sexta-feira, 9 de abril de 2021

Comunidade judaica repudia ida de representante a jantar de Bolsonaro

Evento tinha como objetivo aproximação entre o presidente da República e empresários

Júlia Portela

09/04/2021 10:39,atualizado 09/04/2021 10:39


Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresáriosFábio Vieira/Metrópoles

Associações da comunidade judaica brasileira publicaram uma carta aberta em que manifestam “indignação” pela presença de Cláudio Lottenberg no jantar de aproximação entre Bolsonaro e empresários. Lottenberg é presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e da Conib (Confederação Israelita do Brasil) e foi um dos nove empresários convidados.

  

Na carta, as associações Judeus pela Democracia – SP e Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil Henry Sobel afirmaram que a presença do empresário no jantar dá “legitimidade à ideia de um apoio de judeus a um projeto político que vai contra os mais altos valores humanistas e democráticos”.


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A manifestação ainda ressalta que “o presidente já demonstrou em inúmeras situações a indisposição de mudar de comportamento”. “Não há cooperação possível com Jair Bolsonaro. Há apenas a cooptação”, afirmaram.


Em outro trecho da carta, as associações disseram que Luttenberg fez uma “possível confusão” entre suas agendas institucional e pessoal, atitude “irresponsável, ambígua e perigosa”.

 “Não condiz com o cargo de representante político de uma comunidade que se orgulha de ser plural, nem com um órgão que se propõe, entre outros objetivos, a combater a intolerância”, diz o documento sobre a Conib.


Flávia Rudge Ramos, 57 anos, levantou um cartaz para protestar contra o mandatário do paísFábio Vieira/Metrópoles



Ministroc da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Saúde, Marcelo QueirogaFábio Vieira/Metrópoles

 

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Ministroc da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários

Guedes e QueirogaFábio Vieira/Metrópoles

 

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Comitiva de ministros fala à imprensaFábio Vieira/Metrópoles

 

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Saúde, Marcelo QueirogaFábio Vieira/Metrópoles


Flávia Rudge Ramos, 57 anos, levantou um cartaz para protestar contra o mandatário do paísFábio Vieira/Metrópoles

 

Em seguida, a carta faz referência à data do jantar, que coincidiu com o Dia da Lembrança do Holocausto.”Por uma infeliz coincidência, a confraternização amistosa aconteceu em Yom Hashoá, dia em que lembramos os 6 milhões de judeus vítimas do Holocausto nazista.”

 Por fim, as associações falaram sobre a administração de Bolsonaro em relação à pandemia: “A crueldade em rir e fazer chacota de quem padece da doença passa de qualquer limite aceitável e a humilhação internacional pela qual o atual governo nos faz passar deveria ruborizar qualquer cidadão brasileiro”.

 

JAIR BOLSONAROJUDEUS

https://www.metropoles.com/brasil/comunidade-judaica-repudia-ida-de-representante-a-jantar-de-bolsonaro



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Prefeitura do RJ abre processo para exonerar mãe de Henry

Monique Medeiros, que é apontada pela Polícia como cúmplice no crime, é professora concursada na Secretaria Municipal de Educação

 


A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro vai abrir um processo administrativo para exonerar Monique Medeiros, a mãe do menino Henry, que é professora concursada da Secretaria de Educação.

Medeiros é apontada como cúmplice do Dr. Jairinho, marido e padrasto da criança, no crime.

O procurador do município, Daniel Bucar, revelou que o salário dela já foi cortado em um terço. O processo de expulsão se baseará na violação do Código de Ética do Servidor.

A mãe de Henry, Monique Medeiros, é professora concursada da Secretaria de Educação do município e já deu aula no ensino infantil da Escola Ariena Vianna da Silva, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, onde alcançou o cargo de diretora.pPai de Henry revela último pedido do filho: “deixa eu ficar mais um dia com você”

De acordo com a revelação do pai, assim que chegaram no condomínio onde a criança vivia com a mãe e o padrasto, o menino fez um último pedido: “deixa eu ficar mais um dia com você”.

“Quando eu fui entregar para ela, a Monique veio, eu falei ‘vai com a mamãe’, e ele, ‘não papai, não quero ir. Me dá mais um dia. Deixa eu ficar mais um dia com você’. Eu falei vai com a mamãe, porque eu tinha que trabalhar no dia seguinte. E ela falou: ‘filho, amanhã tem escolinha, amanhã tem futebol, natação’. E ele disse ‘não, mamãe, eu não gosto’”, revelou Leniel.

Babá relatava para mãe “rotina de violência” contra Henry por Whatsapp

Durante coletiva realizada na manhã dessa quinta-feira (8), o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, da Barra da Tijuca, declarou que, o resultado da necropsia de Henry Borel “levantou suspeita desde o início” de que não se tratava de acidente doméstico.

“Encontramos prints de conversas que foram prova relevante. Era uma conversa entre a mãe e a baba onde ficava revelada uma rotina de violência que o Henry sofria. A babá conta que o Henry conta a ela (para a babá) que o padrasto o pegou o pelo braço, deu uma banda (rasteira) e o chutou”.

Ainda de acordo com o relato da babá, Henry mancava e quando foi dar banho nele, o garoto pediu para que ela não lavasse a cabeça, pois, “estava com dor”.

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Marcelo Hailer

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).

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