Presidente participou, por videoconferência, do Congresso Brasil Profundo. Segundo consultoria, Venezuela tem a gasolina mais barata
atualizado 13/03/2022 16:57
Após passar dias criticando a Petrobras por causa do reajuste no preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na noite de sábado (12/3), em participação por videoconferência do Congresso Brasil Profundo, que a gasolina brasileira é uma das mais baratas do mundo.
“Os problemas que temos no momento: temos inflação sim, aumento dos combustíveis, mas isso acontece no mundo todo. Estamos dando o melhor de nós. Quem pesquisa e vê sabe que uma das gasolinas mais baratas do mundo é a nossa. Nós também estamos sofrendo, mas não tanto quanto os povos aí fora”, declarou Bolsonaro.
O mandatário do país não apontou em quais dados se baseia para tal informação. Porém, uma das mais importantes consultorias do assunto no mundo mostra um ranking em que o Brasil realmente tem o preço da gasolina abaixo da média mundial.
Segundo a consultoria Global Petrol Prices, a Venezuela é o país com o combustível mais barato no mundo, entre 170 países e territórios analisados em seu mais recente relatório semanal, divulgado em 7 de março. De acordo com o mesmo ranking, o Brasil ocupa a 90ª posição, atrás de países como Estados Unidos e Paraguai. Hong Kong é o mais caro. Considerando apenas a gasolina, o país fica em 81º lugar.
A gasolina, em média, é vendida a US$ 1,29 no mundo, com base no dia 7 de março. Enquanto isso, no Brasil, a US$ 1,287. Na Venezuela, por exemplo, o valor de um litro é US$ 0,025.
A consultoria explica que as diferenças entre os preços da gasolina no mundo devem-se a vários tipos de impostos e subsídios para a gasolina. “Todos os países compram o petróleo nos mercados internacionais pelos mesmos preços, mas impõem diferentes impostos. É por isso que o preço da gasolina a retalho resulta diferente”, explica.
O presidente reiterou ter sancionado na noite de sexta-feira (11/3) o projeto de lei que fixa a cobrança de ICMS para combustíveis e zera o PIS/Cofins para diesel, óleo e gás de cozinha.
O evento organizado pelo Instituto Consevador-Liberal e pelos movimentos de direita foi realizado em Londrina, no Paraná, com a presença de diversos bolsonaristas. Nomes, como os dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (União-SP), filho 03 do presidente; Carla Zambelli (União-SP); e Filipe Barros (União-PR); da deputada estadual Ana Carolina Campagnollo (União-SC); e do presidente do PTB de São Paulo, Otávio Fakhoury, estiveram presentes.
Na última quinta-feira (10/3), a Petrobras anunciou aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias, além de 16,1% no gás liquefeito de petróleo (GLP). O reajuste começou a valer na sexta-feira (11/3).
https://www.metropoles.com/brasil/a-gasolina-mais-barata-do-mundo-e-a-nossa-diz-bolsonaro
Nos 2 minutos em que você terá lido este artigo, cerca de R$786 milhões terão pulado entre um celular e outro na China, via apps de pagamento mobile. Trata-se de uma quantidade tão absurda que demandaria exatas 14h para que empresas como PagSeguro ou Cielo registrassem o mesmo valor em transações por cartão por aqui.
Apenas em 2018, os cerca de 750 milhões de chineses conectados à internet via celular, transacionaram 277,2 trilhões de yuans, ou 500 vezes mais do que a Cielo, maior empresa do setor no Brasil.
País que inventou o papel moeda, a China deve se tornar também a primeira grande economia a abolir seu uso. Razões para isso não faltam, claro. Com uma população relativamente jovem e uma classe média conectada com celulares modernos (cerca de 97% dos chineses conectados a internet o fazem via celular, e boa parte utilizando marcas como Xiaomi e Huawei), os apps de transação se tornaram virais no país.
Nada menos do que as duas maiores empresas de tecnologia da Ásia, Tencent e Alibaba, têm em transações financeiras a sua base de receitas mais sólidas.
Com o sucesso das medidas, que explodiram no início desta década, o Banco Popular da China, o BC do país, virou-se para aquilo que pode ser a principal ameaça ao dólar como moeda global: o yuan digital. A ideia, que está em testes de 2018, prevê que o yuan possa se utilizar da tecnologia blockchain, criando assim uma estrutura confiável de transações globais.
