Diretório de estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) divulgou conteúdo das conversas. Grupo intitula-se "conservador"
atualizado 21/10/2022 13:15
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) denunciou, nessa quinta-feira (20/10), a suposta organização de uma manifestação com uso de armas dentro da instituição de ensino superior.
Nas redes sociais, o diretório divulgou imagens de conversas em um grupo formado por alunos no WhatsApp. Os estudantes seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
No grupo, eles mobilizaram um ato de alunos “conservadores”. “Declarar que, tal dia, todos de verde e amarelo. Só para ver o estrago”, lê-se em uma das mensagens. Em outro momento, um participante do grupo cita o uso de armas.
“Fazer uma caminhada até a avenida Fernando Corrêa, pacificamente. Posso chamar os docentes pela liberdade (tem no mínimo uns 15 professores na UFMT). Os técnicos, a imprensa, e a polícia. Tenho contato do Paccola, ele pode dar uma força. E quem tiver armado, vá, pois eles podem nos atacar”, escreveu o estudante.
Em outro trecho da conversa, um aluno chega a dizer que “pobre gosta de passar fome”. Depois, demonstra medo de que o diálogo vaze: “Mano, se isso vaza estou ferrado”.
DCE vai acionar Justiça
Em nota divulgada nas redes sociais, o DCE informou que vai acionar a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Federal para investigar o caso.
“Encaminharemos também ofícios à reitoria, base de polícia e sede da Polícia Federal”, informou a organização. O caso também foi comentado pela União Nacional dos Estudantes (UNE). “Os autores das ameaças precisam ser identificados e punidos”, divulgou a UNE.
O Metrópoles procurou a UFMT para prestar esclarecimentos sobre o caso. Em nota, a universidade disse que ” preza pelos princípios constitucionais” e que comunicou os fatos à Polícia Federal.
“A liberdade de expressão é o vetor máximo da democracia e deve ser resguardada e defendida. A fim de resguardar a comunidade universitária e de forma preventiva, a instituição informou à Polícia Federal sobre tais fatos veiculados nas redes sociais”, informou a universidade.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) também foi acionado, mas não retornou até a publicação desta reportagem.
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