Em Cuba, Lula venceu com 28 votos, ou 90,32%, enquanto Bolsonaro teve apenas 1 voto, ou 3,23% do total
Em Cuba, um dos países mais citados
no bangue-bangue eleitoral brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL)
teve apenas 1 voto, ou 3,23% do total, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
venceu com 28 votos, ou 90,32%.
Completam a modesta votação
brasileira na ilha socialista Ciro Gomes (PDT), com 1 voto, e Luiz Felipe
D'Avila (Novo), também com 1.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o
ex-presidente petista foi o vencedor geral do primeiro turno entre os brasileiros
que vivem no exterior.
Com 99,15% das urnas apuradas, Lula obteve 47,13%
dos votos válidos lá fora, enquanto Bolsonaro, que busca a reeleição, 41,63%.
Em números absolutos, Lula teve mais de 137,6 mil
votos no exterior, enquanto Bolsonaro, 121,6 mil.
Ciro Gomes foi o terceiro, com cerca de 13,2 mil
votos e Simone Tebet (MDB), a quarta, com 13,05 mil.
Em Israel, cuja
bandeira é uma das mais frequentes em manifestações de apoio ao presidente no
Brasil, Bolsonaro ganhou com 45,98% em Tel Aviv, contra 39,37% para Lula.
Há 4 anos, no 1º turno, Bolsonaro alcançou 66,5%
dos votos ali, enquanto Fernando Haddad teve só 6,8%.
De forma geral, o petista foi o preferido por
brasileiros na Europa e Oceania. Bolsonaro venceu no Oriente Médio, EUA e
Japão.
A disputa foi mais acirrada na América Latina,
África e na Ásia.
Principais colégios eleitorais
Brasileiros apoiadores de Lula fotografados em local de votação em Lisboa em 2 de outubro
Imagem:
GETTY IMAGES
No maior colégio eleitoral de brasileiros no
exterior, Lisboa (Portugal), Lula venceu com 61,6% dos votos
(contra 30,58% de Bolsonaro).
Em Miami (EUA), segundo maior
colégio, Bolsonaro ganhou com 74,3%, contra 16,24% de Lula.
Boston (EUA)
abriga a terceira maior comunidade de eleitores brasileiros. Por lá, Bolsonaro
teve 69,89% e Lula teve 23,04%.
Em Tóquio, no Japão, Bolsonaro ganhou
com 66,94% dos votos. Em Nagoia, o atual presidente teve 75,47% dos
votos. Em Hamamatsu, terceiro e últimos posto de votação no Japão,
Lula teve apenas 11,59% dos votos, enquanto Bolsonaro ganhou 75,37%.
Na Itália, quarto país em número de
brasileiros votando, Lula venceu com 50,18% dos votos em Milão e 54,76% em
Roma.
Lula ganhou nos três locais de votação na Alemanha,
quinto maior colégio eleitoral: em Berlim, teve 79,65% dos votos (contra 11,14%
para Bolsonaro). Em Frankfurt, Lula teve 64%, ante 22,84%. E em Munique, o
petista registrou 60,16% contra 24,73.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mais
de 697 mil eleitores estavam aptos a votar no exterior neste ano - um aumento
de 39,21% em relação a 2018.
Com 58,54%, mulheres são a maioria do eleitorado
cadastrado no exterior. A maior parte dos eleitores brasileiros que vivem fora
tem entre 35 e 44 anos.A votação estava prevista para ocorrer em 181 cidades em
todo o mundo.
Europa
No continente europeu, Lula foi o mais votado em
países como Portugal, Espanha, Holanda, França, Alemanha, Reino Unido e
Irlanda.
A exceção foi a Grécia, onde Bolsonaro
venceu com 46,9% dos votos.
Em Portugal, Lula teve 60,5% dos votos
no Porto, 61,6% em Lisboa e 49,1% em Faro.
No Reino Unido, onde a votação foi
realizada apenas em Londres, Lula ganhou com 55,18% dos votos contra 34,94% de
Bolsonaro.
Apoiadores de Bolsonaro no local de votação em Lisboa, Portugal
Imagem:
GETTY IMAGES
Na Espanha, Lula venceu com 52,27% em
Madri e 70,2% em Barcelona. Na França, o petista teve 77,23% dos
votos.
Na Hungria, liderada pelo aliado de
Bolsonaro Viktor Orbán, Lula teve 80,89% dos votos contra 11,86% de Bolsonaro.
Na Rússia, o petista teve 53,57% contra
33,33% de Lula. Não houve votação em Kiev, na Ucrânia.
África
Já em países africanos, o ex-presidente ganhou em
mais países, incluindo Angola, Costa do Marfim, Gana, Guiné-Bissau, Quênia,
Cabo Verde, Marrocos, Senegal, Egito e Tunísia.
Mas a votação de Bolsonaro foi expressiva no maior
colégio eleitoral brasileiro no continente: Pretória, na África do Sul,
com 63,7% dos votos.
Na Cidade do Cabo (foto), na África do Sul, deu Lula. Em Pretória, capital do País, venceu Bolsonaro
Imagem:
GETTY IMAGES
Bolsonaro também venceu em Moçambique,
com 51,55% dos votos contra 40,21% de Lula. Na República Democrática do
Congo, Bolsonaro venceu com 82,35% dos votos.
