sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Bolsonaro diz que volta do auxílio emergencial "vai quebrar o Brasil" e pede que população "conviva com a covid-19"

 Em transmissão nas redes sociais, presidente defendeu ainda o retorno do público aos jogos de futebol


O presidente Jair Bolsonaro voltou a negar a possibilidade de retomar pagamentos do auxílio emergencial. Durante live nas redes sociais na quinta-feira (28), ele disse que prorrogar o benefício "vai quebrar o Brasil". Mesmo com o aumento de casos e mortes relacionadas à covid-19, o presidente pediu à população que conviva com a covid-19 sem "destruir empregos" e pediu ainda o retorno do público aos jogos de futebol.

— Lamento, o pessoal quer que continue (o auxílio), vai quebrar o Brasil. Vem inflação, descontrole da economia, vem um desastre e todo mundo vai pagar caríssimo. Temos que trabalhar —  disse. 


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“Temos que conviver com a covid, lamento as mortes mais uma vez, antes que falem que sou insensível. Mas, temos que conviver com esse problema,não podemos destruir empregos”, disse.


Bolsonaro também voltou a citar que a capacidade de endividamento do país "chegou ao limite".

— Temos que conviver com a covid, lamento as mortes mais uma vez, antes que falem que sou insensível. Mas, temos que conviver com esse problema, não podemos destruir empregos — disse.

Apesar das mais de 221 mil mortes pela covid-19 no Brasil, Bolsonaro defendeu que a população volte a "sorrir" e sugeriu o retorno das torcidas aos estádios de futebol. 

 —  Nós temos que voltar a viver, pessoal. Sorrir, fazer piada, brincar, voltar aos estádios de futebol o mais cedo possível, que seja com uma quantidade menor, 20%, 30% da capacidade do estádio, temos que voltar a viver — disse o mandatário.

Bolsonaro voltou a criticar as medidas de fechamento e de restrição de horário do funcionamento do comércio, adotadas pelo governo do Estado de São Paulo e pela prefeitura de Belo Horizonte (MG).

Sem citar nomes, o presidente fez críticas indiretas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e ao apresentador Luciano Huck, ambos cotados para a disputa presidencial em 2022. Ele fez referência a viagens realizadas por Doria e Huck durante a pandemia da covid-19, embora ambos defendam o isolamento social. 

O presidente repetiu ainda que todos os imunizantes contra a covid-19 aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão adquiridos pelo governo. Bolsonaro citou o trabalho "criterioso" do Ministério da Saúde, comandado por Eduardo Pazuello.

Bolsonaro evitou, no entanto, comentar o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a atuação do ministro na crise de saúde em Manaus (AM). Na quarta-feira (27), Bolsonaro abandonou uma entrevista com jornalistas após ser questionado sobre o assunto.

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