João Bosco Burnier socorria mulheres torturadas no interior de Mato Grosso
1976 15 DE OUTUBRO
O sacerdote jesuíta João Bosco Penido Burnier é assassinado com um tiro na nuca por um policial militar, quando defendia duas mulheres que eram torturadas em uma delegacia de Ribeirão Cascalheira (MT). O jesuíta estava acompanhado do bispo Pedro Casaldáliga quando chegou à delegacia. Antes de ser baleado, recebeu um soco e uma coronhada do assassino.
Enterro do sacerdote assassinado por um policial ao tentar defender mulheres torturadas em delegacia
Burnier era ligado ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Fazia trabalho pastoral junto a camponeses e indígenas, denunciando violências cometidas por latifundiários e agentes públicos.
O assassinato do jesuíta aumentou a tensão entre a ditadura e a hierarquia católica, que denunciou o crime nas missas dominicais. A reação ao crime desencadeou protestos de estudantes em várias universidades. Em dezembro de 2009, a Comissão Nacional de Mortos e Desaparecidos reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte de João Bosco Penido Burnier.
Linhas do tempo
1930-1944Estado Nacional, mas sem democracia1945-1963Democracia de massas1964-198421 anos de resistência e luta1985-2002Reconstruindo a democracia2003-2010Mais democracia, mais oportunidades
Extras
Trabalhadores: cidade e campo (1964 - 1968)O golpe militarResistência Cultural (1964 - 1985)Movimento estudantil (1964 - 1979)A longa noite do terror (1964 - 1976)Luta armada (1969 - 1972)Voto contra a ditadura (1974 - 1983)Imprensa de ResistênciaA luta pela anistia (1975 - 1979)Novo Sindicalismo (1978 - 1983)Diretas-jáPlaylist 1964-1985
Memorial da Democracia - Padre das CEBs é morto na delegacia
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