De forma inusitada o prefeito distorceu os fatos ao falar sobre a sentença de cassação do seu mandato e do seu vice-prefeito e atribuiu a cassação aos adversários, mesmo sabendo que a ação foi proposta pelo Ministério Público.
Fiquei pasma. Não houve uma só frase que não exalasse
indignação e tristeza, especialmente, porque a todo o momento invocava o nome
de Deus. (EM VÃO!), chegando a colocar, inclusive, a lembrança de pessoa morta
em meio a sua fala carregada de mentiras, ao que particularmente entendo ser
total desrespeito à memoria do falecido. Lamentável!!!
Disse o prefeito que o seu propósito e o de Luís André é de
fazer um governo transparente, um governo que realmente olhe para o povo e que
isso incomodou muita gente, principalmente aquelas pessoas que foram derrotadas
na urna.
Disse também que tem alguns que não se conformam com a
derrota até hoje e querem entrar assim no governo de qualquer jeito, no
tapetão, no famoso tapetão, repetiu. Falou em perseguidores e oposição.
Ocorre que ao contrário do que disse o Jovani, esta ação que
resultou em sua cassação nada tem a ver com adversários que querem entrar no
seu governo ou que querem ganhar no tapetão. Ou seja, ele não foi nada
transparente com a população ouvinte do seu discurso - nada sincero.
É importante lembrar que a ação de investigação eleitoral
foi ajuizada pelo Ministério Público com atuação eleitoral, que é um órgão
independente, que atua de forma permanente na defesa do regime democrático, na
defesa das instituições, e tendo como objetivo formal manter a estabilidade das
eleições, sem que ocorra compra de votos, fraudes.
Ou seja, é papel do Ministério público garantir eleições
limpas, sem que haja abuso do poder econômico e/ou abuso do poder político.
Para propor uma ação de investigação judicial eleitoral, o
Ministério Público de forma independente, totalmente desligado a qualquer
interesse político e intimamente ligado aos termos da lei, investiga os atos
considerados crimes eleitorais, ouve as partes. Assim, consegue decidir se cabe
a propositura de ação ou se arquiva a representação.
No caso, o Ministério Púbico recebeu representações de
supostas ilegalidades que ocorreram durante o período eleitoral. Muitas dessas
representações foram feitas por quem aqui escreve ( e quem escreve não foi
candidata a nada, não manifestou voto, não fez campanha em favor de qualquer
candidato que fosse, não tem nenhum interesse em qualquer cargo).
Após ampla apuração o Ministério Público arquivou parte das
representações por entender que não estavam provados os fatos e naquilo que
havia base, ajuizou a Ação Eleitoral.
No curso do processo, Jovani, Luís André da Silva Pereira e
o ex-prefeito -Henrique Luís da Mota Scofield fizeram suas defesas, houve
audiência, o juiz ouviu testemunhas e no fim, decidiu com base nas provas
existentes nos autos cassar o mandato do Prefeito eleito Jovani e do vice Luís
André condenando-os juntamente com Henrique Scofield a 8 anos de
inelegibilidade e condenando Henrique scofield ao pagamento de 20 mil ufir.
Ou seja, o titular da ação foi o Ministério Público.
Ademais, não há que se falar que há adversários que querem
ganhar no tapetão, porque caso o Jovani saia vitorioso do recurso, nenhum dos
candidatos à eleição/2020, assume o cargo. Haverá nova eleição.
O que pode ocorrer por Jovani ter deixado de mencionar que o titular da
ação eleitoral foi o Ministério Público e sustentar essas mentiras, jogando a
culpa em adversários?
Ao espalhar esta fake news, o Jovani ilude os eleitores mais
simples e crédulos em suas palavras e caso haja novas eleições, estes eleitores
podem ter criado antipatia ou estarem com raiva dos adversários e com pena do
menino pobre, que fala o nome de Deus a todo o instante, passando a apoiar o
candidato que o Jovani indicar.
Fazer o que Jovani fez é COVARDIA! Não só com os adversários
políticos, mas com as pessoas mais simples e desprovidas de condições de buscar
a verdade, de acessar o site do TRE e verificar a informação.
ACAUTELAI-VOS, POVO DE ITAMBACURI!
Notícias falsas, distorcidas, com a finalidade de provocar
engano devem ser repudiadas por todos.
Lembrem-se, todos: Há
pessoas que falseiam a verdade.
Culpam A sabendo que foi B.
Há pessoas que dizem “ isso” sabendo que foi aquilo.
E “Nem todo o que me diz senhor, Senhor chega ao céus!"
Não podemos dar um bom emprego para um político simplesmente
porque ele é pobre, colhe o feno, poda as árvores ( e enquanto faz esse
serviço, quem de fato despacha e governa???) e grita o nome de Deus e invoca o
nome dos mortos e mente para favorecer e fortalecer a sua própria imagem
perante os eleitores.
Cidadania rima com democracia. Democracia exige
transparência, legalidade, lealdade, respeito para com as coisas públicas,
respeito para com as pessoas.
Não é lá muito feliz quem mente para sobreviver.
Chega de circo.
Não passará
despercebido qualquer ato injusto, ilegal e amoral.
Ouça o áudio que segue:
Ouça o áudio que segue:
https://itambacuriemfoco.blogspot.com/2021/04/prefeito-eleito-de-itambacuri-mente-ao.html
A resposta é simples: desde o começo dos anos 2000, as Casas Bahia figuram entre as maiores anunciantes do país
O FUNDADOR DAS CASAS BAHIA, SAMUEL KLEIN, COM O MASCOTE DA REDE. FOTO: DIVULGAÇÃO
No dia que Samuel Klein morreu, lia-se em seu obituário na Folha de S.Paulo que ele “gostava do mar, de que desfrutava em um iate de 61 pés. Com exceção dessa extravagância, era um homem simples, que trabalhava de sandálias, quando não tinha compromissos externos. Por mais de cinco décadas, teve dedicação total às Casas Bahia”. Toda a “grande” imprensa brasileira adotou o mesmo tom laudatório em relação ao fundador da rede de lojas: Klein era um homem “de hábitos e aparência simples, costumava ser visto de camisa polo e sandália franciscana”, disse o jornal O Globo.