Em Angola, Lula teve 52,54% dos votos
contra 39,41% de Bolsonaro.
No Marrocos, Lula venceu com 64,5% dos
votos. Na Costa do Marfim, o petista ganhou com 45,65% dos votos.
Na Tanzânia, Lula ganhou com 75% dos
votos.
América Latina e Caribe
Entre os vizinhos latino-americanos, Lula ganhou na
Argentina, Colômbia, Chile, Cuba, Jamaica, México e Nicarágua.
Já Bolsonaro venceu em Paraguai, Equador, Bolívia,
Peru, Guiana, Suriname, Honduras, Rep Dominicana, Haiti, Bahamas e El Salvador.
Na Argentina, Lula ganhou com 64,68%.
Já na Bolívia, terra de Evo Morales, aliado histórico de Lula,
Bolsonaro ganhou em todas as cidades.
Brasileiros formaram longas filas em Buenos Aires
Imagem:
GETTY IMAGES
O petista venceu no Chile, com 44,86%,
O resultado também foi positivo para Lula na Colômbia, com 52,82%.
No Equador, Bolsonaro teve vitória
expressiva, com 60,31% dos votos contra 28,72% de Lula.
A disputa no México foi mais
equilibrada, mas Lula venceu por 44,2% contra 42,84%.
Já no Paraguai, Bolsonaro teve 67,54%
dos contos, contra 22,4 de Lula.
Ásia
Na Ásia, Bolsonaro ganhou no Japão,
onde teve votação expressiva em todas as cidades japonesas aonde brasileiros
foram votar.
Em Pequim, na China, Lula venceu por
63,16%. Já em Hong Kong, Bolsonaro ganhou por 48,31%, contra 30,9%
de Lula.
Petista foi o vencedor em Pequim
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Bolsonaro também teve mais votos nas Filipinas (55,56%
contra 31,75%) e Indonésia (60% contra 32%), e venceu em Taiwan e Timor
Leste.
Mas em outra grande economia do continente, Lula
teve vitória expressiva na Índia, com 65,85% contra 29,27% de
Bolsonaro em Nova Déli e 75% contra 16,67% em Mumbai.
O petista também ganhou em locais como Coreia
do Sul (62,8% contra 25,6%), Malásia (47,37% contra
42,11%), Singapura (46,67% contra 24,87%), Tailândia (43,81%
x Bolsonaro 40%) e Vietnã (65% contra 20% de Bolsonaro).
Oceania
Na Oceania, o petista foi o mais bem votado
na Austrália e na Nova Zelândia.
Em Sydney, Lula teve 54,35% dos votos
contra 29,42% de Bolsonaro. Na capital Canberra, Lula teve 56,01% e
Bolsonaro teve 27,24%.
Na Nova Zelândia, Lula teve 72,95% e
Bolsonaro teve 15,74%.
Oriente Médio
No Oriente Médio, Bolsonaro venceu nos Emirados
Árabes Unidos, Omã, Catar, Kuwait e Israel.
Já Lula obteve mais votos no Líbano,
Jordânia, Árabia Saudita e territórios palestinos.
EUA e Canadá
Bolsonaro venceu em Miami, como esperado. Mas não foi assim em todos os EUA
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GETTY IMAGES
Na América do Norte, a votação foi dividida.
Como esperado, Bolsonaro ganhou nos Estados
Unidos, com votação expressiva em Miami e Boston, mas teve menos votos que
Lula em algumas cidades americanas: na capital Washington (45,33% contra
41,7%), Chicago (51,44% contra 33,69%), Los Angeles (45,53% contra 42,43%) e
San Francisco (53,95% contra 33,35%).
Lula foi o mais bem votado no Canadá,
com 60,73% dos votos em Montreal, 50,86% em Ottawa, 50,56% em Toronto e 55,29%
em Vancouver.
Empresário do Pará é filmado coagindo funcionários a votarem
em Bolsonaro...
O empresário do ramo de tijolos e telhas Maurício Lopes Fernandes Júnior, conhecido como "Da Lua", foi filmado induzindo seus funcionários a votarem em Jair Bolsonaro no segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva.
No vídeo, ele afirma que, na hipótese de vitória do petista, teria de fechar a empresa de cerâmica na cidade de São Miguel do Guamá (PA), porque "ninguém vai aguentar o pepino que vem". Fernandes Júnior diz que todos os trabalhadores, independentemente do cargo, poderiam dar o nome para, em caso de vitória de Bolsonaro, receberem R$ 200 cada um.
Segundo o artigo 299 do Código Eleitoral é crime "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita". A pena previsa é de prisão de até quatro anos e pagamento de multa.
A gravação foi feita aparentemente com consentimento do empresário, pois o vídeo é encerrado com ele dizendo "Outra coisa, para de filmar?" e então a pessoa que fazia o registro obedece.
Apesar da fala associando o PT à impossibilidade de se empreender, Maurício abriu seu negócio no ano de 2013, quando o país era governado por Dilma Rousseff (PT).
Nas redes sociais, pessoas questionaram se o caso já havia chegado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O UOL procurou o empresário por e-mail e por telefone, mas não obteve retorno na apuração. O espaço segue aberto para pronunciamento.
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