Os bebês que estavam na UTI Neonatal de um hospital infantil, na cidade Dnipropetrovsk, foram levados para um bunker improvisado no prédio.
Por Alice Arnoldi 25 fev 2022, 15h38
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Desde a madrugada do dia 24 de fevereiro, o mundo tem presenciado a invasão das forças armadas russas na Ucrânia, com ao menos 137 pessoas mortas e 316 feridas após os ataques (até o fechamento desta matéria), de acordo com dados preliminares divulgados pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Com os bombardeios que começaram no leste do país, recém-nascidos de uma UTI Neonatal precisaram ser transferidos para um abrigo antibombas improvisado no nível mais baixo do prédio.
O caso aconteceu com bebês que estavam na unidade de terapia intensiva do Hospital Infantil de Dnipropetrovsk Oblast, em Dnipro, a quarta maior cidade do país. A pedido do New York Times, o médico Denis Surkov, chefe da área, enviou um vídeo mostrando os pequenos deitados em camas improvisadas, enrolados em mantas e com tubos de oxigênio por perto.
“Esta é a nossa UTI Neonatal, em um abrigo antibomba. Você consegue imaginar? Essa é a nossa realidade. Estamos nervosos e muito confusos”, relatou Surkov ao jornal. Ainda na filmagem, é possível ver uma das enfermeiras embalando um dos recém-nascidos, enquanto outra está sentada na cama apertando um balão manual de oxigênio, para ajudar o bebê a respirar.
Atenção, o conteúdo a seguir pode ser sensível!
Mães e filhos também estão sendo transferidos
Nesta sexta-feira (25), o alarme de estado de emergência tocou em Kiev, capital da Ucrânia, após bombardeios russos na cidade. A orientação era de que as pessoas ficassem dentro de suas casas ou se direcionassem para as estações de metrô, que funcionam como bunkers – locais construídos em níveis abaixo da superfície para que a população possa se proteger de possíveis ataques. A mesma orientação foi dada aos moradores de outras regiões que estão sendo bombardeadas.
Entre as tentativas de se protegerem, mães e filhos seguem embarcando em ônibus direcionados a abrigos antibombas, distantes de Kiev, ou até mesmo tentando sair do país. O cenário é devastador, principalmente para os que se despedem de seus parceiros (homens entre 18 e 60 anos), que se tornaram reservistas para protegerem o país após o anúncio de recrutamento feito pelo presidente ucraniano.
Nas redes sociais, um vídeo ganhou grande repercussão ao mostrar a despedida entre pai e filha. Ele a ajuda a se preparar para subir no ônibus que a levaria para uma zona segura, mas não consegue conter a dor. A pequena, visivelmente assustada com a situação, também começa ao chorar enquanto é acolhida.
Atenção, o conteúdo a seguir pode ser sensível!
Heartbreaking: A father in Ukraine says goodbye to his kids as he sends them to safety. He is staying behind to fight for his country.pic.twitter.com/GoN69DCF0w
— Bhavisha Patel (@BhavishaPatel) February 24, 2022
Segundo a estimativa do Acnur (Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados), 100 mil pessoas já saíram de suas casa na Ucrânia e buscaram abrigo em outras regiões ou cruzaram fronteiras internacionais. É esperado pela ONU, que, caso a guerra continue, 4 milhões de pessoas se tornem refugiados pelo mundo.
Em uma carta aberta, Catherine Russell, diretora executiva da UNICEF, falou sobre a profunda preocupação de como os conflitos no país afetarão as 7,5 milhões de crianças presentes no território, que já são sensibilizadas há oito anos pelos embates com a Rússia, principalmente nas fronteiras entre os dois países. “As crianças ucranianas precisam de paz e, ainda mais desesperadamente, agora”, reforçou a representante.
No entanto, o que os pequenos têm presenciado em um zona de guerra não é isso. Além dos danos diretos que eles têm sofrido com os atuais bombardeios, antes do conflito declarado ao país russo, escolas ucranianas vinham preparando os menores para possíveis ataques. Eles foram ensinados a identificar explosivos, como se abrigar nos bunkers, como usar coletes a prova de balas e capacetes e, até mesmo, como prestar primeiros-socorros às vítimas.
ATE PARECE QUE A UNIÃO EUROPEIA OU OTAN SE IMPORTA COM A VIDA DE ALGUÉM.....
A MÍDIA IGNORA QUANDO A CAUSA E PALESTINA ...
Relembrando o assassinato israelense de
quatro crianças nas praias de Gaza
Em 16 de julho de 2014, mísseis israelenses mataram quatro
crianças da mesma família em uma praia de Gaza
16 de
julho de 2020 às 17:09 | Publicado em: Israel, Neste dia, Oriente Médio, Palestina, Vídeos & Fotojornalismo
O que: Mísseis israelenses matam quatro crianças da mesma família no litoral palestino
Quando: 16 de julho de 2014
Onde: Faixa de Gaza, Palestina ocupada
O que aconteceu?
A ofensiva militar de Israel sobre Gaza, em 2014 – “Operação Margem Protetora”, entre 8 de julho e 26 de agosto – representou um dos ataques mais mortais executados contra os palestinos residentes na pequena faixa costeira sitiada. Além da enorme destruição de infraestrutura civil e uso desproporcional de ataques aéreos, muitos dos crimes de guerra cometidos por Israel na ocasião tiveram como alvo deliberado áreas civis. Pode-se alegar que este fator representa o mais chocante dentre tais crimes.
Na tarde de 16 de julho, quatro crianças pertencentes a família Bakr aventuraram-se no pequeno porto de uma praia da Cidade de Gaza, brincando perto dos barcos que seus pais usavam para pescar, como única forma de subsistência.
EUA
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