Atlético começou a competição pressionado, empatou o primeiro jogo, evoluiu e chega confiante para as oitavas de final
O Atlético cumpriu o objetivo na Libertadores de se classificar para as oitavas de final. E conseguiu bater a meta de uma maneira excelente por conta do primeiro lugar geral da competição na fase de grupos, depois de um início em que o time sofria pressão e desconfiança por parte do seu torcedor.
A chegada do técnico Cuca movimentou o clima no Galo. Nas redes sociais, parte da torcida foi contra a vinda do treinador, campeão da Libertadores pelo clube. E a pressão nos primeiros jogos, somadas às derrotas para a Caldense e Cruzeiro deixaram o ambiente pesado no clube.
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Uma consequência disso foi a repercussão negativa de uma entrevista dada pelo atacante Hulk, pedindo uma sequência com o treinador, que rebateu dizendo que sempre o escalava. O clima nos bastidores ficou quente, mas rapidamente a diretoria conseguiu intervir e apaziguar.
E depois, uma sequência de bons resultados e uma evolução nítida do futebol do time transformou o trabalho do treinador, que colheu como frutos o título do Campeonato Mineiro e a classificação na Libertadores.
O Super.FC listou os sete motivos que levaram o Galo a ter a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores:
Diferença de postura na Libertadores
O Atlético demontrou uma diferença gritante nas disputas paralelas do Mineiro e da Taça LIbertadores. O time atleticano demonstrou um fator anímico diferente entre as duas competições. No Estadual, era visível que o time não se entregou da maneira que o fez na Libertadores. Mesmo com time mesclado com reservas, o Galo demonstrou um poder de decisão e competição maior no torneio continental do que no Estadual, onde nem precisou demonstrar, já que ficou o título mesmo sem ter feito uma partida memorável.
Derrota para o maior rival
A derrota no clássico para o Cruzeiro, na fase de classificação do Campeonato Mineiro chacoalhou o ambiente. O próprio atacante Hulk admitiu que o revés para a Raposa foi o divisor de águas no grupo, que se fechou e prometeu buscar a evolução do trabalho.
Os jogadores conseguiram 'comprar a ideia' do técnico Cuca e o que se viu posteriormente foi cada atleta cumprindo sua função em prol da equipe. O sistema defensivo teve salto de qualidade, já que a marcação passou a ser feita desde o ataque e a busca pela recuperação da bola se tornou uma das virtudes do time.
Encaixe de jogadores
Cuca conseguiu encaixar alguns jogadores que eram considerados reservas ou sem empolgação por parte do torcedor. O zagueiro Igor Rabello é um deles. Pelas características, Rabello se beneficiou com o estilo de jogo do treinador, já que os times de Cuca não jogam com linha alta, o que privilegia o defensor, que não é veloz.
Rabello compensa a falta de velocidade no ótimo aproveitamento no 'um contra um' em um curto espaço. Com isso, a temporada do zagueiro vem sendo de destaque e o treinador encontrou o parceiro ideal de Junior Alonso.
Além de Rabello, Allan passou a ser peça importante no esquema. Ele começou a temporada como reserva, mas ganhou a titularidade no momento por conta da boa saída de bola e uma aproximação entre os volantes, com a chegada de Tchê Tchê e Nacho.
Mudança de posição de Hulk
A mudança de posição do atacante Hulk poderia estar no quesito acima, já que Cuca conseguiu encaixar o atacante no time. Fato que não havia conseguido quando ele estava pela ponta direita do ataque, concorrendo com Savarino.
Por conta da falta de ritmo, Hulk demorou a entrar na forma ideal, além de ter dificuldades com o estilo de jogo do futebol sul-americano. Em conversa com Cuca, o atacante concordou em ser o atacante centralizado. E o resultado está sendo a artilharia da Libertadores, com seis gols.
Apesar de atuar como centroavante, Hulk não é um atacante fixo. A liberdade dada pelo treinador em se movimentar pelo ataque, faz com que ele abra espaços para infiltrações dos meias e volantes, o que confunde a marcação adversária.
Vitória na 'guerra do gás', na Colômbia
Um ponto crucial na campanha da Libertadores até aqui foi o triunfo por 3 a 1 sobre o América de Cali, na Colômbia. No jogo disputado em Barranquilla, o Galo enfrentou as bombas de gás lacrimogêneo, que explodiram ao redor do estádio por conta de protestos no país.
Uma fonte interna do clube revelou, após a partida, que o sentimento do grupo foi de ter vencido uma guerra, já que o jogo foi interrompido por várias vezes por conta dos efeitos do gás. "Foi uma vitória para criar casca. Saímos muito fortes daqui hoje", disse na época.
Rodízio de atletas
Outro fator que contribuiu bastante para que o Atlético cumprisse os objetivos nesta fase de grupos da Libertadores foi o rodízio no elenco promovido pelo técnico Cuca. Por conta da disputa paralela do Campeonato Mineiro, o treinador teve que optar por poupar alguns jogadores na competição estadual e na continental.
O resultado foi uma rodagem do elenco e a manutenção da competitividade da equipe, que demonstrou fôlego, mesmo tendo que enfrentar um calendário apertado, no qual o time fez cinco jogos em 14 dias.
Elenco fortalecido
O investimento feito pela diretoria do Atlético no time de 2021 não pode ser deixado de lado. Em um grupo que já era forte e que demonstrou isso com o terceiro lugar no último brasileiro, a chegada de atletas para suprir carências foi fundamental para que o time sempre tivesse uma equipe forte em campo. Dodô, Nacho e Hulk chegaram para elevar o patamar do elenco.
Veja os 7 motivos que fizeram do Galo o melhor da fase de grupos da Libertadores | SUPERFC
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