sexta-feira, 11 de março de 2022

Bolsonaro ignora poder de compra ao comparar diesel dentro e fora do Brasil...


Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

10/03/2022 22h11


O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma alegação distorcida em sua live de hoje ao declarar que o diesel no Brasil "está mais barato" frente a EUA e Europa, o que só é verdade para o valor nominal do combustível. A comparação feita pelo presidente não leva em conta o poder de compra, ou seja, o quanto o valor do litro do diesel pesa no bolso dos motoristas de cada local.

Bolsonaro deu tal declaração no mesmo dia em que a Petrobras anunciou aumentos nos preços da gasolina (18,77%), diesel (24,9%) e gás de cozinha (16%), em meio à escalada do valor do petróleo durante a guerra entre Rússia e Ucrânia. Leia a checagem:

Digo a vocês, o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato do que na Europa, EUA."Presidente Jair Bolsonaro

A declaração do presidente é distorcida, pois trata dados verdadeiros de forma enganosa.

Segundo o site Global Petrol Prices, que acompanha preços de combustíveis em todo o planeta, o valor médio do litro do diesel no mundo na segunda-feira (7) era de R$ 6,20. No Brasil, estava em R$ 5,603, abaixo dos EUA (R$ 6,421) e de países da Europa como Suécia (R$ 13,781), Noruega (R$ 13,731), Dinamarca (R$ 11,978), Alemanha (R$ 11,275), França (R$ 10,964), Reino Unido (R$ 10,804) e Holanda (R$ 10,526).

No entanto, a comparação direta entre os valores do litro do diesel não permite saber o quanto esses preços pesam no bolso dos motoristas de cada país. Uma forma de entender isso é comparar quantos litros de diesel podem ser comprados com o salário mínimo local.

Sendo assim, levando-se em conta os valores listados no Global Petrol Prices e com data de segunda-feira, com um salário mínimo no Brasil (R$ 1.212), seria possível comprar 216,31 litros de diesel.

Nos EUA, o salário mínimo federal é de US$ 7,25 por hora, segundo o governo americano. Com isso, uma jornada de quatro semanas de quarenta horas semanais rende um salário de US$ 1.160, valor que permite a compra de 1.002 litros de diesel a US$ 1,157.

Na Alemanha, o salário mínimo é de 1.621 euros mensais para um trabalho em tempo integral, segundo o governo alemão. Segundo o Global Petrol Prices, o litro do diesel no país saía a 2,032 euros na segunda-feira. Com isso, naquele momento, o salário alemão conseguia comprar 797 litros do combustível.

O mesmo levantamento do governo alemão, divulgado em 23 de fevereiro a partir de estatísticas da União Europeia, mostra que o salário mínimo na Holanda é de 1.725 euros mensais. Este valor permitia a compra de 909 litros de diesel a 1,897 euro, segundo os valores de segunda-feira.

Ainda de acordo com a mesma fonte, o salário mínimo francês é de 1.603 euros mensais, o que permitia a compra de 811 litros de diesel a 1,976 euro o litro.

Em outubro do ano passado, o UOL Confere publicou checagem semelhante para esclarecer uma comparação enganosa que circulava nas redes sociais sobre os preços da gasolina no Brasil e no exterior.

Com o conflito entre Ucrânia e Rússia, o barril do petróleo chegou a ultrapassar a marca de US$ 130 nos últimos dias. Segundo cálculos da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes), com o aumento anunciado pela Petrobras, o preço médio do litro do diesel no Brasil deve subir de R$ 5,60 para R$ 6,48.

Hoje à tarde, o Senado aprovou dois projetos que buscam conter a alta. Os textos ainda precisam passar por votação na Câmara. Na live, Bolsonaro afirmou que pretende sancionar uma das propostas, que muda regras do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis e zera as alíquotas PIS/Cofins, assim que aprovada pelos deputados. Segundo o presidente, a medida reduziria o aumento do litro do diesel de R$ 0,90 para R$ 0,30.

https://noticias.uol.com.br/confere/ultimas-noticias/2022/03/10/bolsonaro-compara-precos-do-diesel-sem-considerar-poder-de-compra.htm

                                                            


 

Vídeo da orgia de João Doria é verdadeiro, conclui laudo da PF

Laudo pericial da Polícia Federal descarta "sinais de manipulação" no vídeo em que João Doria aparece na cama com diversas mulheres. Chamada para depor, uma delas é funcionária do gabinete de um parlamentar aliado do governador

vídeo orgia doria

 A Polícia Federal continua investigando um vídeo que viralizou em 2018 com cenas de orgia sexual protagonizada pelo governador João Doria (PSDB).

