Por Camila Bomfim, Isabela Leite, Bruno Tavares, Fernanda Vivas, g1 — Brasília
A Polícia Federal cumpriu manhã desta sexta-feira (31) dois
mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra dois homens
suspeitos de proferir ameaças contra a família do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O blog apurou que as prisões ocorreram em São Paulo e no Rio
de Janeiro.
Os dois homens são irmãos. Um deles foi preso na Vila
Clementino, bairro nobre da Zona Sul da cidade de São Paulo. O outro foi preso
na cidade do Rio de Janeiro.
Moraes em sessão no Tribunal Superior Eleitoral, nesta quarta-feira (29). — Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
A investigação começou em abril, depois que e-mails anônimos começaram a chegar ao STF. As mensagens diziam que usaram bombas e sabiam o itinerário da filha do ministro Alexandre de Moraes.
A segurança do STF foi acionada e ajudou a Diretoria de
Inteligência Policial (DIP) da PF a fazer os levantamentos.
As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da
República (PGR). A decisão chegou à PF nesta quinta-feira (30).
Os crimes que estão sendo apurados são: ameaça e perseguição, crime de "stalking". A audiência de custódia está prevista para a tarde desta sexta.
Um dos suspeitos, preso no Rio, é fuzileiro naval da Marinha, identificado como Raul Fonseca de Oliveira. O outro, foi identificado como Oliveirino de Oliveira Junior. Até a última atualização desta reportagem, a defesa de Raul e de Oliveirino ainda não tinha sido localizada.
'Graves ameaças'
Em nota, o ministro Alexandre de Moraes informou que "a pedido do Ministério Público, determinou as buscas e apreensões e decretou as prisões no curso da investigação da PF".
E que no pedido da PGR, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reconheceu, a partir do conteúdo das mensagens as "graves ameaças a família do ministro" e a "existência de provas suficientes da existência do crime".
A nota diz ainda que "pela gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas" os suspeitos não poderiam continuar em liberdade.
Os suspeitos, ainda segundo a nota, também são investigados pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tipificada, uma vez que o conteúdo das mensagens de ameaça à família de Moraes também faz referência ao "comunismo" e antipatriotismo".
O que diz a Marinha
Questionada, a Marinha do Brasil (MB) informou que "não se manifesta sobre processos investigatórios em curso no âmbito do Poder Judiciário" e que "permanece à disposição da Justiça para prestar as informações, no que lhe couber, necessárias ao andamento das investigações."
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