Bem informado, o repórter Luciano Tavares, do site Notícias da Hora, trouxe reportagem sobre aquilo que pode ser um dos maiores contos do vigários história.
Segundo Tavares, os 500 títulos definitivos entregues a produtores rurais, com poses e pompas, pelo presidente Jair Bolsonaro , na semana passada em Rio Branco, não possuem registro em cartório.
Tanta pompa era mito.
Os títulos fazem parte do Programa Titula Brasil.
Ainda de acordo com a reportagem, a informação fora confirmada pelo superintende do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Sérgio Bayum.
Bayum teria dito que os cartórios têm, segundo a legislação, a obrigação de proceder com o registro gratuitamente, mas querem cobrar pelo serviço.
“É um titulo válido e licito. Ficou acertado que cada assentado pega o seu título, vai lá e registra”, disse.
Registro em cartório não é barato.
A lei deixa claro que a falta de registro na matrícula do imóvel não dá legitimidade ao suposto proprietário. Devendo o mesmo ser levado ao conhecimento do tabelião o interesse de se fazer o registro.
Desde o início, a entrega desses títulos pareceu suspeita. É de domínio público que as atividades do Incra no Acre está praticamente paralisadas, em razão justamente da falta de apoio do governo federal.
A agenda foi montada para dar ares de legalidade ao verdadeiro objetivo da viagem de Bolsonaro ao estado que lhe deu quase 80% dos votos no 2º turno das eleições de 2018: o encontro com os evangélicos.
Essa atitude de entregar títulos sem o devido registro é mais baixa do que a do governador Gladson Cameli de mandar o prefeito Tião Bocalom ir tapar os buracos da cidade.
Os produtores, por sua vez, ao irem pagar pelo registro dos seus imóveis, irão descobrir que o buraco é mais em baixo.
E pensar que o Bolsonaro disse ter feito mais pelo Acre do que o PT em 20 anos…
Veja a matéria de Luciano Tavares aqui.
Veja também matéria feita pelo excelente Adailson Oliveira, da TV Gazeta:
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