Morre de Covid-19 recepcionista bolsonarista de 35 anos que se recusou a tomar vacina
Fanática por Bolsonaro ela teve oportunidade de ser vacinada
por trabalhar na linha de frente, mas se recusou a receber a dose da Coronavac
que tinha direito por achar que a vacina chinesa não tinha sido testada e que
não era cientificamente comprovada
Por Julinho
Bittencourt 26 fev 2021 - 08:35
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Foto: Facebook
Atualizada no sábado (27), às 6h30
Priscila era moradora do bairro Brasília em Arapiraca,
cidade do Agreste de Alagoas e trabalhava como funcionaria do Hospital Chama.
Ela já havia sido infectada uma vez e, fanática pelo presidente Jair Bolsonaro,
se recusou a tomar a vacina.
Ela achava que não pegaria novamente a doença e, além disso,
considerava que a vacina chinesa não tinha sido testada e que não era
cientificamente comprovada, de acordo com informações e colegas (leia abaixo).
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A doença evoluiu rapidamente e ela acabou não resistindo.
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Nota do hospital
O hospital Chama soltou nota, nesta sexta-feira, afirmando
que Priscila Veríssimo, ao contrário do que as reportagens sobre sua morte
afirmaram, não era enfermeira, mas sim recepcionista (A Fórum já corrigiu o
erro, inclusive no título desta reportagem). O hospital negou ainda que ela
tenha se recusado a tomar a vacina, conforme informado por colegas (leia mais
abaixo), mas não explicou a razão da funcionária não ter recebido nenhuma dose
do imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o
Instituto Butantan. O município é responsável pelo repasse das doses da vacina
para unidades particulares.
O hospital destacou ainda que a funcionária era reconhecida
pela excelência nas atividades que desempenhava e lamentou que a memória sobre
ela esteja “maculada por notícias que não condizem com a verdade e vinculada a
posicionamento político utilizado por aproveitadores”.
“Priscila nunca expôs opinião ou posicionamento político em
seu ambiente de trabalho, tampouco realizou qualquer manifestação sobre a
eficácia ou não da vacina contra coronavírus”, diz o texto.
Apesar do que diz o hospital, ela compartilhava em suas redes sociais vídeos e imagens envolvendo o nome do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). “Atirar a pedra é fácil, conveniente! Difícil é encarar uma guerra desta! FORÇA SENHOR PRESIDENTE! O tempo mostrará”, escreveu em uma das publicações. Até mesmo em assuntos polêmicos, como o aborto.
Veja abaixo:
Não confiava na Coronavac
Colegas de trabalho de Priscila relataram ao UOL que ela
optou por não tomar a vacina contra o novo coronavírus, porque afirmava não
acreditar e nem confiar na imunização da CoronaVac. Apesar de sites locais
afirmarem que a recusa da profissional estar ligada à ideologia política,
colegas de trabalho afirmaram as opiniões políticas dela não eram públicas.
“Ela era simpática e tinha personalidade forte, mas nunca
ouvi ela falando que apoiava [político] A ou B. O que sabemos é que ela não
quis tomar a vacina, porque disse que não acreditava na CoronaVac por ser da
China. Estamos muito tristes com o falecimento dela e pedimos que as pessoas
respeitem o luto da família”, disse uma colega de trabalho.
Com informações do É Assim
Tags:
AlagoasCoronaVacCovid-19
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