 

Em janeiro deste ano, a PF elaborou um laudo pericial no qual descarta “sinais de manipulação” nas imagens. Os encarregados da investigação também chamaram para depor uma mulher apontada como participante do encontro. A mulher de 41 anos é funcionária do gabinete de um parlamentar aliado de João Doria.

 

O curioso é que o inquérito, aberto ainda em 2018 a pedido dos advogados do próprio Doria para apurar o crime de “difamação eleitoral”, pode se virar contra o governador no ano em que ele pretende disputar a Presidência da República.

 

 

Em nota, João Doria afirma que a PF está reeditando “o maior crime eleitoral já realizado contra um candidato na história do Brasil, justamente quando se aproximam as próximas eleições presidenciais” e acusa a instituição de tentar prejudicar sua pré-candidatura ao Planalto.

  

O vídeo, dividido em dois trechos, começou a circular em 23 de outubro daquele ano. Nas imagens, um homem com feições semelhantes às de Doria aparece na cama com seis mulheres. Naquele mesmo dia, o governador veio a público, ao lado da primeira-dama, Bia Doria, para negar que fosse ele o personagem das cenas.

 

O tucano classificou o vídeo de “vergonhoso” e disse tratar-se de uma “fake news” que teria sido forjada por adversários políticos. Cinco dias depois, Doria disputaria o segundo turno contra o então governador Márcio França, do PSB, que negou envolvimento no caso e processou o tucano por calúnia. No ano passado, Doria disse em uma entrevista que França estava por trás da propagação da gravação.

 

O pedido para que a Polícia Federal apurasse a “difamação eleitoral” contra Doria foi feito pela defesa do governador logo no dia seguinte à divulgação do vídeo.

  

Àquela altura, o criminalista Fernando José da Costa, que hoje é secretário da Justiça do governo Doria, anexou um laudo no qual dois peritos contratados afirmavam que o vídeo tem “características de claro produto de montagem e simulação” e que o homem que aparece nas imagens tem características diferentes da fisionomia de Doria, como o “formato dos dentes”, “ausência de pelugem no tórax” e costeleta diferente.

 

O advogado disse ainda que no momento da orgia – a gravação teria sido feita na noite de 11 de outubro de 2018 – o tucano estava reunido com ele no comitê de campanha do PSDB.

  

A apuração da Polícia Federal havia caído no esquecimento, mas ganhou força nos últimos meses. A investigação já passou pelas mãos de cinco delegados. No início, a PF ouviu um homem que compartilhou o vídeo em um grupo de WhatsApp de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no dia em que as cenas viralizaram.

 

Por causa da pandemia, alguns depoimentos de testemunhas foram adiados e o inquérito foi prorrogado com anuência do Ministério Público e autorização do juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. A investigação voltou a tramitar mais rapidamente em outubro do ano passado, quando o delegado Leonardo Henrique Rodrigues solicitou uma perícia técnica ao Núcleo de Criminalística da PF para “identificar/reconhecer a identidade das mulheres” que aparecem nas cenas. O delegado também pediu que os peritos federais apontassem eventuais montagens no vídeo.

 

 

A partir da demanda, os peritos chegaram até a comparar o rosto das mulheres com o banco de imagens faciais mantido pela corporação na tentativa de reconhecer alguma das participantes. Por causa da baixa qualidade técnica da gravação, porém, o sistema não conseguiu identificar ninguém.

 

Conclusões diferentes da perícia contratada por Doria

Apesar da tentativa frustrada de reconhecimento facial por meio da tecnologia, a perícia da PF chegou a uma conclusão que vai na contramão do argumento sustentado até então pela defesa de Doria – a de que o vídeo foi manipulado.

 

No laudo, assinado em janeiro deste ano, o perito Bruno Garbe Júnior diz não ter encontrado indícios de fraude no material. No documento, o perito afirma que “analisou a direção da iluminação, disposição de personagens e objetos e suas relações na imagem, assim como a continuidade do sinal de áudio, não encontrando sinais de adulteração nas imagens examinadas”.

 

 

Adversários de Doria chegaram a ser ouvidos pela PF. Foi por essa via, por sinal, que os investigadores conseguiram nome e sobrenome da mulher intimada para prestar depoimento. A identificação dessa testemunha, que teria participado da orgia, ocorreu após depoimento do vereador paulistano Camilo Cristófaro. Foi o parlamentar quem afirmou aos investigadores que essa mulher, atualmente, trabalha como assessora de um vereador da Câmara Municipal de São Paulo ligado a Doria. Com os dados da assessora em mãos, a PF a chamou para depor.

  

as informações são da revista Crusoé

https://www.pragmatismopolitico.com.br/2022/03/video-da-orgia-de-joao-doria-e-verdadeiro-conclui-laudo-da-pf.html


                                                             


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