segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Apadrinhado por juízes de Contagem, na Grande BH, faxineiro conclui curso de direito na PUC

Samuel Santos da Silva chegou a fazer o 1º período, mas teve que trancar a faculdade por não ter dinheiro para pagar a mensalidade de mais de R$ 1 mil. Magistrados se reuniram e bancaram o curso.

Por Thais Pimentel, G1 Minas — Belo Horizonte



Os juízes Afonso José de Andrade e Wagner de Oliveira Cavalieri (à esq), Samuel e o pai dele, José Inácio Gomes — Foto: Samuel Santos da Silva/Arquivo pessoal

Depois de passar seis meses estudando sociologia, filosofia e introdução ao estudo do direito na PUC Minas, Samuel Santos da Silva conseguiu um emprego de faxineiro no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Eu pensava ‘eu vou entrar lá, nem que seja pela vassoura’”, disse ele.



Semanas depois de começar a trabalhar na faxina, Samuel acabou participando de uma conversa informal sobre questões do direito com o juiz Wagner Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais, que costumava promover estes pequenos debates ao parar para um café. Pouco depois, o magistrado decidiu, junto com outros colegas, a bancar a faculdade do rapaz.

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Samuel havia trancado o curso de direito após frequentar o 1º período, já que não tinha condições de pagar a mensalidade de mais de R$ 1 mil.


“Como eu tinha conseguido entrar pela nota do Enem, decidi que ia ficar pelo menos os primeiros seis meses. Depois seria o que Deus quisesse. Como eu estava desempregado e não consegui pagar a dívida, a faculdade trancou o curso. Isso acabou comigo”, contou Samuel.
Faxineiro conclui curso de direito com ajuda de juízes de Contagem
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Faxineiro conclui curso de direito com ajuda de juízes de Contagem

Mas com o apadrinhamento dos magistrados do Fórum de Contagem que descobriram o interesse do então faxineiro pelo direito, ele conseguiu concluir o curso em cinco anos.


“Eu sempre tive esse sonho do direito. Já vendi picolé, fui servente de pedreiro, auxiliar administrativo. Eu tenho orgulho e uma gratidão imensa pelas pessoas que me ajudar a estudar”, disse Samuel, que também contou com a ajuda da família adotiva.

‘Meu Deus, eu só quero estudar’



Mãe (à esq), tia (centro) e avó (à dir) biológicas de Samuel — Foto: Samuel Santos da Silva/Arquivo pessoal




Samuel saiu de São Paulo rumo a Belo Horizonte ainda criança com a mãe biológica. Chegando na cidade, ele se perdeu, chegou dormir na rua e a passar fome. Ao reencontrar a mãe, seguiram para Contagem até a casa dos padrinhos de casamento dela.


Lá, eles perceberam que a mulher sofria de problemas mentais e decidiram cuidar de Samuel. Em seguida, ela desapareceu.




“Aí houve um processo de adoção. Meus familiares de São Paulo não quiseram saber de mim. Depois que saí de lá, nunca mais vi o meu pai. Então, minha família ficou sendo a adotiva”, disse Samuel.



Os pais adotivos (à esq) e Samuel — Foto: Samuel Santos da Silva/Arquivo pessoal



O casal que o adotou, um marceneiro e uma faxineira, tinha outros 11 filhos. Apenas Samuel e uma irmã conseguiram se formar em uma faculdade. Anos depois, ele se reencontrou com a mãe biológica, hoje internada em uma casa de repouso.



Depois de se formar, ele fez pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP) e hoje, acumula horas como estagiário na Procuradoria-Geral do Município de Contagem. O objetivo agora é prestar um concurso público para magistratura.





“Quando eu tive que trancar a faculdade, pensava, ‘meu Deus, eu só quero estudar’. E a ajuda veio. Eu tive que me empenhar para honrar essa confiança. Agora é melhorar sempre”, disse ele.

Mulher é presa suspeita de incendiar casa do ex em Campanário

Homem estava na residência e tentou apagar o incêndio, ele teve queimaduras de primeiro grau nas mãos e braços, sendo socorrido para hospital em Itambacuri.

Por G1 Vales de Minas Gerais


Homem estava na residência e tentou apagar o incêndio, ele teve queimaduras de primeiro grau nas mãos e braços, sendo socorrido para hospital em Itambacuri.


 

05/02/2021 10h32  Atualizado há uma semana

 

Mulher é presa por incendiar casa do ex-companheiro em Campanário

Mulher é presa por incendiar casa do ex-companheiro em Campanário

 

Uma mulher de 38 anos foi presa nesta quinta-feira (4) depois de atear fogo na casa do ex-companheiro, um homem de 60 anos, em Campanário (MG). Segundo a Polícia Militar, o incêndio destruiu a residência quase por completo.

 

O ex da mulher estava deitado no momento em que ela invadiu a casa pelos fundos e colocou fogo em algumas roupas. Ao sentir a fumaça e ver as chamas, o homem tentou apagar o incêndio, ficando ferido. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve as chamas.

 

O morador teve queimaduras de primeiro grau nas mãos e nos braços, sendo foi socorrido por uma ambulância para hospital em Itambacuri. O homem acusou a ex-companheira, alegando que ela já teria cometido esse tipo de crime anteriormente.

 

A mulher foi localizada e confirmou que esteve na residência, mas negou ter provocado o incêndio. Ela foi presa e encaminhada para a Delegacia Civil.

 

Veja mais notícias da região em G1 Vales de Minas Gerais.


https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2021/02/05/mulher-e-presa-suspeita-de-incendiar-casa-do-ex-em-campanario.ghtml


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