16/01/22 04:30
RIO — Moradora da Rua Leia, no bairro Parque Fleixal, em Guapimirim, Solange Soares a todo momento vai ao quintal e olha para a casa ao lado, ainda sem acreditar no crime ocorrido na última segunda-feira. Vizinha de Stefani Peixoto Ferreira, que matou a facadas os filhos Bruno e Arthur, de 6 e 3 anos, ela ajudou o marido da dona de casa, Carlos Leonardo da Silva, a arrombar o portão da residência, e foi quem chamou a polícia após encontrar a mulher ensanguentada na sala. Assim como Solange, outros vizinhos e pessoas próximas à família tentam compreender como uma mulher tida como pacata cometeu um crime tão bárbaro.
De acordo com laudo pericial, foram sete facadas, sendo quatro no filho mais velho e três no caçula. Chamou a atenção também o fato de ela ter provocado as chamadas “lesões de intenção” nas crianças, dando pequenos golpes antes dos mais profundos, que causaram as mortes.
Delegado responsável pela investigação, Antonio Silvino Teixeira tenta identificar os motivos que levaram a autora ao crime. O foco das investigações da polícia está em uma briga de Stefani com o marido, ocorrida na sexta-feira anterior ao crime. Após o confronto, onde vizinhos chamaram o pai de Stefani, Moisés Ferreira, para intervir, o casal se separou pela quinta vez nos últimos sete anos.
— Ouvimos o marido pela segunda vez, e quero ouvir o pai da Stefani de novo. É difícil encontrar uma motivação para uma ação tão bárbara de uma mãe, que mata os filhos pequenos a facadas, mas vamos esclarecer alguns pontos a mais do que houve antes do crime. O motivo dessa briga ainda não foi esclarecido. Sabemos que era aniversário de uma das crianças naquele dia, e pode ser que haja algo relacionado — disse Silvino.
‘É difícil acreditar’
Um vizinho, que mora em frente à casa de Stefani e pediu para não ser identificado, confirmou que a briga de sexta-feira ocorreu à noite, sendo ouvida por vários moradores do local. Ele afirmou ter visto Carlos Leonardo deixar a residência:
— Os gritos chamaram atenção, e como sabíamos que havia crianças na casa, ficamos de olho. Após um tempo, o pai dela, que é conhecido aqui na região, chegou, e o marido saiu minutos depois.
Solange não estava em casa, mas soube da briga do casal por parentes após retornar. Também reparou a falta de movimento na residência no fim de semana, mas não estranhou o fato, pois conhece Stefani desde a infância e a considera uma pessoa calma e uma mãe dedicada.
— Ela sempre foi uma menina quietinha, pacata. É difícil acreditar no que aconteceu. Ajudamos o marido a arrombar o portão e a entrar. Foi uma cena horrível — disse Solange.
Kelly, colega de Stefani, que interagia com a dona de casa nas redes sociais, segue abalada com o crime e relata que estranhos a procuraram nas redes sociais para cobrar explicações sobre o crime:
— Algumas pessoas me disseram coisas absurdas nas redes sociais, perguntando se eu não havia notado algo. Eu convivi com ela há dez anos, porque era amiga da cunhada dela. O que eu sei é que sempre cuidou muito bem da família. É o que eu posso falar. Uma pessoa idônea, criada na igreja, íntegra, honesta. Estou tão surpresa quanto toda a sociedade. Não me sinto em condições de julgá-la. Só dormi só dois dias depois do crime.
A Polícia Civil já esclareceu a dinâmica do crime. Por volta das 13h da segunda-feira da semana passada, Stefani matou os filhos, que morreram lado a lado, na cama do quarto. Ela foi para a sala e cortou os pulsos, largando a faca no chão. Passou, então, a disparar áudios para o pai e a telefonar para o marido, contando o que fizera.
Os agentes buscarão mais detalhes, hoje e nas primeiras horas da segunda-feira, do que pode ter ocorrido, mas acreditam que a própria Stefani é a única que pode falar, pois ninguém esteve em sua casa.
Transferida na sexta para o Hospital Psiquiátrico Roberto Medeiros, Stefani seguirá na unidade, com a prisão preventiva decretada. Ela tem atendimento médico, mas pode ter a transferência revista e ser levada a um presídio feminino.
Mãe e bebê morrem em acidente entre dois carros na MGC-404,
no Norte de MG
Segundo informações que constam no boletim de ocorrência, o
motorista do outro veículo envolvido no acidente apresentava hálito etílico,
mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Uma garrafa de cerveja foi
encontrada no automóvel. Não há confirmação se a bebida foi consumida por ele.
Por g1 Grande Minas
Carro onde a mulher e o bebê que morreram estavam — Foto:
Corpo de Bombeiros
Uma mulher e seu filho, de cinco meses, morreram em uma
batida frontal entre dois carros na MGC-404, no Norte de MG, nesta sexta-feira
(14). Outro filho dela, de 10 anos, ficou ferido e permanece hospitalizado. A
Polícia Militar registrou Novorizonte como local do acidente, mas o Samu e o
Corpo de Bombeiros divulgaram como sendo em Salinas.
Segundo informações que constam no boletim de ocorrência, o
motorista do outro veículo envolvido no acidente apresentava hálito etílico,
mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Uma garrafa de cerveja foi
encontrada no automóvel. Não há confirmação se a bebida foi consumida por ele.
Ao ser questionado, o homem disse à PM que tentou fazer uma
ultrapassagem em uma curva, mas foi surpreendido pelo outro automóvel. Ele
ainda levava duas mulheres, uma delas também precisou ser hospitalizada e a
outra confirmou a versão apresentada aos militares. O condutor e a passageira
foram levados para o hospital de Taiobeiras.
Os policiais lavraram um auto de infração pela recusa dele
em fazer o teste de bafômetro, mas não conseguiram recolher sua habilitação, já
que o motorista não estava portando a CNH.
Garrafa de bebida foi encontrada no outro carro envolvido no acidente — Foto: Polícia Militar
Ainda de acordo com o registro da Polícia Militar, o
condutor do carro que levava a mãe e o bebê foi encontrado preso às ferragens,
mas consciente. Ele contou que foi contratado para levar a família, que ainda
tinha o outro menino e um homem, de Salinas para Taiobeiras. Em um determinado
momento da viagem, notou a aproximação do outro veículo, que estava na
contramão e em alta velocidade. Apesar de ter tentado desviar, não conseguiu
evitar a batida.
Consta no BO que a mulher morreu no local e o bebê foi
arremessado na pista, apesar de ter sido socorrido até o hospital de Salinas
por terceiros, ele não resistiu. O outro filho dela e o homem foram levados
para a mesma unidade de saúde. Não há confirmação sobre o parentesco desse
passageiro com a mulher e os meninos.
Carro no qual viajavam o homem e as duas mulheres — Foto:
Polícia Militar
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