Jair Bolsonaro (PL) em sabatina promovida pela UNECS (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços) em Brasília
Imagem: Reprodução/Youtube
Se há uma coisa que Jair
Bolsonaro sabe fazer é levantar cortinas de fumaça. Basta que
uma questão muito grave o incomode e ganhe repercussão na opinião pública para
que puxe um assunto aleatório, que não tem nada a ver com a realidade, para
distrair os brasileiros. É o que faz agora, diante das matérias do UOL, que mostram que
12 integrantes da família Bolsonaro adquiriram 107 imóveis de 1990 para cá,
sendo 51 deles comprados total ou parcialmente com dinheiro vivo.
O dever de qualquer governante é prestar satisfação a seus governados. Sendo assim, a primeira providência do presidente, quando as reportagens foram publicadas deveria ser esclarecer as transações, mostrar documentos, identificar a origem do dinheiro usado nessas aquisições. Onze dias após a história vir à tona, Bolsonaro não fez nada disso.
Reclama que é alvo de campanha difamatória porque não querem que
ele vença as eleições, diz que pretendem transformá-lo em corrupto, que estão
expondo sua família a constrangimento.
Prestação de contas, que é bom, nada.
No dia da publicação das reportagens, Bolsonaro indiretamente
admitiu a prática e questionou: "Qual o problema, comprar alguns imóveis
com dinheiro vivo?". Depois, percebeu que há, sim, problema (policiais e
autoridades da Receita aprendem cedo que esse é um forte indício de lavagem de
dinheiro) e mudou o discurso. Passou a refutar o termo "moeda
corrente", citado em algumas escrituras, como prova de que ele e os
familiares tenham pago imóveis em espécie.
É mais uma cortina de fumaça.
Os repórteres Thiago Herdy e Juliana Dal Piva não se basearam
apenas nessa inscrição para fazer a matéria. Como
explicaram em detalhes, fizeram um demorado levantamento,
cruzaram com investigações do Ministério Público, entrevistaram funcionários de
cartórios. Além disso, matérias anteriores de outros veículos de comunicação já
tinham apontado o uso de dinheiro vivo na compra de alguns desses imóveis e a
informação não foi contestada.
Bolsonaro teme o estrago que as matérias possam fazer na sua
campanha à reeleição, embora em nenhum momento os jornalistas do UOL o tenham acusado
de praticar crime. Para evitar dor
de cabeça, a providência é simples: prestar contas e revelar a
origem do dinheiro usado para comprar imóveis.
A maioria da população, que é obrigada a se submeter a
financiamento de 30 anos para comprar um mísero imóvel, se espanta que a
família presidencial tenha adquirido 107 imóveis em três décadas. Por essa
quantidade de aquisições, o clã se assemelha a uma empresa, uma espécie de
'Imobiliária Bolsonaro'.
Com as negociações não explicadas em dinheiro vivo, a suspeita
se torna mais grave.
Em vez de espernear, Bolsonaro deveria mostrar documentos.
Os brasileiros continuam esperando uma explicação.
Fogo destrói loja em galeria do bairro Funcionários em Timóteo
Existe a suspeita de que o fogo tenha começado depois que um colchão foi incendiado durante uma briga entre moradores de rua. Ninguém ficou ferido.
Por g1 Vales de Minas Gerais
11/09/2022
Interior da loja, que tinha dois pavimentos, foi completamente destruído pelas chamas — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Uma loja de materiais hospitalares foi destruída pelo fogo após um incêndio registrado na tarde deste sábado (10), no bairro Funcionários, em Timóteo (MG). De acordo com o Corpo de Bombeiros, existe a suspeita de que o fogo tenha começado depois que um colchão foi incendiado durante uma briga entre moradores de rua.
O estabelecimento comercial é um dos 42 instalados na galeria, que antigamente funcionava como um supermercado. Não havia pessoas na loja no momento do incêndio e ninguém se feriu. A perícia da Polícia Civil esteve no local e um laudo técnico poderá determinar como o incêndio começou.
Guarnições do Corpo de Bombeiros de Ipatinga, bombeiros civis da Aperam e caminhões-pipa da prefeitura de Timóteo deram apoio para ajudar a controlar o incêndio. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Os militares do CBM contaram com o apoio de guarnições de Ipatinga, além de bombeiros civis da empresa Aperam e caminhões-pipa da Prefeitura de Timóteo para controlar as chamas.
A estrutura de alvenaria do local não foi danificada, segundo análise do Corpo de Bombeiros. No entanto, o fogo atingiu o forro de PVC da galeria e destruiu caixas d'água de cinco estabelecimentos.
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