Anderson Pereira dos Santos, conhecido como "Zoi" era, segundo a polícia, suspeito de tentar matar um homem na tarde do mesmo dia.
Por g1 Vales de Minas Gerais
Anderson Pereira dos Santos tinha passagens pela polícia —
Um homem, de 26 anos, foi morto durante uma abordagem policial na noite dessa terça-feira (14), no bairro Belvedere, em Teófilo Otoni. Anderson Pereira dos Santos era, segundo a polícia, suspeito de tentar matar um outro homem, de 27 anos, na tarde do mesmo dia.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo na frente de casa, na rua Floriano Peixoto, por volta das 17h. Os tiros teriam sido disparados por motociclistas, que se deslocaram até o local em uma moto roubada, atiraram, e fugiram logo em seguida.
Quando chegaram para atender a ocorrência, os policiais encontraram o homem caído no chão. Ele foi atingido no braço, no peito e na perna, sendo encaminhado para o Hospital Santa Rosália. A perícia recolheu oito estojos deflagrados de calibre 9mm no local.
A vítima dos disparos estava consciente, e, em conversa com os policiais, disse que sabia quem eram os autores dos disparos, e também disse que sabia a motivação do crime. Ele contou que estava em casa quando uma moto parou na entrada, e os ocupantes começaram a atirar.
Ferido, ele correu para dentro da casa do vizinho, e os atiradores fugiram do local.
Disse ainda que o condutor da moto era uma pessoa que ele tinha desentendimentos anteriores, e que o passageiro do veículo era Anderson, conhecido como "Zoi", e que Anderson havia enviado mensagens para um amigo dele, dizendo que o mataria.
A vítima disse que provavelmente, a motivação teria sido os conflitos entre os grupos criminosos na cidade. Falou que já vendeu drogas, mas parou. Porém, há cerca de duas semanas, ele foi abordado por um indivíduo, que o convidou para fazer parte do grupo criminoso rival. Ele negou a proposta, e foi seguido até as proximidades da casa dele.
A versão apresentada pela vítima, segundo a PM, é compatível com as ações recentes dos grupos criminosos.
Os policiais começaram a rastrear os autores, e, a noite, enquanto abordavam o carro de um motorista de aplicativo, encontraram Anderson e um adolescente, de 17 anos, no banco de passageiros.
O veículo foi interceptado pelos policiais. Conforme o boletim, o motorista e o menor se renderam de imediato, porém, Anderson desobedeceu as ordens dos militares. Enquanto os outros integrantes eram submetidos a busca pessoal, ele levantou e colocou a mão na cintura.
Segundo os policiais, ele teria sacado uma arma com o intuito de atacar os PMs. Eles pediram para que Anderson soltasse a arma, porém, foram ignorados.
Os militares atiraram contra Anderson cinco vezes. Baleado, ele caiu no chão, foi socorrido e encaminhado para o Hospital Santa Rosália com vida, porém, não resistiu aos ferimentos.
Em conversa com o motorista de aplicativo, ele disse que recebeu o pedido da corrida e apanhou os clientes, porém, assim que eles viram uma viatura, os dois se abaixavam e mandaram ele acelerar.
O passageiro adolescente disse que era amigo de Anderson, e que ele havia o chamado para beber cerveja, por isso, estava com ele.
A perícia foi chamada até o local, onde realizou os trabalhos periciais. O menor foi apreendido, pois a polícia suspeita que ele teria participado da tentativa de homicídio horas antes da abordage.
A arma de fogo de Anderson foi apreendida, e os militares foram apresentados ao comandante do batalhão para adoção das ações necessárias.
Golpistas que quebraram tornozeleiras e fugiram do país agora têm novo problema no exterior
Após decisão da PGR, qualquer deslocamento internacional dos bolsonaristas fugitivos poderá resultar em longo processo de extradição e, ao final, o retorno ao banco dos réus no STF
Na última terça-feira (14), uma matéria do portal Uol mostrou que pelo menos 10 golpistas do 8 de janeiro de 2023 quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do país pelas fronteiras de Santa Catarina e Paraná com destino à Argentina e ao Uruguai. No entanto, nesta quarta (15), a Procuradoria-Geral da República (PGR) tomou uma decisão que irá complicar essas fugas ao exterior.
O levantamento do jornalista Eduardo Militão mostra que 10 é um número mínimo para as possíveis fugas. Ao todo, 51 pessoas investigadas têm mandados de prisão em aberto ou são procuradas pela quebra das tornozeleiras eletrônicas. Esses golpistas teriam sido colocados em liberdade provisória pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a condição de entregarem os passaportes e utilizarem o artefato de controle.
De acordo com as informações publicadas, 10 desses fugitivos tiveram suas identidades confirmadas. Seis deles são mulheres e a maioria é oriunda de São Paulo e Santa Catarina. Sete desses dez nomes já foram condenados a penas de mais de 10 anos de prisão pela participação em atos golpistas.
Sem passaportes e após arrancarem as tornozeleiras, muitos teriam apostado numa chegada indocumentada por terra à Argentina, onde pediriam “asilo político” ao governo de extrema direita do presidente Javier Milei.
Mas nessa quarta-feira Paulo Gonet, o PGR, tomou uma decisão que pode complicar a vida desses golpistas. Ele pediu aos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores a inserção dos nomes de 8 dos fugitivos na lista de difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional. Seis deles teriam quebrado a tornozeleira eletrônica e outros dois apenas fugido.
Caso tenham o nome incluído na lista da Interpol, um alerta internacional constando suas fotos e dados completos será emitido a todas as autoridades de fronteiras de países onde possam buscar refúgio. Será praticamente impossível que consigam realizar viagens internacionais sem serem pegos. Caso detidos, enfrentarão longos processos de extradição para, uma vez extraditados, voltarem ao banco dos réus no STF.
Agora o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, vinculado ao Ministério da Justiça) irá analisar a documentação necessária para fazer pedidos de extradição aos possíveis destinos dos golpistas. Estando de acordo com tratados internacionais, a documentação é encaminhada para o Ministério de Relações Exteriores que fará a comunicação com as autoridades estrangeiras.
Não foram revelados os 8 nomes que devem entrar na difusão vermelha da Interpol. Mas há uma pista: a lista com os 10 bolsonaristas confirmados como fugitivos pela matéria do Uol. Veja a seguir.
Quem são os foragidos
- Ângelo Sotero, músico, 59 anos, de Blumenau (SC)
- Gilberto Ackermann, corretor de seguros, 50 anos, de Balneário Camboriú (SC)
- Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville (SC)
- Luiz Fernandes Venâncio, empresário, 50 anos, de São Paulo (SP)
- Flávia Cordeiro Magalhães Soares, empresária, 47 anos
- Alethea Verusca Soares, 49 anos, de São José dos Campos (SP)
- Rosana Maciel Gomes, 50 anos, de Goiânia (GO)
- Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, 58 anos, de Betim (MG)
- Daniel Luciano Bressan, pedreiro e vendedor, 37 anos, de Jussara (PR)
- Fátima Aparecida Pleti, empresária, 61 anos, de Bauru (SP)
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