Os profissionais defendem atuação baseada na ciência e afirmam que defesa desses remédios cria falsa sensação de segurança na população.
Por G1 Minas
Governo federal fez estoques de comprimidos de cloroquina. Segundo especialistas, remédio não tem eficácia comprovada. — Foto: Fantástico
Setenta e quatro médicos de Belo Horizonte assinam uma nota pública à sociedade em que alertam que não há medicamentos com comprovação científica para o tratamento da Covid-19.
Os profissionais afirmam que a prescrição de remédios como ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida, azitromicina, doxiciclina não traz nenhum benefício aos pacientes.
“Toda literatura médica atual demonstra de maneira cabal a ineficácia destas drogas, além dos seus riscos”, escrevem.
Os médicos, professores, ex-dirigentes de entidades de classe e sociedades médicas e profissionais da linha de frente contra a Covid-19, defendem uma atuação baseada na ciência e criticam o governo federal, que vem defendendo o tratamento precoce da doença.
“A aceitação de nossas lideranças do uso de medicamentos que, comprovadamente, não trazem benefícios, nem preventivo e nem curativo, é uma afronta a estes princípios”, diz o documento.
Segundo os signatários, a postura leva a uma “falsa sensação de segurança à população, com o consequente relaxamento nas medidas preventivas”.
Os médicos cobram uma posição do Conselho Federal de Medicina e dos conselhos regionais contra a prescrição de remédios sem comprovação científica.
Na nota pública, eles defendem o isolamento social, o auxílio à população vulnerável, mais investimentos no Sistema Único de Saúde e na produção de vacinas como forma de enfrentar a pandemia da Covid-19.
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