Bolsonaristas pedem exclusão de jornalista Ricardo Noblat do
Twitter
Cita
suicídio do presidente
Ele
apagou a publicação
Veja
diz repudiar ato de colunista
10.jan.2021 (domingo) -
16h24
atualizado:
10.jan.2021 (domingo) - 20h06
Bolsonaristas pedem a
exclusão do jornalista da Veja Ricardo Noblat do Twitter
depois de uma postagem feita neste domingo (10.jan.2021) que cita a
possibilidade de suicídio do presidente Jair Bolsonaro.
“Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento”, escreveu o jornalista na rede social. Depois da repercussão negativa, a publicação foi apagada pelo Twitter.Parte superior do formulário
Apesar
de não ter sido publicado em aspas, a publicação reproduz o trecho da coluna “Saída para
Trump: matar-se” do jornal Folha de S.Paulo. O
texto foi escrito por Ruy Casto, jornalista e escritor que fez as biografias de
Cármen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi excluído do Twitter na 4ª feira (6.jan.2021). A rede social comunicou que houve incitação da violência em protesto. Parte dos bolsonaristas cobraram a mesma atitude em relação a Noblat.
Ele disse que reproduz o que a mídia publica desde 2008 e que
não deseja a morte de ninguém.
“Minha religião o impediria. Mas ao fazer,
como faço aqui, um clipping diário da mídia, não posso nem devo ignorar o que
me pareça que repercutirá, mais ainda quando publicado em um grande jornal.
Seria uma forma odienta de autocensura”, disse.
Noblat disse que também
reproduziu trechos do colunista Hélio Schwartsman, também da Folha, que publicou o
texto “Por que
torço para que Bolsonaro morra” em 7 de julho do ano
passado. “Quem me
acompanha sabe o quanto valorizo a vida e que não discrimino entre quem deve
viver ou morrer. Por fim: vida longa ao presidente Jair Bolsonaro para que ele
possa colher o que plantou”, finalizou o jornalista.
A Veja disse pelo Twitter que repudia
com veemência a declaração do colunista. “Não achamos que esse tipo de opinião
contribua em nada para a análise política do país”,
afirmou.
O ministro-chefe do GSI
(Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, respondeu o
comentário de Noblat: “Quem é
odiado por esse jornalista deve sentir um orgulho infinito. É, em última
análise, o que diz um adágio famoso: ‘NÃO VIVI EM VÃO'”.
O deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) relembrou do episódio da
campanha de 2018 em que Adélio Bispo esfaqueou o presidente. Disse que pessoas
comemorariam o fato se houvesse a morte de Bolsonaro.
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