Deputado Federal Alexandre Frota afirmou que 'Bolsonaro bateu no teto da bolha do ódio'
Em 2018, Bolsonaro chegou a dizer que queria o ator como ministro da Cultura. No ano seguinte, o presidente se incomodou com os pedidos do então aliado para que Fabrício Queiroz, ex-assesssor do senador Flávio Bolsonaro, fosse preso. Entre 2016 e 2017, Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram que Queiroz fez movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão.
A indicação de Eduardo Bolsonaro como embaixador nos Estados Unidos também foi alvo de críticas do parlamentar paulista, o que desagradou o presidente. O episódio marcou a ruptura entre Frota e mandatário.
JUSTIÇA MANDA RETIRAR DO AR MATÉRIAS SOBRE IMÓVEIS DA
FAMÍLIA BOLSONARO
CONGRESSO EM FOCO
NOTA Em JUSTIÇA
O desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios (TJDFT) Demetrius Gomes Cavalcanti determinou que o portal UOL
retire do ar as reportagens sobre as transações imobiliárias da família
Bolsonaro. O magistrado atendeu às alegações da defesa do senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ) e revogou a decisão anterior da 4ª Vara Criminal de Brasília.
Cabe recurso contra a decisão.
Na liminar proferida, o desembargador afirmou que as
reportagens utilizaram informações sigilosas, que constavam em um inquérito
policial que foi anulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado
também considerou que as suspeitas de que os valores empregados nas transações
teriam origens ilícitas também são baseadas em investigações anuladas.
“Tais matérias foram veiculadas quando já se tinha
conhecimento da anulação da investigação, em 30/08/2022 e 09/09/2022, o que reflete
tenham os Requeridos excedido o direito de livre informar. A uma, porque
obtiveram algumas informações sigilosas contidas em investigação sigilosa
anulada e, a duas, porque vincularam fatos (compra de imóveis com dinheiro em
espécie), cuja divulgação lhes é legítima, a suposições (o dinheiro teria
proveniência ilícita) não submetidas ao crivo do Poder Judiciário, ao menos,
até o momento”, escreveu Demetrius.
O desembargador determinou que as matérias sejam retiradas do ar até que o julgamento do caso seja realizado.
Dinheiro vivo
Os repasses totalizaram R$ 13,5 milhões, o que equivalente a
R$ 25,6 milhões em valores corrigidos pelo IPCA. Ao menos 25 imóveis,
adquiridos pelos filhos do presidente e suas ex-esposas, são investigados pelo
Ministério Público do Rio de Janeiro e do Distrito Federal por fazerem parte
das investigações sobre as “rachadinhas”.
O desembargador Demetrius é o mesmo que determinou, nesta
semana, que o Instagram identifique o responsável pela conta apócrifa Brasília
sem Damares. O perfil reúne publicações contra a ex-ministra da Mulher, Família
e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), que hoje é candidata ao Senado
pelo Distrito Federal. O magistrado atendeu a um pedido da campanha da
ex-ministra. Segundo ele, as postagens “comprometem a integridade do processo
eleitoral”. A decisão liminar também determina a remoção de 13 publicações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário