16/maio/21 - 08h44
Para o verdugo do Planalto, o único resultado honesto da eleição presidencial de 2022 será o que lhe dê a vitória. Do contrário, será fraude. Sendo assim, é melhor cancelarmos as eleições e já declararmos o devoto da cloroquina como presidente reeleito, ou então “Jairmos” nos preparando para a guerra civil.
O pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais vive em uma realidade paralela, todos nós estamos cansados de saber. Para ele e sua grei, existem apenas bolsominions e robôs de redes sociais. As pesquisas que indicam sua queda são todas falsas; “a verdade está nas ruas”.
As ruas que o amigão do Queiroz não vê se encontram nas favelas, nas cidades de menor tamanho e maior pobreza, nas casas de milhões de trabalhadores que não têm o menor tempo, interesse e saco para passar o dia defendendo políticos que não tornam suas vidas nem mais baratas nem mais seguras.
Para o maníaco do tratamento precoce, o chiqueirinho do Alvorada representa o povo. As visitas programadas a redutos eleitorais representam o povo. As tias e tios de meia idade para cima, que predominam nas manifestações a seu favor, é que representam o “povo brasileiro”. O resto… mas que resto?
Contudo, para a sorte do País – ou azar, já que a alternativa posta não é nem um pouco melhor -, o Brasil não se resume à bolha bolsonarista, e os brasileiros, em sua gigantesca maioria, não concordam nem estão dispostos a aturar mais quatro anos de negacionismo, incompetência, autocracia e estupidez.
Se o marido da receptora de cheques de milicianos irá ou não vencer as eleições de 2022, isso nem eu nem ninguém, hoje, pode dizer. Mas, como é bem provável que irá, sim, perder, é bom não deixarmos para a última hora o planejamento legal e democrático em caso de insurreição bolsonarista pela derrota.
Essa gente, ainda que “apenas” 20% do eleitorado, e ainda que a mínima fração destes esteja realmente disposta a sair às ruas e “tocar o terror”, seja pela idade ou mesmo por valentia restrita à internet, já deu provas de fanatismo e ignorância suficientes para que tomemos os devidos cuidados; e um pouco mais.
Bolsonaro já elegeu o presidente em 2022: ou ele, ou ele - ISTOÉ Independente
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