Um inquérito já foi instaurado para investigar o caso
Ofensas teriam sido enviadas em um grupo de Whatsapp de moradores da cidade (Foto: Reprodução)
*Atualizada em 4/10 às 16h28
Ton Paulo
Em resposta, outra mulher afirma: "Neguim vem pra cá, eles não transferem nem o cartão do SUS. Eles vêm pra cá pra vir “rancar” empreso de um ou outro aqui da cidade".
Polícia investiga
O caso foi denunciado junto à Polícia Civil, que investiga o teor e a autoria dos áudios.
Segundo o delegado Márcio Marques, um inquérito foi instaurado para apurar o suposto crime de racismo que “teria sido praticado por alguns integrantes de um grupo de Whatsapp formado por moradores da cidade.”
“A motivação do crime teria sido por intolerância política após o resultado das eleições presidenciais ocorridas no último domingo”, detalhou o delegado, que destacou que, caso as mulheres sejam consideradas culpadas, podem pegar até cinco anos de prisão.
O que dizem a prefeitura e o MP-GO
Em nota enviada ao POPULAR nesta terça-feira (4), a Prefeitura de Cachoeira Alta declarou que “não coaduna com a intolerância e tampouco com o preconceito” e que já providenciou o desligamento da prestadora de serviços.
Veja abaixo:
“Sobre o caso em comento, o Município de Cachoeira Alta emitiu Nota de Repúdio, disponível no site oficial da Prefeitura, a qual pode ser acessada pelo senhor e equipe. Foi apurado até o momento que, nas Eleições Gerais de domingo (2), uma servidora do Ministério Público do Estado de Goiás e uma prestadora de serviços credenciada do Município proferiram palavras de cunho racista, xenofóbico e intolerante, em razão do resultado das apurações da votação.
A Prefeitura de Cachoeira Alta repudia qualquer tipo de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional, por acreditar que o Município é um lugar de todos e para todos, sendo que a gestão municipal trabalha, diariamente, na implementação de políticas públicas de inclusão. Por este motivo, foi providenciado o desligamento da prestadora de serviços.
A Prefeitura reforça que não coaduna com a intolerância e tampouco com o preconceito. Nossa equipe se pauta sempre nos princípios da igualdade, da fraternidade e da vida digna. E atitudes racistas ou de qualquer outra natureza discriminatória não são bem vindas e devem ser punidas dentro da lei.
É o que temos a relatar pelo momento e nos colocamos à disposição para futuros novos esclarecimentos.”
Já a Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás informou que “tomou conhecimento do fato e vai apurar a conduta da servidora disciplinarmente.”
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