Para além dos trilhões que planeja injetar na economia por meio de investimentos, a China, que já é a maior parceira comercial de boa parte do planeta, incluindo o Brasil, prevê ampliar a conversibilidade da sua moeda.
Veja bem, a ideia de atrelar moedas nacionais a uma rede blockchain não é lá uma novidade. Pelo mundo, iniciativas do tipo já ganharam corpo, como a Libra, do Facebook. O problema, é claro, é regulatório.
Enquanto o Facebook e seus parceiros devem se sujeitar a inúmeros órgãos reguladores ao redor do planeta para validar seu produto, a China consegue com maior facilidade ultrapassar essas questões.
Por aqui, neste canto de mundo onde democracia e privacidade são questões importantes, discutimos ainda o quão nocivo pode ser uma empresa conhecida por violar a privacidade de seus usuários (o Facebook), deter tamanho poder.
Ao contrário de outras propostas no universo de criptos, o yuan chinês não deve conter uma cesta de moedas para garantirem o valor, como é o caso das stablecoins. Seu valor será determinado pelo Banco Central chinês.
Mas, afinal, o que isso importa para o resto do mundo?
Com planos de investir $4 trilhões na chamada “rota da seda do século 21”, não restam dúvidas de que a China deverá ter um impacto cada vez mais significativo em economias ao redor do Ásia. Sua posição de credor líquido do mundo, injetando trilhões de dólares em empreendimentos, a colocará em uma posição confortável de negociação. O grande problema nisso tudo, porém, não muda.
De acordo com o Banco Internacional de Compensações, o yuan é responsável por apenas 2% das transações globais, contra 8% do iene japonês, 16% do euro e 44% do dólar. Isso significa dizer que para fazer investimentos em outros países, Pequim ainda precisa se utilizar do dólar.
Na prática, a adoção universal do dólar diminui o poder de Pequim, tendo em vista que para obter dólares, o país precisa buscar estes dólares ao exportar produtos e serviços para outros países.
Ao forçar a maior adoção do próprio yuan, seja pelos seus parceiros comerciais ou via investimento direto, Pequim precisa garantir a maior conversibilidade da sua moeda, daí a utilidade da tecnologia blockchain nos planos do governo central chinês.
Assim como o dólar garante aos EUA o que os economistas chamam de “privilégio exorbitante” (a capacidade dos EUA de adquirirem produtos no mercado internacional imprimindo dólares), a decisão na China pretende tornar o país cada vez mais central nas tomadas de decisões ao redor do planeta.
Os ganhos de uma moeda digital
Você consegue imaginar transferir US$ 337 milhões entre dois países pagando 40 centavos ou menos em taxas? Para quem já está acostumado ao Bitcoin, essa é uma realidade cotidiana (não a de transferir milhões, é claro, mas a de facilidade e custo baixo).
Com o uso da blockchain, os ganhos sobre uma moeda analógica são imensos. Não há finais de semana, custos exorbitantes e demora nas transações.
Pegue por exemplo os 4 maiores bancos brasileiros. Para mandar dinheiro para o exterior, um banco como o Bradesco ou Banco do Brasil, cobram entre 1% do valor transacionado até $100 dólares, além das limitações, é claro.
Para um governo que adote a blockchain, a tecnologia se tornará não apenas uma maneira de ampliar suas transações com parceiros comerciais, como também uma maior soberania, reduzindo a necessidade de pagar pedágio para os bancos e meios tradicionais.
A ameaça chinesa ao dólar, porém, não ocorre sem revide por parte do Banco Central americano, o FED. Há iniciativas no país que correm para garantir a adoção de um dólar digital, como a liderada pelo ex-CEO da CFTC, a comissão de negociação de commodities e futuros.
Em janeiro deste ano, Christopher Giancarlo lançou a “digital dollar foundation”. Sua proposta é produzir um whitepaper (um documento com informações sobre sua proposta de dólar digital) que demonstre a usabilidade do novo dólar.
Com a crise do Coronavírus, o congresso americano chegou a estudar a questão para garantir acesso aos seus cidadãos dos recursos prometidos para diminuir o impacto econômico.
A medida não chegou a ir adiante em função do tempo, mas o certo é que crises como a atual ajudarão a criar um consenso de que depender de envios de cheques para apoiar a população, quando há opção de transferir recursos de maneira tão simples quanto enviar uma mensagem de texto, pode ser uma perda de tempo crucial para muitos.
https://blocktrends.com.br/o-plano-da-china-para-derrubar-o-dolar-blockchain/
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