Caio Frois, de 13 anos, andava de bicicleta quando foi levado pela correnteza na região da Pampulha; vídeo registrou a cena
Foi enterrado, no final da manhã desta segunda-feira (4), o corpo do adolescente de 13 anos que morreu após ser arrastado pela enxurrada na região da Pampulha, em Belo Horizonte, no último sábado (2).
Caio Santana Frois foi sepultado no Cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na Região Metropolitana da capital mineira, após um velório rápido acompanhado por amigos e parentes que homenagearam o jovem. A família não quis gravar entrevistas.
O jovem foi arrastado pela correnteza enquanto voltava para casa, de bicicleta. Pedalar com os amigos era uma das diversões favoritas do menor. Frequentemente Frois publicava fotos das bicicletas nas redes sociais dele.
Familiares relataram à reportagem que Frois sempre foi um garoto alegre e que gostava de praticar esportes. Ele estudava no Colégio Batista Getsêmani. A última postagem feita pelo adolescente foi dia 31 de dezembro. "A última para vocês. Feliz ano novo. Que Deus abençoe 2021", escreveu o adolescente.
Correnteza
As imagens de um circuito de segurança flagraram o momento em que o menor foi arrastado. No início, o vídeo mostra Frois chegando ao estacionamento de um pizzaria para se abrigar da chuva. Ele desce da bicicleta e sacode a roupa, monta na bicicleta e continua subindo a rua.
Menos de um minuto depois, o menor aparece na imagem sendo arrastado. Ele fica preso debaixo de um carro que estava estacionado em frente à pizzaria. Um homem está na garagem, mas não vê o garoto. Só depois que o volume de água abaixou é que o corpo foi encontrado. O resgate foi acionado e o menor chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu.
Segundo a família, quando a chuva começou, a mãe do menor foi buscá-lo. Ela voltou para casa de carro, enquanto ele a seguia na bicicleta. Como o adolescente parou no caminho, a mulher chegou em casa primeiro. Ao perceber a demora do filho, voltou para tentar encontrá-lo, quando soube que os bombeiros haviam atendido uma ocorrência de criança levada pela chuva.
Morre Robert Durst, bilionário condenado por matar melhor
amiga e confessar em programa de TV
Robert Durst, de 78 anos, foi condenado à prisão perpétua
pela morte de Susan Berman, após confessar o crime enquanto falava sozinho e
sem perceber que microfone ainda estava ligado durante gravação; ele também foi
acusado pela morte de Kathie Durst, sua esposa que desapareceu em 1982.
Por g1
Robert Durst em corte ao ser sentenciado à prisão perpétua, em Los Angeles, Califórnia, na quinta-feira (14) — Foto: Myung J. Chun/Pool via Reuters
Morreu nesta segunda-feira (10), aos 78 anos, Robert Durst,
bilionário do mercado imobiliário dos Estados Unidos, condenado à prisão
perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, por matar sua melhor
amiga e confessar o crime durante a gravação de um programa de TV.
Durst também foi acusado acusado pela morte de Kathie Durst,
sua esposa que desapareceu em 1982.
Durst cumpria sua pena de prisão perpétua na California
Health Care Facility, uma prisão em Stockton. Segundo seus advogados, ele
morreu no Hospital Geral de San Joaquin, nas proximidades, onde foi levado para
testes. Depois de sofrer uma parada cardíaca, os médicos não conseguiram
reanimá-lo.
Pouco depois de ser condenado pela morte de Berman, em
setembro, Durst contraiu Covid e chegou a ser colocado em um respirador
artificial. De acordo com os advogados, a doença agravou seu estado de saúde,
já frágil anteriormente.
Crimes
Kathie tinha 29 anos quando sumiu, em 31 de janeiro de 1982,
e seu corpo nunca foi encontrado. Durst se divorciou dela em 1990, alegando
abandono, em 2017 ela foi declarada legalmente morta a pedido de sua família.
Berman foi morta com um tiro na nuca em 2000, em sua casa em
Beverly Hills, e o bilionário americano sempre negou ser o autor do crime. A
suspeita é que ele quis impedi-la de ir à polícia e testemunhar sobre o
desaparecimento da sua esposa.
Documentário causa reviravolta
Durst nunca tinha sido acusado pela morte de Kathie, mas se
auto incriminou no documentário "The Jinx: A Vida e as Mortes de Robert
Durst".
Durst foi confrontado com uma carta que ele havia enviado à
sua amiga, muito semelhante à nota enigmática e anônima que a polícia recebeu
sobre a localização do corpo da escritora.
Aparentemente sem perceber que um microfone de lapela
continuava ligado enquanto ele fazia uma pausa na gravação, para ir ao
banheiro, Durst murmura "Pronto, te pegaram" e "Matar todos,
claro".
O áudio foi exibido na conclusão do documentário, e o
bilionário foi preso horas depois que o último episódio foi ao ar, em 2015.
No julgamento, seus advogados afirmaram que Durst havia
enviado a nota à polícia após encontrar o corpo de Berman e entrar em pânico,
mas que isso não significava que ele havia matado a amiga.
Morte no Texas e fortuna estimada
O documentário também aborda o assassinato de um vizinho de
Durst no Texas, em 2001, cujo corpo foi encontrado desmembrado. Ele admitiu ter
esquartejado o vizinho, mas afirmou que o assassinato foi em legítima defesa e
as acusações contra ele foram retiradas.
A família Durst é uma das mais ricas dos EUA e está na 47ª
posição do ranking da Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 8,1 bilhões
(cerca de R$ 46 bilhões na cotação atual).
Eles possuem mais de 1,5 km² de imóveis em Nova York e na
Filadélfia, incluindo uma participação de 10% no One World Trade Center, prédio
que foi construído após os atentados das Torres Gêmeas.
ESTADOS UNIDOS
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