhar uma corrida com Stela Márcia Souza Fernandes e uma amiga dela.
Em determinado ponto do trajeto, ele vomitou no tapete do veículo, o que gerou uma discussão entre os dois. Segundo as investigações, foi neste momento que a mulher baleou o homem e, em seguida, arremessou-o para fora do carro.
Para o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo fútil, diante da insatisfação com o fato de a vítima ter vomitado. Ainda conforme a denúncia, a acusada levou consigo os pertences de Marcus e a arma, além de ter alterado provas para induzir a equipe de perícia ao erro.
No julgamento desta quinta, a promotoria sustentou que a ré demorou para se apresentar à polícia, desfez do revólver e acreditou que o motorista do carro poderia ser culpabilizado, em uma mensagem enviada para a amiga. Apontou, também, que a necropsia e laudos do Instituto Médico Legal (IML) não confirmaram a tese de legítima defesa.
Legítima defesa
Por outro lado, Stela Márcia Souza Fernandes alegou aos jurados que agiu, sim, em legítima defesa. Ela afirmou que o homem insistiu para entrar no carro e não quis descer. Assim que ele vomitou, os dois começaram a brigar.
Na sequência, Marcus apontou uma arma para a cabeça dela, e os disparos ocorreram de forma acidental, ao tentar se proteger. Logo depois de o homem ser atingido, a mulher o empurrou para fora do veículo.
Padre que relacionou tragédia no RS a "satanismo" é alvo da MPF
"O Rio Grande do Sul há muito tempo abraçou a bruxaria e o satanismo. Há muito tempo o meu povo tem se afastado de Deus", disse padre durante missa
O Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul abriu uma notícia de fato para apurar a declaração de um padre que relacionou a tragédia climática vivenciada pelo Rio Grande do Sul à "falta de fé, bruxaria e satanismo". A denúncia foi feita pelo deputado federal Leonel Guterres Radde (PT-RS), que apontou intolerância religiosa na fala do religioso. O MPF vai investigar a suspeita de "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".. Há muito tempo o meu povo tem se afastado de Deus. Deus não precisa mandar sofrimento para a nossa vida porque ele não faz isso, mas nós mesmo às vezes buscamos, na fragilidade humana, coisas ruins para nós”, disse o religioso, em 8 de maio, ao lado da bandeira do estado gaúcho.
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