Por Redação do ge - Palmas 28/05/2024
Adriano de Carvalho, presidente da Comissão de Estadual de Arbitragem do Tocantins — Foto: CBF/ Divulgação
A Polícia Civil do Tocantins investiga uma suspeita de estupro contra uma mulher durante um curso de arbitragem, no interior do Tocantins. O suspeito do ato é o presidente da Comissão de Estadual de Arbitragem do Tocantins (Ceaf/TO), Adriano de Carvalho. O Boletim de Ocorrência foi registrado em março, na 10ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Miracema.
O nome da vítima não foi divulgado e o ge apurou que ela tinha se inscrevido no curso de arbitragem ofertado pela Ceaf-TO. Os treinamentos foram realizados em Palmas e Guaraí - o presidente estaria à frente do curso.
A suspeita é que o caso teria acontecido durante a etapa de Guaraí. A polícia informou que as investigações são conduzidas pela 48ª Delegacia de Polícia (48ª DP - Guaraí). A Federação Tocantinense de Futebol (FTF), e Adriano de Carvalho se posicionaram sobre o caso - Leia notas abaixo.
Além de ocupar o cargo de presidente da Ceaf, Adriano de Carvalho atua como assessor em jogos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O que diz o presidente da Ceaf
"Tenho 23 anos de trabalho no Tocantins. Não posso falar mais nada porque está em segredo de justiça. No momento certo vou provar a minha inocência"- afirmou Adriano de Carvalho.
O que diz a FTF
"A Federação Tocantinense de Futebol (FTF) comunica que está ciente do suposto envolvimento do presidente da Comissão de Arbitragem, Adriano de Carvalho, em uma ocorrência policial e está acompanhando atentamente a situação. Em conformidade com os valores de integridade e transparência que regem o esporte, a FTF reitera seu compromisso em agir de acordo com os princípios éticos do futebol brasileiro.
Estamos aguardando o desenrolar dos fatos para obter uma compreensão aprofundada da situação e tomar as mediadas apropriadas, caso necessário. Reforçamos a importância do respeito às normas e da preservação da ética em todas as esferas do futebol. Agradecemos a compreensão da imprensa e da comunidade esportiva neste momento delicado."
Justiça manda Record recontratar jornalista demitido após denunciar assédio de diretor
Elian Matte, da equipe de Roberto Cabrini, foi desligado em abril, meses após denunciar Márcio Santos, responsável pelo RH da emissora
Márcio Santos, ex-diretor de RH da Record, e o jornalisa
Elian Matte, da equipe de Roberto Cabrini: Justiça manda Record recontratar
Matte por considerar demissão irregular - Edu Garcia/R7 e @elianmatte no
Instagram
A Justiça de São Paulo determinou na última sexta-feira (23) que a Record reintegre aos seus quadros o jornalista Elian Matte, que era editor de programas apresentados pelo jornalista Roberto Cabrini.
No mês passado, Matte foi demitido de forma irregular,
segundo as advogadas Blaine Alves e Sandra Pereira Cacciatore, que o defenderam
na ação. O jornalista cumpria afastamento do trabalho por "esforço
excessivo", segundo o INSS.
Matte denunciou, em novembro de 2023, o diretor de Recursos
Humanos da emissora de Edir Macedo, Márcio Santos, por assédio moral e sexual.
A polícia civil de São Paulo indiciou o diretor por assédio em abril.
O F5 teve acesso à decisão de reintegração de Matte, tomada pela 31ª Vara do Trabalho de São Paulo. A Record tem até 10 dias, depois de notificada, para recontratá-lo. Caso se recuse, a empresa pagará uma multa diária de R$ 100 mil.
O caso de assédio foi revelado pela revista Piauí. Elian
Matte diz que as investidas começaram em 2022, após ser transferido para a
equipe de Cabrini, e que Santos passou a convidá-lo para reuniões em sua sala.
Na terceira delas, em novembro do ano retrasado, o diretor de RH teria feito
perguntas pessoais ao repórter, indo além de assuntos profissionais.
A partir disso, a conversa teria migrado para o WhatsApp. De acordo com Matte, Santos insistia para que os dois se encontrassem foram dali, com mensagens de cunho sexual. Prints das conversas de WhatsApp foram anexados pelo repórter ao boletim de ocorrência.
Matte alega também que Santos lhe assistia através do
sistema de câmeras do circuito interno, ao qual os diretores têm acesso por
meio de um aplicativo de celular.
O jornalista, então, disse ter buscado ajuda psicológica. Foi diagnosticado com burnout pela equipe médica da própria Record. Ainda segudno a Piauí, a médica teria mudado o laudo do atestado pouco tempo depois e admitiu ter agido assim desta maneira por receio de ser demitida. Ela prestará depoimento nesta semana à polícia, segundo apurou o F5.
Neste meio tempo, Matte também diz ter feito denúncias à Record. Ele pediu uma reunião com Antonio Guerreiro, o vice-presidente de Jornalismo, na qual teria relatado estar sofrendo assédio sexual, sem citar o nome de Santos. Enviou também um email para Luiz Claudio da Silva Costa, presidente da emissora, que disse nunca ter sido respondido.
Em uma terceira tentativa de denúncia, ele teria citado nominalmente o suposto assediador em e-mail enviado para Silva Costa, com cópia para Marcus Vieira, o CEO do Grupo Record. Dias depois, foi chamado para uma reunião com Edinomar Galter, diretor jurídico da Record, na qual recebeu a orientação de fazer um BO, esquecer o que aconteceu e focar no trabalho.
Márcio Santos diz que tudo não passou de
"brincadeiras" com Matte e afirmou ser vítima de uma mentira. Ele foi
afastado do cargo de diretor pela Record e foi proibido de frequentar a Igreja
Universal do Reino de Deus.
Procurada pelo F5, a Record não se pronunciou sobre o assunto.
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