Crime foi em 2019. William Pereira de Paiva, de 20 anos, foi assassinado a tiros no dia do aniversário dele, 14 de março, no Bairro Esperança.
Por g1 Vales de Minas Gerais
O governo brasileiro teve um pedido de extradição de um preso por homicídio em Caratinga, negado pela justiça britânica. Nicolas Gomes De Brito, de 26 anos, alvo do mandado de prisão preventiva, integra a lista de foragidos da Interpol.
O caratinguense é apontado como autor do um assassinato ocorrido em 2019. Em depoimento, ele alegou correr risco de integridade física nas prisões brasileiras, tanto por ser gay, quanto pelas condições desses estabelecimentos.
Nicolas foi solto por decisão da juíza distrital Briony Clarke. O argumento que sustentou a decisão de liberar o brasileiro foi a situação das prisões no Brasil.
A defesa apresentou um relatório formulado por um especialista argentino em sistemas penitenciários no qual as deficiências das prisões brasileiras são expostas.
Detalhes da prisão de Agreste, para a qual Brito seria enviado caso fosse extraditado, também aparecem no processo. Com base no relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), a análise apresentada pelos advogados do brasileiro aponta uma superlotação de 108% na unidade.
As celas também não estariam em conformidade com os padrões da Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), com pouca ou nenhuma iluminação artificial e sem ventilação. Nas solitárias, há ausência de camas, com detentos obrigados a dormirem no chão, e falta de acesso a água nas celas, além de superlotação.
A defesa alegou ainda que, por conta de sua orientação sexual, Brito também poderia ser vítima de homofobia e violência. Para este argumento, a juíza pontuou a ausência de evidências.
Relembre o crime
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William Pereira de Paiva morto em 2019 em Caratinga — Foto: Redes sociais
William Pereira de Paiva, de 20 anos, foi morto a tiros no
dia do aniversário dele, 14 de março de 2019, no Bairro Esperança, em
Caratinga.
A conclusão do inquérito apontou que Nicolas Gomes de Brito, participou do crime e a motivação foi vingança e envolvimento com o tráfico de drogas.
De acordo com as investigações, em 2018, William teria contratado um jovem, na época com 18 anos, para executar um homem conhecido como “Lucas Boi”.
Na época, Lucas Boi resistiu aos ferimentos, mas ficou paraplégico.
Dois dias após sair do presídio onde estava, a vingança foi realizada e William foi executado, segundo as investigações, sob o comando de Lucas Boi, que teria contado com a ajuda de Nicolas, de um menor, de 17 anos, e um terceiro comparsa.
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