Seis anos depois da morte do empresário, uma alentada reportagem da Agência Pública revela que este homem “simples” e abnegado era, na verdade, Um predador serial de mulheres, acusado de pedofilia e estupro por dezenas de moças e meninas desde os 9 anos de idade, e de trocar mercadorias de suas lojas e dinheiro por favores sexuais. Como é que nenhum jornal ou televisão paulista nunca descobriu, estes anos todos, a vida dupla de Klein? É muito difícil acreditar que, ao longo de décadas, não tivessem nem sequer ouvido falar do assunto.
É impossível que, durante décadas, a grande mídia nunca tenha tomado conhecimento das denúncias de abuso sexual contra Samuel Klein –não há uma só linha sobre ele que não sejam elogios rasgados à figura do judeu que fugiu do nazismo e construiu um império
Mesmo levando em consideração que os repórteres da mídia comercial jamais tivessem sido informados da peregrinação constante de meninas e moças à sede da empresa em São Caetano do Sul, há, segundo a Pública, pelo menos 11 processos judiciais relacionados a abuso sexual e assédio envolvendo o fundador das Casas Bahia, todos eles públicos e acessíveis. É praticamente impossível que a imprensa não tenha tomado conhecimento e publicado algo sobre isso –e na Folha, pelo menos, não há uma só linha sobre Samuel Klein que não sejam elogios rasgados à figura do judeu que fugiu de um campo de concentração nazista na Polônia e construiu um império no Brasil.
A omissão é ainda mais intrigante quando se sabe que existem inclusive imagens em vídeo anexadas aos processos, um deles postado pela agência Pública no youtube, com Samuel Klein cercado de meninas em uma festa.
O mais grave: mesmo após a revelação destas denúncias, o silêncio em torno do caso continua ensurdecedor. Neste domingo, a ombudsman da Folha, Flavia Lima, questionou diretamente o jornal sobre o porquê de os crimes sexuais de que Samuel Klein é acusado não aparecerem nas páginas do diário a não ser em duas colunas de opinião, escritas por Djamila Ribeiro e Luciana Temer. “Não fossem os textos das duas mulheres —que falam sobre os silêncios que encobrem crimes com essas características —, o leitor da Folha talvez nem tivesse conhecimento das gravíssimas acusações”, criticou a ombudsman.
Qual a razão deste silêncio cúmplice? Ora, pelo menos até a morte de seu fundador, as Casas Bahia eram a maior anunciante brasileira: por 11 anos consecutivos, entre 2002 e 2013, a rede de lojas foi campeã em anúncios publicitários nos jornais, revistas e TVs do país. Só perderia o posto para a Unilever em 2014, quando se tornou a segunda maior anunciante. As denúncias e os processos envolvendo Samuel Klein abrangem o período entre 1989 e 2010. Em 2011, três anos antes do falecimento do patriarca, a família Klein negociou com Abílio Diniz uma fusão das Casas Bahia com o Ponto Frio, formando a Via Varejo, que em 2015 se tornou a maior anunciante. No último levantamento disponível, de 2019, a Via Varejo aparece em quinto lugar.
Pelo menos até a morte de seu fundador, as Casas Bahia eram a maior anunciante do país: por 11 anos consecutivos, a rede foi a campeã de publicidade nos jornais, revistas e TVs do país. Só perderia o posto para a Unilever em 2014, quando se tornou a segunda maior anunciante
Em agosto do ano passado, a Globo firmou com as Casas Bahia uma parceria de T-commerce, um formato inédito de publicidade que indica na tela da TV que alguns itens do cenário de seus programas e novelas está disponível no site das lojas da rede. Através de um QR Code, os espectadores são direcionados diretamente para a versão mobile do e-commerce da Casas Bahia. Como diria o ex-juiz Sergio Moro, quem gostaria de “melindrar” alguém cujo apoio é importante, não é mesmo?
A única conclusão possível para esta omissão é que a força da grana provocou a censura das notícias sobre os abusos de Samuel Klein ao longo dos anos e até mesmo agora, quando sua imagem de “herói”, de self-made man, construída com afinco pelos grandes meios de comunicação, desmoronou. A direção da Folha, que sempre disse ter o rabo preso “apenas com o leitor”, precisa explicar por que, a despeito de possuir uma parceria com a agência, não republicou as denúncias contra o fundador das Casas Bahia por uma “decisão editorial”, segundo ouviu o diretor da Pública, Thiago Domenici. Que tipo de “decisão editorial” omite dos leitores um assunto tão importante?
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A própria Agência Pública apontou, em um anúncio em seu perfil no facebook, que temas como este não surgem com facilidade nas páginas do jornalismo comercial. “Conseguimos denunciar violações envolvendo poderosos como Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, porque não temos anunciantes. Essa independência só é possível com a ajuda dos nossos leitores”, lembraram.
Ocultar um crime é acobertar um criminoso. Ajudar a encobrir os abusos sexuais de Samuel Klein entrará para o rol de desserviços prestados pela mídia comercial ao país, junto com o aval à ditadura militar, o empréstimo de carros à tortura, o apoio à farra das privatizações durante os governos tucanos e a cumplicidade com as perseguições da Lava-Jato. É este o papel da imprensa “livre”?
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