laudo pericial que pudesse constatar violência sexual. A mulher, de 60 anos, é analfabeta e sofre de leve retardo mental.
20/04/2021 - 15:04 - Fonte: Gazeta de Araçuai
Delegado alegou que não havia flagrante, nem
Um pedreiro de 41 anos, acusado de estuprar uma idosa de 60 anos, com leve deficiência mental, foi preso na tarde de segunda-feira (19) em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e liberado após prestar depoimento na delegacia de Polícia Civil da cidade. Segundo o delegado que atendeu a ocorrência, não havia flagrante, nem laudo que pudesse comprovar a violência sexual. A vítima é conhecida do pedreiro.
De acordo com a ocorrência, a idosa transitava pela rua José Pinto Colares, no Alto do Santuário, por volta das 8h da manhã, nas imediações da casa dela, quando foi abordada pelo pedreiro que fazia serviços de reforma na casa do pai dele. A idosa foi atraída para dentro do imóvel, que estava vazio. Ela contou que foi acariciada, teve as roupas arrancadas pelo homem e foi estuprada. Chegando em casa, ela contou o ocorrido para uma irmã com quem vive. Foi ela quem acionou a Polícia Militar que compareceu ao local.
O suspeito foi preso horas depois, na casa onde estava trabalhando, e levado para o hospital para exame de Corpo de Delito. Em seguida, ele foi conduzido para a delegacia de polícia civil. Após ser ouvido de forma virtual, pelo delegado de plantão, Arthur Vieira Temponi Leite, o pedreiro negou o estupro e foi liberado. Em seu depoimento, ele contou que estava trabalhando na obra quando a idosa passou, elogiou o serviço dele e pediu para entrar na casa. Ainda segundo ele, os dois se beijaram e em seguida, mantiveram relação sexual consensual.
A idosa foi ouvida na delegacia, na manhã desta terça-feira (20). Ela foi acompanhada de uma irmã que é cuidadora dela. De acordo com informações levantadas pela reportagem, a idosa, que é analfabeta e solteira, tem retardo mental leve, caracterizado por limitações relacionadas à aprendizagem e capacidade de comunicação.
A mulher desmentiu a versão do pedreiro e contou que foi atraída por ele até à casa, e forçada a manter relações sexuais com ele. Após prestar depoimento, ela foi conduzida no início da tarde, para a cidade de Almenara, para ser submetida a exames.
O delegado Arthur Vieira Temponi Leite disse que o suspeito foi liberado porque não houve flagrante . Ele disse ainda que o laudo realizado por uma médica do hospital local, não comprovou nenhuma violência sexual. " Não havia lesões nem no pedreiro nem na vítima"- destacou o delegado, acrescentando que vai solicitar um laudo psiquiátrico da vítima.
Foi instaurado inquérito para apurar os fatos. O delegado de Araçuai, Geovane Klipel ( que está de férias ) ficará responsável pelo inquérito.
Gazeta de Araçuai
Kauã e Joaquim: três anos depois, acusado do crime, Georgeval
Alves Gonçalves ainda não foi julgado
Crianças foram mortas durante um incêndio criminoso, em
Linhares, Norte do Estado. Acusado pelas mortes, o ex-pastor Georgeval Alves
Gonçalves foi encaminhado para júri popular
Wednesday, 21 de
April de 2021
Kauã e Joaquim: três anos depois, acusado do crime, Georgeval Alves Gonçalves ainda não foi julgado
As crianças foram mortas no dia 21 de abril de 2018, na
residência onde moravam, no centro de Linhares. Segundo laudo da polícia, eles
sofreram abuso sexual e estavam vivas, desacordadas em uma cama, antes de um
incêndio criminoso encerrar suas vidas. Na casa com eles, estava Georgeval
Alves Gonçalves, acusado pelo crime.
Os corpos de Kauã e Joaquim foram enterrados em meio a muita
comoção na região. Balões brancos foram deixados em seus túmulos. E ao longo
dos anos, os locais ainda recebem muitas visitas, como relata o coveiro Rodrigo
Bravim.
"Muita gente ainda vem visita-los, fiz até a marcação
no muro, com um X azul, indicando a localização dos túmulos. Deixam cartazes,
flores, balões brancos, que o Kauã gostava”, relata Rodrigo.
Uma manifestação na Praia de Camburi, em Vitória, nesta quarta-feira (21), vai
marcar os três anos do crime. "Gostaria de ter um feito uma caminhada em
Linhares, o que não foi possível em decorrência da pandemia. Mas não vamos
desistir de lutar por justiça pelos meninos”, relatou a avó de Kauã, Marlucia
Butkvosky Loureiro.
O pequeno Kauã Salles Butkvosky era filho do primeiro
casamento de Juliana Pereira Salles Alves com o empresário Rainy Butkvosky. Ela
teve outros dois filhos com Georgeval, incluindo Joaquim, de 3 anos.
O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves foi detido ainda
durante as investigações da Polícia Civil e ainda permanece preso. Em maio de
2019, por decisão do Juiz André Bijos Dadalto, da 1ª. Vara Criminal de
Linhares, ele foi pronunciado – decisão que o encaminhou para o Tribunal do
Júri popular - , por homicídio duplamente qualificado, estupro de vulneráveis e
trotura praticada contra o filho de 3 anos, e o enteado, de 6.
Mas ele nunca sentou no banco dos réus. Recursos foram
apresentados por seus advogados de defesa e ainda estão sendo analisados pela
Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Enquanto não
houver uma decisão dos desembargadores, a data do julgamento não pode ser
marcada.
Fonte e Foto: A Gazeta
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