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Na última quinta-feira, 21 de janeiro de 2021, completaram-se 160 anos de nascimento de um dos maiores cientistas da História do Brasil. Um cientista que, em verdade, poucos brasileiros conhecem e reconhecem, porque sua imensa obra científica continua quase invisível para a maior parte de nossa população.
Roberto Landell de Moura, nascido neste 21 de janeiro, no distante 1861, em Porto Alegre, foi a primeira pessoa no mundo a transmitir a voz humana por ondas de rádio, sem fio. E o fez publicamente em pelo menos duas ocasiões que foram documentadas pela imprensa: uma em 1899 e outra em 1900, tudo antecedendo experiências que viriam a ser feitas por outros cientistas. Enquanto isso, Guglielmo Marconi, que já tinha inventado o telégrafo sem fio (1895), transmitia pelo ar, pontos e traços em código Morse. O italiano também transmitiria a voz humana por meio de ondas de rádio, mas apenas em 1914. Mesmo assim, ele ficaria com a fama de inventor do rádio…
Landell lutou bravamente, enquanto pode, para viabilizar a industrialização do rádio no país, ao mesmo tempo em que projetava, de forma inédita, a televisão e o telex. Porém, num Brasil arcaico e agrário, não teve sucesso. Patenteou seus inventos tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos, onde morou por alguns anos, para tentar o que aqui não conseguia, mas não conseguiu comercializar os seus inventos. Foi ignorado pelas autoridades, ridicularizado por fiéis, que chegaram a invadir e destruir seus experimentos, sob a alegação de que ele tinha parte com o demônio, e acabou morrendo em 1928 no ostracismo.
A saga de Landell de Moura é contada em detalhes pelo jornalista, pesquisador e biógrafo Hamilton Almeida, que escreveu, entre outras obras sobre o padre-cientista, Landell de Moura – Um herói sem glória (O brasileiro que inventou o rádio, a TV e o teletipo).
160 anos de nascimento do padre Landell de Moura, inventor brasileiro rádio | AGROemDIA
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