Após destruir o som da Vigilia Lula Livre em maio, o delegado Gastão voltou ao local para grafar no asfalto o nome de Bolsonaro (Foto: Eduardo Matysiak)
O delegado de Polícia Federal Gastão Schefer Neto se suicidou nesta segunda, dia 9, aos 48 anos, em Caxias do Sul.
Ele sofria de transtornos psíquicos.
Schefer foi candidato a deputado federal em e estava lotado na Superintendência Regional da PF, no Paraná. Em 2019, virou assessor do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pela ministra/pastora Damares Alves.
Ficou famoso em maio de 2018, quando quebrou o equipamento de som utilizado por apoiadores de Lula na época em que o ex-presidente estava preso na Superintendência da PF.
Após o ataque, ele teria dito que estava nervoso e com dificuldades para dormir. Na prestação de contas de sua campanha, Schefer avaliou sua casa em R$80 mil. Em sites de venda de imóveis, as casas no local variam de R$200 mil a R$3 milhões.
Evangélico, Schefer seguia nas redes a conta de um clube de tiro e participava de grupos como “Curitiba contra o PT”, “Pena de morte sim” e “A nossa bandeira não é vermelha”.
Em entrevista a uma rádio em 2014, defendeu o armamento do “cidadão de bem”.
“Hitler foi um dos primeiros a fazer desarmamento da população. Tirando as armas da população fica fácil de pegar e atacar, fazer o que quiser”, disse, repetindo a idiotice que se popularizaria com Bolsonaro.
A organização do acampamento Lula Livre registrou ocorrência na 4ª DP.
Em nota, pedia-se que a Polícia Federal tomasse medidas disciplinares contra o delegado. “Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado”, lembrava o texto.
Nada foi feito, evidentemente.
Delegado da PF que atacou a vigília Lula Livre e nunca foi responsabilizado se suicida
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