Ministério Público afirmou que postagens de Cristiano Caporezzo tiveram como objetivo 'humilhar, desinformar e disseminar discursos de ódio'
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais recebeu nessa quinta-feira (18/7) uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) por violência política de gênero contra três deputadas de esquerda, entre 2023 e fevereiro deste ano. O político terá um prazo de 15 dias para responder às acusações.
O político foi denunciado pelo por atitudes "com a finalidade de impedir ou dificultar o desempenho do mandato político" de três parlamenteres, como a deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) e as deputadas estaduais Bella Gonçalves (Psol) e Beatriz Cerqueira (PT). O MPF requer a reparação pelo dano causado, no valor de R$ 60 mil para cada uma das vítimas.
O documento aponta que os ataques ocorreram em diferentes momentos em sete dias. O mais antigo ocorrido dia 13 de março de 2023, contra a pesolista e o mais recente em 7 de fevereiro contra Dandara Tonantzin.
O relatório alega que foram divulgadas nas redes sociais montagens jocosas e descontextualizadas com o objetivo de "humilhar, espalhar desinformação a respeito das atividades desenvolvidas e disseminar discursos de ódio".
Em um trecho aponta-se que o parlamentar bolsonarista usa questões alheias à temática política e enfoca "a aparência, corpo, peso" para buscar descredibilizar as parlamentares.
"Eu ainda não fui intimado do que está acontecendo, por isso não tenho posição formada. Acredito que deve se tratar de mais uma tentativa de utilização da máquina persecutória judicial para censurar minhas posições políticas. Infelizmente no Brasil, tudo o que a esquerda mimizenta discorda, na cabeça doentia deles, seria crime. Querem destruir a inviolabilidade de opinião dos parlamentares conservadores e substituir por censura, repressão e cadeia. É assim que os comunistas do século XXI têm agido. Definitivamente, não irei me acovardar. Essa só é a enésima vez que tentam essa estratégia contra mim", afirmou, por nota, o deputado Cristiano Caporezzo.
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