Por conta dos altos preços dos combustíveis que vem sendo praticados no país desde que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment, notícias sobre os valores do passado passaram a ser usados como comparação com o momento atual. E em 2017 uma notícia chamava a atenção. O Ministério Público Federal ingressou com uma ação contra a então presidente da Petrobras, Graça Foster e o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega por eles ‘manterem os preços baixos no governo de Dilma Roussef‘.
Pode até parecer piada, mas o MPF alegou que “a política de preços de combustíveis da Petrobras, mediante a orientação da Companhia de maneira contrária ao próprio interesse desta, configura ato de improbidade administrativa por parte de seus administradores, hábil a autorizar a aplicação das sanções previstas na Lei nº 8.429/1992 em desfavor dos responsáveis, bem como abuso do poder do controlador, que legitima o ressarcimento dos prejuízos causados à empresa”
A questão é que a Petrobras, por ser uma empresa mista, pode e deve dar lucro, mas seu papel principal é atender a população, prestando serviços e produtos com preços acessíveis, e não inviabilizando a economia do país, conforme estamos vivenciando atualmente.
De acordo com o MPF, parte dos conselheiros à época, principalmente os que foram indicados pelo governo, votou em diversas oportunidades por não aumentar os preços dos combustíveis sem apresentar qualquer fundamento em defesa dos interesses da empresa, gerando uma defasagem em relação ao mercado internacional.
Michel Temer, quando assumiu o governo após o golpe do impeachment, indexou o valor do petróleo brasileiro ao dólar, o que vem criando uma sucessão de reajustes nos preços. Apenas este ano, a gasolina aumentou 73% e o diesel 65%, graças a dolarização dos preços. E o MPF não fez nada até agora.
Pelo jeito MPF anda mais preocupado com o lucro dos investidores internacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário