Rede social, usada por muitos apoiadores de Trump, é acusada de não tomar medidas contra posts que incitam violência. Empresas pedem plano de moderação do conteúdo.
Por G1
Imagem mostra aplicativo e página da rede social Parler — Foto: Olivier Douliery/AFP
A Apple e a Amazon anunciaram neste sábado (9) que suspenderam de suas lojas virtuais e de seus serviços de hospedagem o aplicativo Parler, muito usado por apoiadores do presidente Donald Trump. Na sexta-feira (8), o Google já havia tomado decisão semelhante.
As empresas alegam que a rede social não tomou medidas adequadas para evitar a disseminação de postagens incitando a violência depois da invasão ao Congresso dos Estados Unidos que deixou 5 mortos.
"Suspendemos a Parler na App Store até que eles resolvam esses problemas", disse a Apple em um comunicado. A Apple deu 24 horas para a rede social apresentar um plano de moderação detalhado.
O presidente-executivo da Parler, John Matze, atacou a Apple, dizendo que a fabricante do iPhone estava banindo o serviço até que desistisse da liberdade de expressão e instituísse "políticas amplas e invasivas como Twitter e Facebook".
A Amazon suspendeu Parler de sua unidade Amazon Web Services (AWS), por violar os termos de serviço da AWS ao falhar em lidar de forma eficaz com um aumento constante de conteúdo violento no serviço de rede social, informou o BuzzFeed News.
A AWS planeja suspender a conta de Parler a partir de domingo, às 23h59.
Na sexta-feira (8), o Google disse que a Parler tem de demonstrar moderação de conteúdo "robusta" se quiser voltar à loja.
Também na sexta-feira (8), o Twitter suspendeu permanentemente a conta de Donald Trump na rede social com a alegação de que os posts recentes do presidente incitavam a violência.
“Ela adorava aquele menino”, diz amiga de mulher morta pelo
filho em Joinville
Albertina Schmitz Tasca, de 61 anos, morreu após receber um
“mata leão” do filho, de 20 anos; Leonardo Schmitz Tasca permanece preso
LUANA AMORIM*, JOINVILLE
11/01/2021 ÀS 13H13 - Atualizado Há 2 meses
As lembranças da amiga de longa data ainda estão na mente de
Márcia Archanjo. Cinco dias após descobrir sobre a morte de Albertina Schmitz
Tasca, de 61 anos, ela tenta entender o que aconteceu entre os dias 2 e 6 de
janeiro na casa localizada no bairro Iririú, em Joinville.
Albertina Schmitz, de 61 anos, foi encontrada morta nesta quarta-feira (6), no bairro Iririú – Foto: Redes Sociais/Divulgação
O corpo de Tina, como era chamada, foi encontrado no
banheiro de casa após a família desconfiar do paradeiro da idosa, que não dava
notícias desde sábado. O autor do crime é o filho adotivo dela, Leonardo
Schimitz Tasca, que foi preso em flagrante.
Durante o depoimento, ele confessou o crime e chegou a dizer
que levou amigos até a casa para beber no fim de semana, enquanto o corpo da
mãe permanecia trancado no banheiro. Segundo o delegado Roberto Patella, no
interrogatório, ele pareceu tranquilo e não demonstrou remorso.
“Ela nunca demonstrou que algo estava ruim”
Márcia conhece Tina há aproximadamente 20 anos. As duas
costumavam jogar vôlei juntas. Ela relembra que a amiga era alegre, divertida e
nunca falava mal de ninguém, nem dos filhos, no qual nutria um amor
incondicional.
“Ela nunca relatou nenhum tipo de problema. Acho que ela
saia e deixava eles [problemas] em casa. Quando falava dele e da filha, era
sempre de uma maneira feliz e tranquila”, relata Márcia.
A chegada de Leonardo à família foi a realização de um sonho de Tina. Mãe de uma menina, ela sempre teve vontade de ter mais um filho. Segundo Márcia, após ver que não podia mais engravidar, ela acabou adotando Leonardo.
“Eu lembro quando a gente ia jogar e ele ficava ali
brincando com as bolas. Quando ela apareceu com ele pela primeira vez ela disse
‘olha o que eu ganhei’. Ela adorava aquele menino”, relembra.
A amiga conta, ainda, que a mulher resolveu não se mudar
para Pato Branco, no Paraná, com o marido por causa do filho. Segundo ela, o
jovem não queria ir para cidade paranaense.
“Ela comentou que teria que ir para Pato Branco, porque o
marido havia sido transferido da empresa para lá. Ela não foi por causa do Léo.
Ela até disse que era porque não tinha gostado da cidade, mas eu senti que não
foi por isso, foi por causa do menino mesmo. Ela adorava ele, tanto que a Tina
sempre dizia que ele era parceiro dela”, pontua.
Márcia conhecia Albertina há cerca de 20 anos – Foto: Adriano Mendes/NDTV
Amiga ficou chocada ao descobrir o crime
O carinho da mãe pelo jovem era tão evidente que Márcia
ficou chocada ao saber que Leonardo foi o responsável por tirar a vida da mãe.
“Eu não acreditei. Quando me falaram que foi ele, eu disse
‘não é possível’. Ela nunca deixou que ninguém tivesse uma má impressão do
menino. Depois que passa a gente fica imaginando ‘o que ela não deve ter
passado com ele?’. Não sei que loucura deu nele para chegar nesse ponto”,
indaga.
A tristeza pela companheira de dezenas de partidas ainda é
evidente no semblante de Márcia. A amizade era tanta, que ela não teve nem
forças de ir ao enterro da amiga.
“Eu fiquei tão mal que não consegui ir ao enterro. Não tive
coragem. Não ia ter estômago para ficar lá, porque se uma pessoa morre de um
acidente, uma doença, você encara de um outro jeito. Agora você vê uma pessoa
que você ama cortar tua vida, é muito triste”, diz.
Filho suspeito de matar a própria mãe foi preso em Joinville
na tarde de quarta-feira (6) – Foto: Ricardo Moreira/NDTV
Filho suspeito de matar a própria mãe foi preso em Joinville
na tarde de quarta-feira (6) – Foto: Ricardo Moreira/NDTV
Autor segue preso preventivamente
Após ser detido em flagrante, Leonardo teve a prisão em
flagrante convertida para preventiva na quinta-feira (7). Ele segue preso no
Presídio Regional de Joinville.
Leonardo deve ser indiciado por feminicídio qualificado por
motivo fútil majorado pela idade da mãe e, além disso, por furto qualificado
por abuso de confiança e por se tratar de uma vítima idosa.
*Com informações do repórter Juan Todescatt, da NDTV
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