segunda-feira, 19 de julho de 2021

Empresário é achado morto em poço de elevador em condomínio de alto padrão...

 

Paulo Roberto Athaliba era dono de uma varejista em AssisImagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

19/07/2021 12h09Atualizada em 19/07/2021 13h52

A Polícia Civil de Assis está investigando a morte do empresário Paulo Roberto Athaliba, de 64 anos, que foi encontrado morto ontem em um poço de elevador na sua casa em Assis, no interior de São Paulo, informou a corporação ao UOL.

A residência está localizada em um condomínio de alto padrão da cidade, na Avenida Rui Barbosa. A causa da morte foi registrada como "suspeita (acidental)" pela Delegacia Seccional de Assis.

A polícia foi acionada pelo filho do homem, de 32 anos. Ele contou que houve uma confraternização em casa no sábado e, no dia seguinte, a família não encontrava o empresário.

Após buscas, o filho achou o pai caído no fosso do elevador, já sem vida.

Uma equipe técnica foi ao local investigar as circunstâncias da morte e uma perícia complementar também foi requisitada pela Polícia.

Paulo Roberto Athaliba era dono da Revenda Comércio de Ferragens, uma varejista de material de construção na cidade.

O corpo do empresário foi enviado ao IML (Instituto Médico Legal), mas o laudo do óbito ainda não foi divulgado.

Empresário é encontrado morto em poço de elevador no interior de SP

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'Não me vacinar foi maior erro da vida', diz professor que teve a COVID-19

Abderrahmane Fadil, um professor de ciências de 60 anos que tem dois filhos pequenos, é um dos pacientes que lamentam a própria atitude em relação à vacina. Ele estava desconfiado das vacinas por causa da velocidade com que eram distribuídas e acabou na UTI por nove dias.

 BBC News Brasil

19/07/2021 23:39 - atualizado 19/07/2021 23:39

Abderrahmane Fadil, que tinha escolhido não tomar vacina, deixou o hospital há quase um mês, mas ainda não está bem

(foto: BBC)

"A vacina foi oferecida para mim, mas fui arrogante", conta Faisal Bashir, um homem atlético de 54 anos.

 "Eu ia para a academia, pedalava, caminhava e corria. Como eu era forte e saudável, não achei que precisasse da vacina. Além disso, se por acaso não fosse segura, eu não teria corrido nenhum risco. Mas a verdade é que não consegui evitar o vírus. Ele ainda me pegou. Não sei como nem onde."

   

Bashir, que recebeu alta após uma semana recebendo oxigênio em um hospital do Reino Unido, faz questão de alertar outras pessoas para não cometerem seu erro.

  

"O que vivi no hospital me humilhou", diz ele. "As pessoas estão enchendo os hospitais ao se arriscar, e isso é errado. Eu me sinto péssimo. Eu me sinto tão mal por isso e espero que, falando abertamente, consiga ajudar outros a evitarem isso."

   


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Bashir estava internado no Bradford Royal Infirmary, um hospital no norte da Inglaterra que, como muitos outros, está vendo o número de pacientes em tratamento de covid-19 voltar a subir drasticamente.

 

 Cerca de metade dos pacientes são pessoas que optaram por não tomar vacina, conta o epidemiologista John Wright, que comanda o Instituto de Bradford para Pesquisa em Saúde. Ele diz que, agora, muitos desses pacientes lamentam terem deixado de tomar a vacina.

 

No mês passado, o número de pacientes de covid-19 no hospital tinha caído a níveis não vistos desde o verão de 2020. No entanto, com a variante Delta se espalhando, os números voltaram a subir.

  

Esse movimento reflete o aumento dos casos na comunidade, que vêm subindo principalmente entre pessoas mais novas. Embora poucos ods jovens acabem no hospital, os médicos dizem que os pacientes têm, em média, menos idade do que nas ondas anteriores, com muitos deles na casa dos 20, 30 e 40 anos.

  

"Alguns já tomaram as duas doses da vacina e, portanto, tiveram uma doença mais branda — mas ainda assim tiveram de receber oxigênio de forma não invasiva. Sem a vacina, eles provavelmente estariam mortos", disse o médico Abid Aziz.

   

"Outros acabaram de tomar a primeira dose e, portanto, não estão totalmente protegidos. É preocupante que cerca de metade dos pacientes na enfermaria hoje não tenham sido vacinados. Parei de perguntar a eles o motivo, porque estão claramente envergonhados."

 

Médico que trata pacientes com covid que escolheram não tomar vacina diz que deixou de perguntar o motivo: 'Estão claramente envergonhados'

(foto: BBC)

 

Abderrahmane Fadil, um professor de ciências de 60 anos que tem dois filhos pequenos, é um dos que lamentam a própria atitude em relação à vacina. Ele estava desconfiado das vacinas por causa da velocidade com que eram distribuídas. Fadil acabou na UTI por nove dias.

  

"É tão bom estar vivo", diz ele. "Minha esposa tomou a vacina. Eu não. Estava relutante. Estava me dando tempo, estava pensando que na minha vida vivi com vírus, bactérias, e pensei que meu sistema imunológico era bom o suficiente. E eu tive sintomas de covid no início da pandemia e pensei que talvez tivesse contraído. Achei que meu sistema imunológico reconheceria o vírus e eu teria defesas. Esse foi o maior erro da minha vida. Quase me custou a vida. Já tomei muitas decisões tolas na vida, mas essa foi a mais perigosa e séria."

  Fadil deixou o hospital há quase um mês, mas ainda não está bem. "Eu gostaria de poder ir a cada pessoa que se recusa a receber a vacina e dizer a eles: 'Olha, isso é uma questão de vida ou morte. Você quer viver ou morrer? Se você quiser viver, então vá e tome a vacina", diz ele.

 Abderrahmane Fadil: 'Gostaria de poder ir a cada pessoa que se recusa a receber a vacina e dizer: isso é uma questão de vida ou morte'

(foto: BBC)

  

Para muitos dos pacientes que não foram vacinados, ser hospitalizado com covid grave é um alerta para as consequências fatais de notícias falsas sobre o coronavírus e as vacinas.

  

Faisal admite ter sido influenciado por conversas nas redes sociais e pelas preocupações com a vacina na comunidade asiática da cidade, além de reportagens sobre o baixíssimo risco de coágulos sanguíneos com a vacina da Astrazeneca.

  

Cerca de três quartos da população adulta em Bradford, no norte da Inglaterra, recebeu a primeira dose da vacina, em comparação com 87% em todo o país.

  

No hospital, Wright diz que os profissionais estão profundamente nervosos com o afrouxamento das restrições a partir da segunda-feira (19/7) na Inglaterra.

  

"Como todos no país, queremos recuperar nossas vidas anteriores e, embora a ligação entre infecções e hospitalizações seja claramente reduzida, ela permanece sempre presente em nossas enfermarias."

  

E diz que, embora agora haja muito menos mortes por covid do que antes, ainda há algumas, e o número está crescendo novamente. Portanto, ele diz, a corrida entre a onda de vacinação e a disseminação do Sars-CoV-2 continua sendo uma questão de vida ou morte.

 

 Ele afirma que, se há uma lição do ano passado, é nunca subestimar esse vírus.

  

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